“Só deixo meu Cariri no último pau-de-arara...” Talvez seja estranho começar esta crônica com o refrão de uma música célebre, cantada pelo não menos famoso Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Mas faz sentido, acompanhem...
Li nos jornais e assisti na TV, nos últimos dias, reportagens sobre a “exportação” de mão de obra especializada para a construção civil rumo ao Nordeste e, em especial, para Salvador, na Bahia.
Uma “exportação” de filhos do Nordeste que, desde épocas remotas e até agora, ainda migram para os estados do sul devido ao flagelo que abala constantemente aquela região, incluindo, aí, o norte de Minas Gerais.
Vítimas de uma situação climática catastrófica, os cidadãos nordestinos, nossos irmãos brasileiros, ainda eram (ou são?) explorados pelo coronelismo implacável, adepto do sistema de feudos.
Cansados dos rigores da seca, passando fome e toda sorte de necessidades, os mais corajosos aventuravam-se a fazer jornadas de três a quatro mil quilômetros até São Paulo, em busca da “Shangri-La” (para eles), um local paradisíaco criado pela imaginação de James Hilton, no filme “Horizonte Perdido”.
Muitos morriam pelo caminho. Cruzes toscas marcavam o roteiro.
Depois vieram os paus-de-arara. Caminhões cobertos ou não por uma lona, transportando os flagelados da seca. As viagens duravam muitos dias. Fome, sede, doenças várias e as cruzes continuavam a marcar a passagem dos migrantes.
Aqueles que tinham um dinheirinho a mais, viajavam nos “sacolejantes” vagões da então Central do Brasil ou nos ITA, navios da Companhia de Navegação Costeira. Sobre essa viagem, Dorival Caymmi nos deixou uma canção inesquecível: “Peguei um Ita no norte/Pra vim pro Rio morar/Adeus meu pai, minha mãe/Adeus, Belém do Pará/Ai, ai, ai, ai, ai/Adeus, Belém do Pará/Vendi meus troços que tinha/O resto dei pra guardá/Talvez eu volte pro ano/Talvez eu fique por lá...”
Parte desses nordestinos se dirigia ao Rio de Janeiro. A maioria, entretanto, tinha como destino o “Eldorado”, a capital paulista.
Mudanças radicais aconteceram na cidade de São Paulo. Os cortiços existentes no bairro do Brás e adjacências que eram, antes, habitados por imigrantes italianos, espanhóis e de outras nacionalidades que ali se instalaram, oriundos do interior paulista onde foram ter como colonos em fazendas de café, foram, aos poucos, sendo tomados por migrantes vindos do Nordeste.
As favelas proliferaram. E a cidade de São Paulo cresceu em ritmo vertiginoso.
Aqueles migrantes que sofriam com a seca e o trabalho quase escravo começaram a se especializar na construção civil. Pedreiros, carpinteiros, serralheiros...Mais tarde, as indústrias começaram a arregimentar esse pessoal. Mais migrantes vinham em busca daquilo que não encontravam em seus estados de origem. Mais especialidades...
Os anos passaram. A situação nordestina continuou no marasmo até que a indústria turística alavancou o progresso daquela região do país. Indústrias começaram ali se estabelecer e, em consequência, a falta de mão-de-obra especializada.
E agora, com o boom da construção civil, faltam braços competentes. A solução foi trazer de volta os nordestinos ou filhos destes, para alavancar o “progresso” que se instalou na região, principalmente na Bahia.
Assim, depois de muito sofrimento, os irmãos do Nordeste começam a voltar para os “cariris” regionais em busca de emprego e conforto. Conforto que a maioria não encontrou no “eldorado paulista”. Inverteu-se o roteiro. Renasceu a esperança...
"A vida aqui só é ruim
Quando não chove no chão
Mas se chover dá de tudo
Fartura tem de montão
Tomara que chova logo
Tomara meu Deus tomara
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara.
Enquanto a minha vaquinha
Tiver o couro e o osso
E puder com o chocalho
Pendurado no pescoço
Eu vou ficando por aqui
Que Deus do céu me ajude
Quem sai da terra natal
Em outros cantos não para
Só deixo o meu Cariri
No último pau-de-arara."
-------------------------------------------------------------------------------------
*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
------------------------------------------------------------------------------------
*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, para o qual escreve crônicas, artigos, contos e matérias especiais. Contato com o jornalista: jgarcelan@uol.com.br
------------------------------------------------------------------------------------
Não percam, amanhã, o sexto e emocionante capítulo de MEMÓRIA TERMINAL, do jornalista José Marqueiz, Prêmio ESSO Nacional de Jornalismo.
Bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirO jornalista e pensador J.Morgado, com sua especial e sensibilíssima verve, empreende, hoje, uma viagem redentora rumo ao Nordeste.
Acompanham-no, felizes, milhares de nordestino que, depois de muitos anos de sofrimentos e saudades da terra natal, podem voltar para o seu Cariri porque, afinal, lá existe trabalho. A esperança renasce... A vida volta a florescer, em toda a sua plenitude e exuberância!
Leiam e reflitam! E aproveitem o dia!Um abraço!
Bom dia, J Morgado! Quero ser o primeiro a comentar pois hoje, dia de sopão, não terei mais tempo para nada.
ResponderExcluirFiquei feliz ao saber que nossos queridos irmãos nordestinos estão tendo oportunidades para retornarem ao torrão natal. Muitos deles foram meus amigos, em São Paulo ou em Brasília e era generalizado entre eles o "Banzo", a saudade do sertão querido e dos familiares que lá ficaram.
Que Deus os proteja e conserve-lhes a alegria que sempre espressaram, mesmo nas situações mais adversas.
João Batista
Ops, digo: "alegria que sempre expressaram..."
ResponderExcluirSorry
João
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirCrônica oportuna, Sr. J. Morgado.
ResponderExcluirO Nordeste é o espelho onde o Brasil recusa ver a própria face. A saga dos nordestinos já foi descrita na literatura e no cinema. Dom Pedro II dizia que venderia até a última pedra de sua coroa para que nenhum nordestino morresse de fome. Ainda hoje ouvimos arroubos retóricos que tais, mas o fato é que os nordestinos continuam morrendo de fome, fugindo para plagas que supõem mais amenas, onde pelo menos a sobrevivência imediata não está ameaçada. Triste essa constação, mas uma cruel realidade.
Bjos a todos!
Tatiana - Metodista - SBC.
Olá Edward, agradeço por seguir meu blog, fico feliz em saber que tenha gostado. Seu blog é muito interessante também, vou tentar estar sempre atualizada com suas postagens. (:
ResponderExcluirAté mais.
J. Tember
J.Morgado.
ResponderExcluirHumano, saudosita, poético, o texto de tua lavra de hoje: Excepcional.
Peguei um Ita no norte, para vir abraçar-te.
Garcia Netto
Senhor J. Morgado, meus cumprimentos pela crônica. Olha, é incrível o preconceito do brasileiro contra o próprio brasileiro. Somos todos descendentes de europeus, africanos e indígenas, não importa a porcentagem no sangue. Assim como no sul, no nordeste existem pessoas loiras de olhos azuis, familias que não possuem parentes no sul nem no exterior. Uma prova incontestável de que todo o Brasil tem sua cara européia e se isso for motivo de orgulho (pelo menos para os neo-nazistas) não faz sentido o preconceito contra o nordestino.
ResponderExcluirBj
Daniela - Rio de Janeiro
Muito bom o texto, J. Morgado!
ResponderExcluirEu gosto muito de viajar para o Nordeste. O povo é muito acolhedor e amigo. Qualquer tipo de preconceito contra eles demonstra pobreza de espirito e de humanidade. Temos que ter o espirito acolhedor independente de que região do Brasil a pessoa seja. Quem sabe quando formos seres humanos mais evoluidos, entenderemos que somos iguais, que o tempo passará para todos e no fim iremos para o mesmo lugar.
Birola - Votuporonga - SP.
Olá Amigos
ResponderExcluirMuito se tem dito e escrito sobre a saga dos Nordestinos.
Francisco Barros Junior em sua série “Caçando e Pescando pelo Brasil” que deveria chamar-se “Viagem Maravilhosa por todo o Brasil”, descreve uma passagem dos migrantes em l940.
Na divisa dos Estados de Minas Gerais e Bahia, encontrou uma leva de mais ou menos mil retirantes.
Quando viram o automóvel com placas do Estado de São Paulo e sendo interrogados pelo escritor disseram que iam para São Paulo e esperançosos perguntaram: - São Paulo está perto?
Um abraço a todos
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei o blog. Informações sobre diversos temas em um só lugar!
ResponderExcluirParabéns e sucesso sempre.
Prezado J. Morgado, correto seria melhorar as condições de vida dos nordestinos, isso evitaria a necessidade de migração e a super população das grandes metrópoles. Pergunto, o nordestino que migra para as grandes metrópoles faz isso porque sonha em conhecer São Paulo? De forma alguma. Imagine você nascer em um lugar sem luz, água, educação, emprego, e vendo sua família passar fome. Ir para uma grande metrópole em busca de emprego e melhores condições de vida para sobreviver é o mínimo o que qualquer um faria. Foi mais ou menos isso que fizeram os alemães e italianos que vieram para São Paulo no pós guerra. Ou alguém acha que os alemães e italianos vieram para SP apenas para conhecer os trópicos?
ResponderExcluirParabéns pela crônica!
Miguel Falamansa - Botucatu - SP.
Boa tarde Juliano !!!
ResponderExcluirNascido no sertão, absoluta miséria...
Nascido na Africa, miseria em todo canto...
Nascido na Finlândia, melhor IDH do mundo...
Nascido em berço de ouro...
Nascido em palafita...
Trabalho braçal, estenuante, sofrido, por toda vida...
Trabalho? que nada, papai tem muito...
Por que? Para que?
Por causa do que?
O que rege isso?
O que tudo isso tem a ver?
Amigo-irmão J. Morgado!
ResponderExcluirUm tema bastante delicado e polêmico. Infelizmente, Morgado, esse problema ainda vive com algumas pessoas que pensam e agem de uma forma preconceituosa contra os nordestinos. Nas muitas viagens que fiz pelo Nordeste deste País transmitindo futebol, aprendi a admirar esse povo. Apesar de todo o sofrimento e por mais dificuldades que passem conservam sempre um sorriso no rosto e uma alegria que contagia quem está perto. Nunca desistem de seus sonhos e nem de lutar para realizá-los. Mantém sempre o otimismo mesmo nas situações mais difíceis.
São vítimas de golpes maldosos, um deles eu escrevi aqui, neste blog, quando apresentei aquela série dos "Contos do Vigário", que escrevi para a Revista Realidade e depois para vários jornais do Brasil, entre eles o Diário do Grande ABC e Notícias Populares. É o conto do pau-de-arara, em que o vigarista usa a boa fé, a ignorância das vítimas e um caminhão para colocar seu plano em ação.
O malandro chega a qualquer cidade do Nordeste e espalha a notícia de que está indo para o Rio de Janeiro ou para São Paulo e pretende lotar o caminhão com pessoas que querem viajar. Afirma aos interessados que a viagem terá a duração de três dias, e ele cobrará barato. Sem muita demora arruma logo a freguesia, e parte. Três dias depois, quando chega a uma cidade movimentada, ele para e avisa aos passageiros que a viagem chegou ao fim. Alegre, o grupo salta, mas vai saber a verdade na primeira esquina: a cidade é Vitória da Conquista, Bahia e o Rio de Janeiro ou São Paulo está bem longe. O caminhão também.
Eu não teria espaço para escrever outros golpes que praticam contra esses pobres nordestinos que lutam para melhorar suas vidas, muitas vezes ludibriados por políticos desavergonhados que, antes das eleições, os presenteiam com um pé de bota, com a promessa de entregar o outro se o voto do pobre coitado estiver consignado em seu nome. Meu irmão J. Morgado, enquanto vivermos em um País onde não se dá importância à educação, em que o Presidente da República prega que ler e estudar são bobagens e não levam ninguém a lugar nenhum, estaremos fritos e à mercê da ignorância, do preconceito e da alienação.
Um forte abraço...
Edward de Souza
Olá Edward
ResponderExcluirBoa tarde
Se fosse tudo isso que você acaba de narrar em seu comentário, ainda há as viagens turísticas pagas com o erário público.
Numa simples reunião em um país qualquer para tratar assuntos relevantes ou não, a comitiva do presidente se soma as centenas de “especialistas”. E, naturalmente, acompanhados de suas respectivas caras metade.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Se o dinheiro que já foi destinado para os políticos nordestinos usarem nas melhorias das condições subumanas do seu povo, não fosse extraviado em beneficio próprio, jamais encontraríamos miséria física e espiritual naquelas bandas.
ResponderExcluirEducação escolar, saúde, infra-estrutura, saneamento básico, transporte popular, esporte etc. Essas coisas básicas é o mínimo que os políticos calhordas deveriam dar para os seus conterrâneos.
Padre Euvideo.
Olá Amigos
ResponderExcluirCorreção.
Onde se lê "se fosse", leia-se "Além de tudo"
Desculpe-me.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Meu amigo-irmão J. Morgado, se entrarmos no desperdício de dinheiro público a lista engrossa. Naquele programa de rádio "Café com o Presidente", dia desses, Lula apresentava seus planos de enviar milhões de dólares para ajudar Cuba e, para comover sua meia dúzia de ouvintes, narrou os sérios problemas enfrentados pelo povo daquele País. Como se estivéssemos num paraíso aqui no Brasil. E o povo nordestino, de onde nosso Presidente tem sua origem? Estaria ele em melhor situação que os cubanos? Vive na mais absoluta miséria, enfrentando seca e doenças que dizimam seu gado e suas plantações. Crianças morrem subnutridas todos os dias e o pernambucano Lula só enxerga Cuba e outros países chamados de emergentes, para os quais pretendem jogar nosso dinheiro e fazer sua média. Enquanto isso, nossos irmãos nordestinos e de sangue do nosso Presidente, morrem à míngua. Lamentável!
ResponderExcluirAbraços, meu irmão...
Edward de Souza
Pois é meu irmão Edward. Hoje no UOL Notícias mais um fato desagradável é registrado. Mais uma tragédia no falido sistema de saúde.
ResponderExcluirEm Porto Seguro, na Bahia, quando os médicos faziam um parto, a maca desabou! Matou o nenê e a mãe ficou ferida.
Vão fazer uma investigação para ver o que aconteceu...
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Boa noite, Senhor J. Morgado!
ResponderExcluirMuitos políticos foram eleitos por prometerem água para os nordestinos. Continuam prometendo água como se ela fosse um milagre. A água nordestina sempre existiu, ela apenas jamais foi estocada com eficiência. E pior: jamais foi distribuída com justiça. Existe água em fartura estocada nos açudes, bastaria distribuí-la. Acontece que distribuir equivale a enterrar canos que se tornam, então, invisíveis. Coisas invisíveis não geram votos e, então, as águas continuam estocadas! O Governo prefere construir novas obras, sempre novas, pois elas rendem votos e quando resolve investir em obra para matar a sede de milhões de nordestinos, o gasto passa a ser despesa desnecessária. Assim os nossos irmãos nordestinos vão vivendo, sempre enganados, até quando, cheios de esperanças, embarcam nesses caminhões "pau de arara", que o Edward de Souza citou. E o Lula morre de pena dos cubanos, durma-se com um barulho desses.
Bjos a todos!
Carol - Metodista - SBC
Parabéns pela crônica de hoje, Sr. J. Morgado! A Carol tem razão, quando diz que a água sempre existiu no Nordeste. Só para se ter uma idéia, chove dez vezes mais no Nordeste brasileiro do que em Israel. A seca, portanto, a rigor, não existe. O que existe são interesses políticos em deixar as coisas como estão, para que o povo continue na ignorância e permaneça apenas uma massa de manobras à mercê de políticos inescrupulosos.
ResponderExcluirBj
Giovanna - Unifran - Franca - SP.
Boa noite J.Morgado.
ResponderExcluirOportuna e muito linda sua crônica.Fiquei feliz em saber que esse povo tão sofrido e trabalhador estão tendo uma chance,e quem sabe assim podrão melhorar a vida tão sofrida.
Preconceito certamente só existe na cabeça oca, msquinha e pequena de pessoas que não dispõe de sentimentos.
Além da linda e humana crônica,ficou muito bonita as ilustrações.
Parabéns a J.Morgado e a artista Cristina Fonseca.
Beijossssssssssss.
ANA CÉLIA DE FREITAS.
Caro J.Morgado e demais participantes deste blog,
ResponderExcluirÉ fato que muitos irmãos nordestinos estão retornando à origem. É fato também que ainda há muitos que estão migrando para outras regiões, especialmente o sudeste, em busca de oportunidades. O Comércio da Franca, de hoje, publicou matéria sobre a demanda por mão-de-obra na construção civil. Informa que houve uma grande migração de nordestinos, recentemente, à região.
Portanto esse fluxo migratório é natural e salutar. Precisamos, do nosso lado, respeitar nossos irmãos nordestinos, que contribuiram e contribuem com o seu trabalho, ajudando-nos no nosso progresso.
Abraço fraterno
Luiz Antônio de Queiroz
Franca-SP
Caro J.Morgado e demais participantes deste blog,
ResponderExcluirÉ fato que muitos irmãos nordestinos estão retornando à origem. É fato também que ainda há muitos que estão migrando para outras regiões, especialmente o sudeste, em busca de oportunidades. O Comércio da Franca, de hoje, publicou matéria sobre a demanda por mão-de-obra na construção civil. Informa que houve uma grande migração de nordestinos, recentemente, à região.
Portanto esse fluxo migratório é natural e salutar. Precisamos, do nosso lado, respeitar nossos irmãos nordestinos, que contribuiram e contribuem com o seu trabalho, ajudando-nos no nosso progresso.
Abraço fraterno
Luiz Antônio de Queiroz
Franca-SP
Olá Amigos
ResponderExcluirBoa noite
Acabo de ver e ouvir na TV Globo que, 65% das estradas federais foram consideradas ruins para péssimas. E agora?
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Amigas e amigos: J.Morgado aborda com a maestria habitual o mais antigo e histórico problema brasileiro, que é ao mesmo tempo sempre atual e futuro. Parabéns! A lembrança dos Itas é tema de um capítulo do meu livro de memórias, o "Periferia da História". Estive em dois, com minha familia, no Itatinga e depois no Itaquatiá, 15 dias de viagem de Pelotas ao Rio de Janeiro, então capital federal, em 1954 ou 55 (preciso checar) e mais 15 para retornar, até Porto Alegre, um ano depois. O texto está pronto, se Edward e Nivia toparem mando imediatamente para o blog. Aí poderemos falar muito sobre o tema, que é fascinante.
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Acabei de chegar de Porto Alegre, cidade que prospera cada vez mais (quando comparada com os 7 anos em que lá morei, no passado). Lendo a ótima crônica do J.Morgado parecia ironia. Mas o fato é o que o Nordeste também melhorou consideravelmente, pelo menos nas grandes cidades, embora ainda conserve inaceitáveis e imenso bolsões de miséria. O mais impressionante é que obras fantásticas, como "O Quninze", de Rachel de Queiroz, e "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, continuem sempre atuais, retratando a miséria e o sofrimento daquela região. Edward de Souza tem toda a razão, antes de querer socorrer o mundo nosso governo tem que pensar em socorrer o próprio Brasil.
ResponderExcluirAbraços carinhosos a toos!
Milton Saldanha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirSó não entendi o último comentário do Senhor J. Morgado, sobre as péssimas estradas federais do nosso País. Ou melhor, entendi, só não sei o que tem isso a ver com o problema dos nordestinos. Estradas federais, estaduais, avenidas, ruas, becos e travessas nunca foi o forte do PT. Só lembrar a Erundina e a Marta Suplicy, em São Paulo. Deixaram a cidade com tantas crateras que parecia a lua. O PT, certa feita, foi ironicamente batizado pelo saudoso Leonel Brizola de "Partido do Tatuzão", uma referência aos buracos em estradas e vias públicas que o partido nunca tratou de solucionar, na maioria de suas administrações. Com Lula, não é diferente e as estradas federais está realmenrte sucateadas.
ResponderExcluirQuanto às recentes pesquisas dando conta que o nordestino está voltando para suas terras, para mim, puro balão de ensaio. As dificuldades para se viver no Nordeste continuam as mesmas de outrora e o maior dos problemas foi citado acima por algumas participantes deste blog. Continua sendo a água. Deixar São Paulo, ou mesmo outras grandes capitais, em busca de melhores condições no Nordeste, só mesmo alguns desempregados e sem melhores perspectivas de vida nessas cidades grandes e economicamente desenvolvidas. Do contrário...
Beijos a todos!
Bruna - UFJF - Juiz de Fora/MG
Caro Sr. J. Morgado!
ResponderExcluirA verdade é uma só. O nordestino é discriminado em qualquer canto que vá, fora do seu estado, principalmente em São Paulo. Um pernambucano, piauiense, alagoano é, de cara, chamado de "baiano", sempre. Por isso, minhas preces para que realmente consigam os nordestinos voltar para o sertão, conviver com seus conterrâneos, encontrar emprego e a felicidade. São nossos sofridos irmãos e merecem. Deus os abençõe!
Tânia Regina - Ribeirão Preto - SP.
Olá,boa noite!
ResponderExcluirBela crônica, já ví que me tornarei visitante assídua deste blog!
Sempre olhei para o nosso nordeste com olhos de admiração a todo povo de lá, povo batalhador!
Nosso presidente devia se preucupar em diminuir a miséria que apesar de menor em comparação a outros tempos ainda é realidade no Nordeste, se bem que ele parece muito ocupado no momento,com acordos suspeitos que não dizem respeito a nós brasileiros.
Abraços a todos e parabéns pelo ótimo blog!
Olá Bruna
ResponderExcluirBom dia
Você tem razão, meu comentário sobre a péssima qualidade das estradas brasileiras foi curto e grosso.
Acontece que, a maior partes dessas estradas ruins estão situadas no Norte e Nordeste.
Para um homem que está “empenhado” em melhorar as condições dessas regiões por ser de lá oriundo e ter a maior parte de seu eleitorado, acredito que mais uma vez o “171” está sendo aplicado naquele povo sofrido.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Em épocas de eleições não devemos acreditar em nada do que a imprensa fala sobre as melhores condições do país, principalmente as melhorias do nordeste.
ResponderExcluirAs emissoras coadunadas com o governo lula, jamais abririam mão dos milhões que eles arrecadam com as propagandas carregadas de mensagens subliminares que os ratões envolvidos com a corrupção fazem.
Falar mal do governo corrupto e interesseiro do lula é fazer gol contra.
Alguns repórteres dos canais abertos que foram punidos pela direção suprema do planalto, hoje estão com o rabinho no meio das pernas, os olhos fora de órbita, e desconfiados que farão “caimmmm, caimmmm” por muito tempo ainda.
Padre Euvideo.
Boa tarde Juliano !!!!
ResponderExcluirHorário politico no blog ?????
Lula X Serra
Não sei e não vi contra o Vampirão no horario nobre.
O importante de tudo isto é que vc vai ser governado mais alguns anos pelo PT e pela moça que vc conheceu muito bem, além dos que a assistirão nos mais váriados cargos e funções, os outros companheiros daquelas épocas...
Não vai ser preciso mais o binoculo para vê-los, estarão todos ai, onde fomos...
Viu, a 3ª via chegou e daí não sai tão cedo, bom para medicina e os laboratorios farmacologicos, que evoluiram tanto, afim de possibilita-lo vida longa para ver isto e muito mais!!!rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr
Vc deveria ter mudado de lado quando foi convidado, rsrsrsrsrsrrsrsrsrsrsrsrs
agora não adianta mais, comeu o filé nas épocas douradas, então roe o osso, e que osso duro de roer, rsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsrsr!!!!!!!!
Quem sabe além de ir no Banco do Brasil, vc possa sacar seu pagamento no Banco Popular do MST, onde todos estarão uniformizados de vermelho e o cartão magético é uma foice cruzada a um martelo, rsrsrsrsrsrsrrsrsrsr
Um abração meu chapa, se segura que o piloto sumiu...
O negocio é torcer para profecia maia dar certo, rsrsrsrsrsrsr
Ah! fui convidado pelo seu prefeito a compor uma das diretorias e olha que chique, como presidente/diretor, rsrsrsrsrsrsrsrs, a resposta vc já sabe!