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“Bate o sino, pequenino/sino de Belém/ Já nasceu Deus menino/Para o nosso bem (...). Gostaria que esta crônica começasse tocando esta música tradicionalíssima. Mas, contento-me com os toques que neste momento soam em meu interior. Quanta saudade! Músicas sacras e próprias para a época. "Bate o Sino" é uma das músicas de natal mais conhecidas em todo o mundo. Esta letra foi escrita por James Lord Pierpont, (1822-1893), em 16 de setembro de 1857.
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Tradição? As Compras de Natal... Nozes, avelãs, amêndoas, frutas secas... Pernil, peru ou cabrito... Exagero? Sim. Mas um exagero ingênuo realizado entre as famílias em momentos de paz e até reflexão. Havia mais calor humano. Mais proximidade com o próximo. Cartões de Natal escritos e enviados pelo correio. Era gostoso recebê-los pelas mãos do carteiro ou encontrá-los na caixa apropriada. Um costume que se acaba. Enfim, a tecnologia chegou para facilitar ou esfriar o relacionamento? Com a resposta os possíveis leitores “destas mal traçadas linhas”.
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As visitas entre parentes e amigos na manhã ou tarde do Dia de Natal. Papos longos e cheios de afeto... Enfim, já vai longe tudo isso e muito mais. A ciência avançou. E a moral? A moral não seguiu no mesmo ritmo! Daí, os desacertos que a vida nos apresenta. A expectativa de vida hoje é bem maior do que cinquenta anos atrás. Um tempo ganho que poderia ser usado para aprender a amar o próximo e ser capaz de evitar o consumismo exagerado e tão selvagem nesta época do ano. Milhões de pessoas nas ruas fazendo compras. Futilidades... Empenhos que se arrependerão mais tarde, quando as prestações começarem a vencer.
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Meu tempo aqui na Terra está chegando ao fim. Como será quando eu voltar? A Humanidade terá mudado para melhor? A lógica diz que sim. Mas, como encarar todo esse modernismo? Modernizando-nos seria a resposta. E os valores de hoje? Ficarão apenas no passado, ou gravados e melhorados em nosso íntimo?Perguntas, perguntas... Só o futuro dirá. Uma colheita daquilo que cada um de nós plantar.
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Sei que os tempos atuais me chocam! Tudo se mistura! Tradições, festas religiosas e pagãs. Uma anarquia moral! Bebidas e barulhos! Embriaguês, viciados... Desrespeito total ao semelhante. Chamam a isso de "carnatal"! Uma mistura de natal com carnaval. Pode? Uma micareta nordestina que se espalha rapidamente pelo Brasil. Tudo acontece nessa festa popular, menos momentos de reflexão que a data exige ou oferece para quem quiser aproveitar. Vamos nos distanciando dos valores morais. Isso me faz lembrar a passagem bíblica onde Moisés se afastou das tribos para receber os dez mandamentos. Em sua ausência, estabeleceram-se os festins e orgias pagãs em torno de um ídolo feito de ouro.
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Jesus nasceu em uma manjedoura, rodeado de animais. Em termos simbólicos, a manjedoura revela o caráter humilde e simples daquele que seria o maior revolucionário de todos os tempos, sem que precisasse escrever uma única palavra. Os exemplos de sua simplicidade devem nortear os nossos passos nos dias que correm. De nada adianta dizermo-nos adeptos de Cristo e agirmos de modo contrário aos seus ensinamentos. Até quando vamos adorar o ídolo chamado materialismo?
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Aos meus amigos e a toda a humanidade, um Feliz Natal e um ANO NOVO com muita prosperidade espiritual.
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*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
*J. MORGADO é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista? Só clicar aqui: jgarcelan@uol.com.br
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Bom dia amigos (as)...
ResponderExcluirO amigo-irmão J. Morgado nos deixa uma crônica para que possamos meditar sobre o real significado do Natal. Mostra em seu texto desta sexta-feira que falta algo no Natal da cidade: o Cristo entronizado na sala e, o que seria melhor, nos corações. Papai Noel, esta figura bizarra, de barbas meladas de doce e ventre cheio de uísque, tomou conta de todos os lugares. Basta olhar em torno e procurar por Cristo na sua manjedoura. Mais uma vez não há lugar para a Sagrada Família nas estalagens da vida. Assiste-se à proliferação de papais noéis e até de mamães noéis, para todos os gostos, nas lojas e nas vitrines dos shoppings. O boi, o carneiro, o jumentinho, os reis magos com seus vistosos camelos já não se aprestam à adoração do Menino Jesus, com Maria e José, na Noite Santa, vencidos que foram pelo Papai Noel das vitrinas, transformadas em “estalagens de vidro” onde demora o gordo Papai Noel fanfarrão. E, assim, no Natal, de quem menos se ouve falar é do aniversariante...
Tudo que sabemos sobre a história de Cristo e do próprio cristianismo foi escrito séculos depois baseado em relatos orais que incorporaram muitas das lendas e crenças pagãs. Os primeiros cristãos não comemoravam o nascimento de Jesus e a data ficou esquecida por muito tempo. Somente depois da cristianização do Império Romano, como maneira de atrair novos seguidores é que o vinte e cinco de dezembro veio a ser instituído e sacramentado como Dia de Natal, nascimento de Cristo, muito embora as evidências dos Evangelhos mostrem que dificilmente esse nascimento deu-se no mês de dezembro pelos relatos climáticos da Palestina, e bem possivelmente em meados de março, conforme aprendi estudando a História Universal. Quem comercializou o Natal foram os americanos como não poderia deixar de ser. Eles juntaram à festa cristã a lenda do bispo Nicolau que, na Turquia, distribuía brinquedos às crianças pobres e criaram a figura de Papai Noel, um velhinho rechonchudo e de barbas brancas que habita o Polo Norte e traz presentes a todas as crianças.
Hoje o Natal é uma das maiores datas comerciais em todo o mundo, concorrendo apenas com o Dia das Mães em matérias de vendas. Há um costume tradicional de presentear amigos e parentes e o comércio aproveita-se desse tema para aumentar seus lucros, o que transformou a festa que deveria ser um ato de recordação de um menino pobre que nasceu numa manjedoura, num espetáculo sem fim de consumo, um verdadeiro carnatal, mistura de Natal com carnaval, como explica J. Morgado. O Natal não pode mais ter sua data trocada e as imprecisões históricas, melhor deixar de lado. Natal, pois, é mais do que tudo que vemos nas lojas e nas televisões. É meditação, é silêncio, é comunhão, é contemplação, é beleza, é alegria, é poesia, tristeza e saudade pelos que já partiram. É também confraternização, reciprocidade, reconhecimento a Deus pelo dom da vida - É este, na verdade, o maior presente de Natal: a presença de Jesus, o Filho Unigênito do Pai, o Verbo Encarnado que se fez carne e habitou e habita entre nós.
Um Feliz Natal a todos...
Edward de Souza
Bom dia, J. Morgado, achei linda sua crônica e necessária para que todos entendam o verdadeiro sentido do Natal. Adorei também o comentário do Edward, que reforça significativamente o pensamento expresso em seu texto. Sabe, J. Morgado, estamos a uma semana do Natal. Olha que ando por aí e só vejo trenós, constelações de estrelas, toneladas de algodão, multidões de papais-noéis, pilhas de caixas embrulhadas para presente. E quase não vejo presépios ou mensagens que lembrem o fato que faz a festa: o nascimento de Jesus. Mas como eu sei que é Natal, reforço sua mensagem e a do Edward e insisto em desejar aos leitores que ele ganhe, em seus corações, o sentido almejado por Deus em sua radical e santificadora intervenção na História humana.
ResponderExcluirFeliz Natal!
Giovanna - Franca - SP.
Olá J. Morgado!
ResponderExcluirConfesso-lhe, não gosto do Natal que hoje se comemora. Não os abraços sinceros, nem a alegria dos verdadeiros encontros e nem o aconchego das celebrações genuínas, despojadas de pompa e hipocrisia. O que eu não gosto é a loucura de um Natal vulgar, de risos forçados, cheques pré-datados, festas burocráticas e até carnavalescas, neves enlatadas, presentes compulsórios comprados com impaciência, cartões de crédito estourados, trânsito parado, vendedores grosseiros, bazares, listas, comilanças desmedidas e, o pior, a obrigação patética de ter que se sentir feliz porque é Natal. É bizarro ver papais noéis grotescos, desenxabidos e suados fazendo soar campainhas e incríveis ho-ho-hos nas portas das lojas, nos shoppings, nas esquinas, nos jantares.
Acho triste o Natal das pessoas nas festas barulhentas, que não ouvem chorar o Menino Deus, nem os humilhados da cidade, nem tampouco o farfalhar das asas dos anjos ou a voz dos amigos. Sinto falta dos natais inocentes da minha infância, quando as certezas eram simples e os sonhos, possíveis. Houve um tempo de natais simples e poderosos que fazem parte das lembranças sagradas, em que a Data do nascimento de Cristo era sempre lembrada, até mesmo quando se ia a uma igreja assistir a Missa do Galo pouco antes de meia-noite. Sim, houve um tempo de natais simples e poderosos que fazem parte das lembranças sagradas.
Bom final de semana!
Michelle - Florianópolis - SC
Adoro músicas natalinas, J. Morgado e nesta época faço questão de ouví-las, transmitem paz e enchem nossos corações de fraternidade, sentimento em extinção que deveria estar conosco o ano todo. Cristo trouxe uma nova mensagem: pregou mudanças! Alguns perguntaram se sua doutrina representava um fim, mas não: era um começo, ou melhor, recomeço, mostrando que Deus ainda tem esperança em nós! E tanto isso é verdade que a vinda de Jesus ampliou a aliança divina com o ser humano: ela passou a ser de todos nós!
ResponderExcluirÉ por isso que o Natal é tão importante: porque Jesus veio como madrugada-criança, luz que a cada dia reacende as trevas. Luz que cada um de nós, seus filhos, representa e não temos o direito de ofuscar ou apagar em nome idéias e ideais envelhecidos que alguns, por ignorância, estupidez ou ganância, insistem em perpetuar. Assim, cada novo dia é um novo Natal, pois a vida renasce e com ela a esperança!
Um bom Natal e um maravilhoso 2011 a todos vocês, amigas e amigos queridos deste blog. Vamos acreditar no futuro e ser artífice de um mundo melhor! Será uma bela retribuição para quem deu sua vida para nos dar vida!
Bjos
Daniela - Rio de Janeiro
Bom dia, queridos J. Morgado e Edward de Souza!
ResponderExcluirMais um ano se passa e está chegando o bom e velho Natal. É dia do menino Jesus, de passar com a família, de chorar, ter saudades dos que estão distantes e dos que já se foram. Dos amigos de longe, dos amigos de perto, dos que não vemos e dos que quase esquecemos. Devemos acreditar nas pessoas e ajudar uns aos outros na construção de um mundo melhor. Dividir o que temos e sermos caridosos com os mais necessitados. Que Deus abençoe a todos nós e a todos a quem queremos bem e que tenhamos um Natal cheio de paz, muita felicidade, fartura, saúde e alegria!
Parabéns pelo texto maravilhoso, J. Morgado, que Deus o abençoe e ilumine sempre para continuar nos brindando com mensagens como esta. Que este Natal seja cheio de paz, muita felicidade, fartura, saúde e alegria para todos nós!
Bjos,
Gabriela - Cásper Líbero - SP
Meu caro J. Morgado, nesta época de Natal e fim de ano as pessoas ficam sobrecarregadas. Alguns tremem e são acometidos de uma espécie de síndrome do pânico só de ouvir a palavra “confraternização”. Haja tempo, dinheiro e paciência para ir a tanto oba-oba. O verdadeiro espírito de Natal fica esquecido em meio à correria das compras, dos presentes, das comemorações... Poucos se detêm em fazer uma reflexão para começar o ano com novos objetivos. Ao contrário, a grande maioria está preocupada em aparecer, beber, contar vantagens e manter as aparências a título de um Natal que muito pouco tem de cristão.
ResponderExcluirSe a época é propícia para renovar sentimentos e aproximar as pessoas, o que se espera é que cada um, em seu ritmo próprio, tenha a solidariedade como um objetivo pessoal e coletivo, traçando um caminho de transformação indispensável para reconstrução da sociedade, hoje fragmentada, agressiva e massificada. Que saibamos aceitar esses sentimentos, respeitá-los, escutá-los, obedecer a eles, nos deixar guiar por eles. Um Feliz Natal, uma eternidade de sentimentos, únicos, capazes de fazer com que possamos nos sentir verdadeiramente vivos e com Jesus no coração.
Birola - Votuporanga - SP
Querido J. Morgado e Edward parabéns sempre. Adorei os textos de hoje. Infelizmente hoje em dia o natal transformou-se em hipocrisia pura. Obrigada pela linda crônica.
ResponderExcluirOlá J. Morgado, com a chegada do Natal nos lembramos de tudo e de todos, menos de Jesus, o sempre esquecido aniversariante. Não podemos nos esquecer que a festa, além da confraternização, da alimentação farta, precisa ser um momento de reflexão sobre nossas vidas. O Natal deveria servir para reatarmos amizades perdidas por orgulho, perdoar a falha alheia, entender a necessidade do próximo e exercer sempre o espírito de caridade para com os menos favorecidos pela sorte. Com certeza, assim, nosso Natal seria maravilhoso e o aniversariante ficaria feliz e se sentiria homenageado.
ResponderExcluirParabéns pela crônica, gostei!
Priscila - Metodista - SBC
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei sua crônica, J. Morgado! Acho que o Natal existe para que a gente descarregue um pouco nossa culpa de viver num País onde as desigualdades são criminosas, num mundo onde impera a violência e numa sociedade que cultiva a falsidade antes da fraternidade. A gente dá um panetone ao lixeiro, uns trocados ao guardador de carro, uma cesta básica a um mais pobre e com isso podemos descansar a cabeça no travesseiro, achando que Natal é realmente a festa da fraternidade e esperança.
ResponderExcluirEsquecemo-nos constantemente que a mão que se estende diante de nós é a de um irmão, às vezes mais carente de afeto do que de pão. Não nos lembramos, nesse maravilhoso mundo de internet e tecnologia, que uma palavra pode valer mais que um belo presente. E compramos a paz de nossas consciências, nesta época de Natal, quase sempre nos shoppings. Como resta uma semana para o Natal Natal, sempre existe a esperança de que uma estrela brilhe para nos nortear a um novo caminho. Que seja repleto de fraternidade, amor e sabedoria.
Feliz Natal!
Vanessa - Unicamp - Campinas - SP
Sua crônica é uma realidade dos "natais" da atualidade, J. Morgado. A mensagem de esperança no nascimento do Menino-Deus, que deveria ser a tônica todo esse tempo, é esquecida diante do apelo comercial. O nosso lado consumista mistura fé com liquidações, presépios com shoppings, sacolas lotadas de compras com corações vazios. E nos esquecemos de comemorar o aniversário de Jesus, comendo, bebendo, dançando, muitas vezes brigando e transformando esta que deveria ser uma festa cristã em um verdadeiro carnaval.
ResponderExcluirPrecisamos nos lembrar nesta época de dividir o pão com quem necessita, muita gente não tem um prato de comida. Essa generosidade e irmandade valem mais que os gestos, às vezes públicos, de devoção e religiosidade. Devemos ainda pedir a Deus que dê a todas as crianças o direito de sorrir, ganhar brinquedos, cear bem, ter leito para dormir e pais para beijá-los. Aí o Natal será realmente festa de todos.
Um bom e maravilhoso Natal a todos!
Carol - Metodista - SBC
Acompanhando os comentários, difícil me segurar sem voltar ao blog. Aproveito para lhes informar que nosso querido J. Morgado, por culpa e responsabilidade da Telefônica, está sem conexão com a internet desde ontem, lutando para conseguir ainda vir a tempo ao blog trocar uma ideia com todos. Certamente vai conseguir, espero.
ResponderExcluirAproveitando, permito-me fazer outra breve reflexão sobre esta data que se comemora na próxima semana e sobre este festivo momento na vida de todos nós. Natal, nascimento, lembra-nos a infância, a fase de criança, esse período fundamentalmente básico da vida, quando nada tinha de excepcional, mas existia a pureza de nossos avós e pais, a família unida, e a alegria de enfeitar a casa para esperar o Papai Noel.
Os tempos passam, as ilusões se perdem, mas a magia fica. E faz renascer dentro de nós um turbilhão de esperanças. Qual a criança que não passa o ano ansiosa para que chegue o Natal e com ele o Papai Noel com os brinquedos, uma fantasia que não faz mal nenhum alimentar? No entanto, devemos refletir sobre a triste realidade. Nem todas as crianças são iguais. As diferenças são imensas e profundas.
Há uma criança que ri, enquanto muitas choram; há uma criança que ganha brinquedos, enquanto muitas nada recebem; há uma criança que tem farta ceia de Natal, enquanto muitas não têm sequer um pão; há uma criança que tem leito para dormir, enquanto muitas dormem ao relento; há uma criança recebendo beijos dos pais, enquanto muitas desconhecem seus pais.
Não quero com isso gerar crise de consciência e tornar amarga a festa de ninguém. Não é isso. Ao mostrar essa triste realidade que, em face da desigualdade não atinge a todos, a minha intenção é que, nós que não somos afetados por ela, agradeçamos a Deus, o Deus de cada um, o Deus de cada crença, porque podemos ver nossas crianças sorrir, ganhar brinquedos, cear bem, dormir em seu leito, recebendo nossos beijos.
Cada Natal tem a graça de um bebê que nasce, a alegria de mãe que dá à luz, a ternura de pai que acolhe. A família se recria e o amor se revigora. E tudo é tão intensamente belo que não basta um dia. Para mim, o Natal acontece todos os dias, por isso eu sou uma criança o ano inteiro. E ninguém melhor do que as crianças para saber inventar a felicidade.
Abraços...
Edward de Souza
Caríssimo J. Morgado: Parabéns por sua excelente crônica, repleta de verdades, não necessariamente novas, mas que precisam ser eternamente repetidas. Como comentou o Edward de Souza, o comércio se apropriou de todas as datas e fez delas motivação popular para lhes auferir grandes lucros. Razão pela qual nutro certa aversão a datas, essa obrigação tola e inexplicável de ter que presentear, dar caixinhas, cumprimentar, comer isto ou aquilo. Cada data pode ter seu significado sem necessidade de nada disso, mas aí somem os lucros capitalistas, claro. E também como lembrou o Edward, tudo começou lá na matriz, os EUA, que nosso espírito de povo colonizado copia em tudo, principalmente no que não presta. Como todo mundo que começa a entrar na velhice, ou talvez eu já seja velho e nem saiba, tenho belas lembranças dos velhos natais em familia, com músicas em LP de vinil, preces espíritas (minha familia era espírita), e sim belas ceias, em mesas lindamente decoradas por minha mãe, além da árvore de Natal em galho de verdade, que a gente levava horas montando e saia todo espetado pelos espinhos. Era uma curtição que desaparece, deixando na memória um belo sabor de infância. Hoje, muitos sequer entende o significado do Natal. Só pensam em consumo. Depois ficam devendo, e começam o ano novo com déficit na conta bancária. O que é, convenhamos, um péssimo ano novo.
ResponderExcluirBeijos a todos!
Milton Saldanha
Perdão pelos erros de digitação, que ficaram parecendo erros de concordância. Façam, por favor, a leitura com os devidos plurais...
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Oiê, amigos (as)...
ResponderExcluirCom sempre, o mestre Morgado nos oferece um excelent artigo, para reflexões. Os tempos, caro Morgado, avançaram até mais do que previa nossa vã filosofia e hoje as coisas caminham por águas nunca antes navegadas. È complicado, mas nos resta apenas as recordações da época do respeito, humildade e crenças das mais diversas. A filosofia é o lenitivo para manter vivas as tradições e o senhor colabora muito para isso.
Valeu, mestre.
abraços
Oswaldo Lavrado -SBCampo
Boa tarde, J. Morgado!
ResponderExcluirOlha, pra mim, nada mais distante da pobreza de uma manjedoura do que o consumismo do final de ano. Adorei sua crônica!
Um Lindo e Maravilhoso Natal!
BJ
Anna Claudia - Uberaba - MG
Meu caro, J. Morgado, saudades do velho e gostoso Natal, uma festa popular em torno da Igreja que tinha como seu ponto alto a Missa do Galo celebrada à meia-noite.A Missa deixou de ser ponto obrigatório, tanto socialmente como no espírito religioso e em poucas igrejas se vê o povo celebrando com orações o Natal. A exceção, é claro, é no Vaticano onde milhares de turistas lotam a Basílica de São Pedro para assistirem à Missa celebrada pelo Sumo Pontífice, normalmente em grande gala com corais e orquestras de câmara acompanhando todo o ritual.
ResponderExcluirDo Natal brasileiro sumiram o pastoril e os Autos Natalinos, representações teatrais que contavam o nascimento do Menino Deus e que foi introduzida pelos jesuítas como maneira de converter uma população analfabeta que não tinha acesso aos livros sagrados. Já o Pastoril sempre teve seu lado profano e era dançado por moças da sociedade, dividido em dois cordões que duelavam musicalmente pela preferência do público. Normalmente se organizavam leilões para recolher dinheiro para as obras da Igreja.
O pastoril, com o passar dos tempos adquiriu um caráter mais pejorativo e até obsceno, com a introdução da figura do Mestre que divertia a platéia com suas piadas chulas e de sentido duplo. Normalmente era realizado em bairros periféricos e já não contava com a presença da sociedade e sim do povão que se reunia para gargalhar com as tiradas do humorista que regia a folia. O Recife ainda guarda tradições desse pastoril profano com mestres que ganharam reputação pela sua picardia e humor pesado.
O pastoril, parece, deixou respingos negativos em nosso Natal, onde tudo se comemora, menos o nascimento de Cristo e, como você deixou claro em seu texto, mais se assemelha a um carnaval, ou carnatal, de tanta bebedeira e folia que aprontam neste dia, que deveria ser de muita meditação, fraternidade e paz!
Um abraço
Laércio H. Pinto - SP
Que me desculpe se algum de vocês me mandou mensagem de Natal/Ano Novo por e-mail. Não abro. Logo, também não respondo. Simplesmente porque acho frio, sem graça, massificado. Sou um endereço num mailing, nada mais que isso. Não há como comparar isso com uma ligação telefônica, ou mensagem personalizada, escrita e assinada de punho. Uma mensagem padrão que segue para um grupo de pessoas, por e-mail, não expressa sentimento real,é apenas marketing de quem enviou, para se passar por atencioso. Que autenticidade pode ter isso? Só alguém muito carente vai acreditar e se comover.
ResponderExcluirMilton Saldanha
Olá Meus amigos
ResponderExcluirBoa noite
Infelizmente, fiquei sem internet por dois dias. Somente agora a telefônica através de um competente técnico conseguiu resolver o problema.
Estou muito cansado.
Prometo que amanhã logo cedo estarei interagindo com os amáveis leitores.
Muito obrigado.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá amigo J.Morgado.
ResponderExcluirDe fato o materialismo exacerbado tem-nos distanciado de nossa real destinação; E por consequência, da nossa paz e da nossa felicidade.
Por outro lado não há como frear a marça do progresso material. É o uso inadequado desse progresso que inquina as nossas vidas levando-nos à geena.
Desejo a todos os participantes deste blog saúde material e espiritual em 2011.
Abraço fraterno com paz.
Luiz Antônio de Queiroz
Franca-SP
Em tempo:
ResponderExcluironde se lê: marça, leia-se: marcha.
Amigo. Excelente matéria sobre o Natal. Você escreve com qualidade e esmero. Parabéns.
ResponderExcluirNeste Natal vamos multiplicar amor.
Que sejamos portadores de paz.
Que possamos dar afagos, carinho, bálsamos de alívio, força e luz a todos aqueles que necessitam.
Que possamos germinar o amor entre as pessoas, fazendo-os fortes em meio à tempestade.
Neste Natal e em todos os dias de nossas vidas, desejo que a Paz e a Harmonia encontrem moradia em todos os corações. E que o Natal seja mais um momento em que as pessoas acreditem que vale a pena viver um Ano Novo.
Feliz Natal, Feliz 2011.
Grande abraço.
Boa noite, J. Morgado!
ResponderExcluirMais que uma data onde os shoppings ficam lotados, onde os mercados batem recordes de vendas e as trocas de presentes se dêem como em nenhuma outra época do ano, o Natal é, sobretudo, uma data de celebração da vida, de obediência aos ensinamento de Deus. Festejar o Natal só tem sentido se for uma inspiração de fé de que a vida pode ser melhor e de que o mundo pode ser mais feliz. Esse é o sentido do Natal em Cristo. Que a felicidade seja plena neste tempo de celebração. Que Deus abençoe a todos deste blog neste Natal e a cada dia do Ano-Novo. São os meus votos.
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP
Amigos do blog de ouro,bôa noite !!
ResponderExcluirA crônica do amigo e mestre J.Morgado revela o que muita gênte pratica no dia de Natal,ou seja, nada de lembranças do porque foi instituido o dia 25 de Dezembro.
Um feriado CATOLICO e que não é comemorado em muitos países que não tem o catolicismo como religião.
Aqui em nossa terra como escreveu Juliano,o pôvo comemora o Natal sómente como mais um feriado, dia de comprar e dar presentes, comer muito,beber demais e praia,praia praia,que é o destino de muitos "turixtax"que por aqui aportam para extravasar sua alegria .E da-lhe músicas carnavalescas ou pornográficas,pois neste dia vale tudo,menos refletir quem foi e o que fêz um homem a 2010 anos atrás.
Um feliz e concencioso Natal aos participantes do "nosso" blog.
Tenham todos um ótimo final de semana.
(aqui na praia,chuva a cinco dias)
Abraços Edward, J.Morgado e aos demais amigos do blog.
Admir Morgado
Praia Grande SP
Por acaso vocês tem noção quantos animais indefesos são abatidos para saciar a ganância dos comerciantes e encher o bucho dos gulosos e insaciáveis cidadãos que transformaram suas entranhas em verdadeiros túmulos de aves, porcos e gados esquartejados?
ResponderExcluirPois é, muitos dos animais iguais aqueles que viram Jesus nascer, são servidos em infinidades de lares, sob mesas requintadas ao som de musicas natalinas.
As maiorias das pessoas que comemoram o natal estão mais preocupadas com os presentes que vão ganhar e com o cardápio, esquecendo o que realmente o aniversariante representa para a humanidade.
Esse mundo é muito difícil de entender.
Se não tiver consumo não tem emprego, e a economia não gira disseminando a pobreza.
Se o consumo aumentar e gerar riquezas, nós crucificamos os desequilibrados que gastam mais do que ganham.
Talvez os que poupam e não gastam nada com medo de morrer pobre, consiga levar a grana para gastar no céu, ou no inferno sei lá!
Nesse natal eu vou fazer exatamente o que eu sempre fiz.
Vou beber pra caramba, comer pra caramba, se não eu viro um estranho no ninho.
Se a voz do povo é a voz de Deus, quem sou eu pra fazer o contrário, contrariando os que vão fazer exatamente o que eu quero fazer também.
A vida é somente o momento, esse eterno momento que do passado só ficou as lembranças, e o futuro, ah, esse tal futuro só a Deus pertence.
Alias J. Morgado, que garantia você tem que vai renascer aqui na terra?
O futuro começa agora! Portanto nobre amigo comece a renascer a todos os momentos que ainda lhes restam.
Desejo a todos um eterno renascimento em todos os momentos dessa angustiada vida. Que a esperança de dias melhores não fique muito distante de acordo com os nossos merecimentos.
Padre Euvideo.
Olá Meus amigos
ResponderExcluirBom dia
Depois de uma noite bem descansada e dormida aqui estou para mandar uma mensagem de agradecimento aos que aqui postaram comentários.
Edward, Giovanna, Michelle, Daniela, Gabriela, Birola, Betinha, Priscila, Vanessa, Carol, Saldanha, Lavrado, Anna Claudia, Laércio, Luiz Antonio, Maria José, Tânia Regina, Admir, Padre Euvídeo e outros que certamente aqui comparecerão no dia de hoje.
Há muito estamos juntos. Juntos desenvolvendo um trabalho de divulgação a cultura.
Isso é gratificante. Não estamos passando em vão por este mundo de expiação e provas.
A cada artigo, crônica, conto, reportagem... Aprendemos e distribuímos conhecimento.
Os comentários postados enriquecem as matérias inseridas no Blog do Edward e seus Amigos.
Ao meu querido Padre Euvídeo, respondo que ainda não me sinto merecedor de outro mundo que só poderia ser melhor do que este. Há muita coisa a resgatar nesta terra de sofrimentos.
Volto mais tarde.
Um abraço a todos
Paz. Muita Paz.
Olá Meus amigos
ResponderExcluirBom dia
Depois de uma noite bem descansada e dormida aqui estou para mandar uma mensagem de agradecimento aos que aqui postaram comentários.
Edward, Giovanna, Michelle, Daniela, Gabriela, Birola, Betinha, Priscila, Vanessa, Carol, Saldanha, Lavrado, Anna Claudia, Laércio, Luiz Antonio, Maria José, Tânia Regina, Admir, Padre Euvídeo e outros que certamente aqui comparecerão no dia de hoje.
Há muito estamos juntos. Juntos desenvolvendo um trabalho de divulgação a cultura.
Isso é gratificante. Não estamos passando em vão por este mundo de expiação e provas.
A cada artigo, crônica, conto, reportagem... Aprendemos e distribuímos conhecimento.
Os comentários postados enriquecem as matérias inseridas no Blog do Edward e seus Amigos.
Ao meu querido Padre Euvídeo, respondo que ainda não me sinto merecedor de outro mundo que só poderia ser melhor do que este. Há muita coisa a resgatar nesta terra de sofrimentos.
Volto mais tarde.
Um abraço a todos
Paz. Muita Paz.
Bom dia, J. Morgado, Edward, amiguinhos e amiguinhas deste blog. Depois de ler com atenção sua crônica. J. Morgado, e posteriormente os comentários, gostaria de começar pelo primeiro, deixado pelo Edward, que nos explica a origem do Natal, uma criação americana para explorar o lado comercial nesta época em que todos recebem seu décimo terceiro e fazem a festa para comemorar o final de um ano e o novo que vai iniciar. Muito bem. De acordo com o Edward, Cristo não poderia ter nascido em dezembro, mas sim em meados de março, baseado no clima daquela região, de tempo bom e com estrelas para guiar os Reis Magos até a manjedoura onde estava Jesus.
ResponderExcluirEsta explicação me faz acreditar que possivelmente em dezembro deve nevar na região onde Jesus se encontrava. Mas, o que isso tem a ver com o assunto aqui tratado pelo J. Morgado? Simples. Como vamos comemorar o nascimento de Jesus Cristo se ele não nasceu dia 25 de dezembro? Como respeitar esta data se ela não é a correta? Não fosse a gula do comércio, certamente a data do nascimento de Jesus seria marcada para um outro mês, menos festivo e longe das comemorações do final de ano. Com certeza, aí sim, seria respeitada, como o é a Páscoa e tantas outras celebrações religiosas. Por isso o Natal para mim não tem sentido e tanto faz você transformar o 25 de dezembro em carnaval ou não. O aniversariante não vai estar presente numa festa que não é dele.
Abraços,
Juninho - SAMPA
Olá novos amigos! ganhei mais um amigo, que está me seguindo, então resolvi passar por aqui para conhecê-lo melhor e dizer que adorei a visita! Quanta honra! e adorei também a crônica de J.Morgado e que bom que não sou só eu que também adora receber cartões escritos pelos amigos. a Internet ajuda muito hoje em dia, mas aqueles cartões que muitas vezes demoravam dias para chegar, ainda são meus preferidos.
ResponderExcluirQue bom pssar por aqui! Novos amigos são sempre bem vindos!
Abraços
Lhú Weiss
Sigo, sigo! Feliz Natal. Paz. Camila J.
ResponderExcluirSenhor J. Morgado
ResponderExcluirHá tempos não comparecia neste espaço. Estava viajando.
Como sempre, seus recados são gratificantes.
Feliz Natal.
Maria Monge
Se a população do ocidente tivessem os mesmos costumes que a minha civilização, muitos dos seus problemas estariam resolvidos.
ResponderExcluirVocês acreditam em coisas banais que não os levam a nada.
São pornográficos, exibem as suas mulheres como se fosse um troféu e são péssimos exemplos para os seus filhos.
Prezado Matusalém, antes de vir ao blog pregar moral, uma pergunta: qual a razão do povo Árabe gostar de suicidar-se e também matar o máximo de gente possível, sejam outros árabes, sejam estrangeiros? Pois bem, eu sei as explicações. Eis algumas: na Arábia É proibido tomar bebidas alcoólicas. Estão proibidos os bares. É proibida a internet. São proibidos o rádio e televisão. É proibido ouvir música estrangeira. É proibido barbear-se. São proibidos esportes, estádios e festas.
ResponderExcluirMais: As mulheres têm de usar vestidos que parecem grandes sacos. Os homens usam trapos e farrapos em vez de roupas. As mulheres devem usar véu o tempo todo. Ao ir a praia, as mulheres devem usar uma vestimenta chamada "burkini", que faz elas parecerem o Ryu Hayabusa (Ninja Gaiden). Os grelhados são de carne de jumento assados sobre estrume de camelo. É proibido comer carne de porco. Os árabes são contra viados, e veados. É proibido fazer sexo antes do matrimônio. Além disso, Matusalém, inspirados no dia dos namorados, a esposa de um árabe é escolhida por outra pessoa.
Depois de tudo isso, nós somos os imbecís, Matusalém? Vá plantar cocos no deserto....
Arturzinho - Santos - SP.
Senhor Arturzinho, o seu comentário é o perfil de um verdadeiro homem bomba!!!
ResponderExcluirA minha raça é pacífica, gentil e reservada nas ações que o ocidente acha normal.
A sua explosão de raciocínio, é o espelho original que reflete a condição moral da sua raça.
Caro Edward,
ResponderExcluirVim para agradecer sua visita e seus voltos de Boas Festas e para dizer que também eu desejo ao amigo um bom Natal e um Ano Novo pleno de realizações, com saúde e paz junto de seu familiares.
Um grande abraço,
Pedro.
Oi Edward!
ResponderExcluirMuito obrigada pelos votos.
Um grande abraço e boas festas!
\o/
Olá Amigos
ResponderExcluirNesta linda tarde de domingo (litoral sul), a tarde já vai tranquila. Os turistas se mandaram para começar uma semana atribulada lá na Capital.
Muitos comentários. Muitas visitas aqui no blog.
A todos, meus agradecimentos e que tenham um Natal muito feliz.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
“Meu tempo aqui na Terra está chegando ao fim. Como será quando eu voltar? A Humanidade terá mudado para melhor?”
ResponderExcluirPalavras escritas por J. Morgado.
Quem sois? Sois Deus?
Por um acaso é mais um entre tantos que tentam copiar Jesus prometendo que voltarás?
Sois um profeta, ou um falso profeta?
Tens seguidores?
Aproveita enquanto ainda é tempo de se arrepender!
Alertado pela amiga Nivia Andres que comentários postados usando fotos e textos semelhantes a um dos antigos colaboradores deste blog não era de sua autoria, tomei a iniciativa de deletá-los e tomarei também medidas sérias para que isso não mais aconteça neste blog. Na matéria acima, escrita pelo amigo-irmão Oswaldo Lavrado, deixei outras explicações.
ResponderExcluirGratos!
Edward de Souza
Enganei-me redondamente, acreditando que o joio havia se transformado em trigo. Peço desculpas a você e ao J. Morgado pela menção que fiz a essa pessoa. Retiro o que disse. Não merece nenhum tipo de elogios um "homem" que envia porta voz para falar em seu nome.
ResponderExcluirBjos,
Gabriela - SP