quarta-feira, 9 de setembro de 2009

RIO PARAGUAI: DOURADO FRITO E CERVEJA

J. MORGADO
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Ferroada de Arraia
..

Lá estávamos nós "arranchados" em uma casa abandonada na margem direita do Rio Paraguai. Adiante pouco mais de duzentos metros o grande corixão “Paraguai-Mirim”. A paisagem pantaneira era um colírio para nossos olhos. Pela manhã escutávamos os bugios com seus gritos roucos, uma espécie de cantochão. Os aracuãs alegravam a mata com seu canto onomatopaico – Aracuã, cuã, cuã, cuã... Aves multicores pintavam todo o espaço. Depois do café da manhã, feito no fogão a lenha, nos preparamos para uma pescaria de dourados. Iscas artificiais (colheres), varas, carretilhas e molinetes e toda uma parafernália para se fazer esse tipo de pescaria, a de corrico. Os dourados estavam a nossa espera.
Final de agosto. Estava frio. Agasalhados, Eu, Pezão e Paulo aguardávamos o piloteiro preparar o barco. Ao longe, avistamos uma canoa se dirigindo para “nossa casa”. Reconhecemos o velho Justino que já nos havia visitado. Figura estranha e misteriosa esse pantaneiro; beirando os setenta anos, morava em alguma tapera na margem do rio. Barba e cabelos longos, escondidos sob um chapéu maltratado, seus braços raquíticos remavam com energia. Em conversa anterior eu tentara interrogá-lo sobre sua origem e ele, evasivamente fugia da resposta. Naquela época (início da década de 70), esses caboclos moradores nas margens dos rios do Pantanal eram totalmente desprendidos. “Casavam” (ou juntavam) e ai surgia uma numerosa família. Uma choça, um fogão de barro, jiraus, redes para dormir... Era tudo do que precisavam.
Pela manhã, o chefe da família saia com sua canoa, vara de pescar e rodando rio abaixo apanhava dois ou três pacus de bom tamanho. Um seria para a alimentação da família e o outro (os) seria para vender na vila ou cidade. Com o dinheiro comprava o querosene para iluminação, farinha, banha... E assim iam levando a vida modorramente.
Justino apoitou a canoa e com voz tímida nos cumprimentou. Tomou o café que lhe oferecemos e sua atenção se voltou para uma canoa meio enterrada no lodo do rio. Sua intenção era recuperar a embarcação. Calças arregaçadas até o meio da canela rodeou o barco. De repente, um grito de dor! O velho havia pisado uma arraia e por ela sido ferroado. Terrível esses acidentes! Dizem que a dor é insuportável e geralmente duram 24 horas. Ali naquele sertão existem muitas crendices e remédios para se amenizar as consequências ocasionadas pelo veneno expelido pelo ferrão com cerca de 10 centímetros em forma de faca serrilhada. Um desses remédios depende muito da boa vontade de uma mulher. A parte ferida (geralmente o calcanhar) deve ser introduzida entre as pernas (bem junto ao sexo) da voluntária. Dizem que o remédio é “milagroso”. No caso do Justino, o remédio fomos nós. Embarcamos o pantaneiro na nossa “voadeira” e rumamos para o hospital de Corumbá. Os peixes poderiam esperar.
Dias depois, o velho voltou. Agradeceu nossa ajuda e partiu para seu lar. O barco enterrado na lama, ali ficou.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. J. Morgado participa ativamente deste blog, escrevendo crônicas, contos, artigos e matérias especiais.
Contato com o jornalista pelo e-mail:
jgarcelan@uol.com.br
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43 comentários:

  1. Bom dia amigos (as) do blog...
    Mais uma aventura do amigo-irmão e mestre J. Morgado. Desta feita às margens do Rio Paraguai. Em seu relato J. Morgado conta o dia em que uma arraia meteu os ferrões em Justino, um velho e experiente pescador que cometeu o pecado de não obedecer os velhos ensinamentos da pescaria: "em água que tem arraia, pescador entra de saia".

    Sobre a arraia, não sei se meu querido Morgado ouviu falar, existem algumas crenças. Certa feita estive com amigos no pantanal do Mato Grosso pescando e um dos nossos conseguiu pegar uma arraia. Claro, tomando todos os cuidados para evitar seu ferrão terrível. Foi uma festa, todos queriam o óleo que esse peixe tem. Diziam que cura bronquite, tuberculose, pneumonia e outras maravilhas. Nessa época de gripe suína, quem sabe não seria um bom remédio, já que cura pneumonia...

    Muito bem. Trouxemos essa enorme arraia, tiraram o óleo e dividiram entre os que acreditavam em seus poderes milagrosos. Eu não duvido, mas como nunca tive bronquite, tuberculose e nem pneumonia, fazer o quê, com o óleo? Lá no pantanal do Mato Grosso tem pescadores antigos que usam o óleo de arraia como afrodisíaco. Dizem que funciona melhor que um comprimido de Viagra. Será?

    Nesta quarta-feira com muita chuva em todo o Brasil, um bom artigo de J. Morgado sobre suas velhas pescarias, com histórias gostosas e algumas doloridas, como a de hoje! Deixem seus comentários.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  2. Bom dia J. Morgado e Edward!
    Eu adoro as pescarias contadas aqui no blog pelo Morgado. Sou um pescador fanático, daqueles hoje sem tempo, que vive de reminiscências porisso gosto de ler as aventuras narradas pelo Morgado. Me trasnportam, como num passe de mágica, para a beira de um rio. E estamos numa época boa de pesca, não Morgado? Em novembro cessa tudo, com a Piracema.
    O comentário do Edward sobre as propriedades do óleo da arraia eu desconhecia, mas se funcionar como o Viagra, logo vai ter gente criando arraias em cativeiro para vender seu óleo. Muita chuva nesse momento em Itú, com raios e trovoadas. Creio que em todo o País. Melhor para se afundar numa cadeira e ler com calma as histórias do nosso prezado J. Morgado e suas incansáveis pescarias.

    Abraços a todos...

    Paolo Cabrero - Itú - SP.

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  3. Olá Edward, meu irmão/amigo

    Há muitas crendices por esse nosso sertão. Há de se respeitar esse povo ingênuo e hospitaleiro.
    Essas que você mencionou são uma pequeníssima parte. Sopa de piranha foi e continua sendo moda. Dizem que é afrodisíaca. Quem inventou isso? Os donos de restaurantes!
    Em breve, ao contar uma pescaria no Tocantins, falarei sobre a lenda do boto. Eles juram de pé juntos que é verdade. Conversei com um deles que estava criando um filho do tal.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  4. Sr. J. Morgado

    Sou pescador de praia e por isso, adoro suas aventuras. Principalmente os “causos” que o senhor conta.
    Um dia vou poder viajar pelo Brasil e pescar nos grandes rios.

    Anderson Dias

    São Vicente - SP

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  5. Pois não, Mestre Jhonny Paulo de Oliveira. Seu pedido será cumprido à risca e irei retirar sua primeira postagem. Essa lenda do boto é ótima, Morgado, vamos ficar esperando que você a escreva, certamente fará sucesso, como todas as outras.

    O caldo de piranha, nos botecos de São Paulo é um dos preferidos da turma do porre das 6 da tarde, exatamente pela fama de afrodisíaco. Também é muito gostoso. Tem um boteco na chamada "boca do lixo", na General Osório, em São Paulo, que você e Admir Morgado devem conhecer, que serve vários tipos de caldos, entre eles os de feijão, cambuquira (alguém sabe o que é?) e o de piranha, entre outros. Uma delícia!

    Aproveito o espaço para identificar as ilustrações desse artigo hoje do Morgado. Acima, o próprio, mostrando os peixes que comprou no mercadinho em Mongaguá. Abaixo, dois tipos de arraias. A primeira encontrada em rios e a outra no mar. E existem outras espécies, o Morgado pode comprovar isso. Tenho que parar, raios e trovões fortíssimos e muita chuva. Sinal vermelho para computadores.

    Um forte abraço a todos...

    Edward de Souza

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  6. Olha J. Morgado, esse cantinho sobre pescaria está ficando famoso. Acabo de receber um telefonema do Wilson Queiróz, amigo de Recife, que esteve pela manhã no blog, leu seu artigo, mas não conseguiu (não sabe) postar um comentário. Eu disse a ele que sou figurinha carimbada no blog e que iria postar um comentário agora pela manhã para que ele possa ler lá em Recife, onde também chove.

    Sobre a arraia, ou as arraias, existem outros peixes, além delas, que é preciso tomar cuidado quando se tira do anzol. Mandí, Bagre, Traíra, todos com seus ferrões prontos para fazer vítimas. Além de doer, costuma dar até febre, como aconteceu comigo, certa vez, ao tirar descuidadamente uma enorme Traíra do anzol. Foi uma ferroada e um grito. Baixei hospital e estragou a pescaria. Sorte que pescava na ponte do Rio Grande, divisa de Minas e tinha cidades por perto.

    Muito bom esse cantinho da pesca, continue nos brindado com seus artigos e com as fotos de suas pescarias. Menos essa, que o Edward disse ter sido tirada depois que você comprou os peixes no mercadinho, em Mongaguá, OK?
    Abraços,

    Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.

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  7. Olá Laércio

    O Edward é brincalhão. Ele vai prá beira do rio para tocar violão e comer peixe regado a cerveja, nada mais (pescado pelos outros).
    Jaú, barbado, pintado e dourados não são peixes de mar, portanto...
    Já sofri acidentes “piscatórios”.
    Uma ocasião no rio Tietê bem longe de São Paulo é claro, ao tentar segurar um mandi, prensei-o entre as pernas. Adivinhe o que aconteceu? Fui ferrado pelos dois ferrões! Sorte carregar entre minhas tralhas de pesca um frasco de amoníaco. Ótimo remédio para essas ocasiões.

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  8. Bom dia mestre Morgado e amigos (as) deste vitorioso blog do Edward.
    Após o "dilúvio" de ontem na Grande São Paulo e, especialmente, aqui no Grande ABC, nada melhor do que uma manhã de quarta-feira limpa e calma, adoçada pelo ameno artigo da pesca do nosso mestre. Pena que o epílogo foi triste com a "ferroada" que o coitado do Justino levou da arraia.
    Quando ao "remedio" sugerido para aplacar a dor causada pela "espada serrilhada" da arraia: "prefiro não comentar".

    abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  9. Olá J. Morgado!
    Ficou para mim a impressão que o nosso prezado jornalista e radialista Oswaldo Lavrado está louquinho para ser ferroado por uma arraia, só para experimentar o remédio que cura. Dificil, nessas pescarias distantes, como essa que você fez ao Rio Paraguai, é levar o remédio, no caso uma mulher. Não vão de jeito nenhum. E como arraia não dá no asfalto, caro Lavrado, contente-se com a bela visão das musas da Metodista com seu poderoso telescópio, segundo denúncias aqui no blog feitas pelo Edward de Souza. Falar em musas, elas sumiram hoje do blog, será a chuva ou não gostam de pescaria?

    Abraços,

    Eurípedes Sampaio - Jundiaí - SP.

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  10. Ôi Senhor J. Morgado!
    Como boa mineira, não poderia deixar de participar desse seu assunto de pescaria. Aqui em casa todos nós gostamos de pescar. Papai tem um "rancho" em sociedade com meu tio no Rio Grande e sempre que possível vamos pra lá, pescar e passar dias agradáveis em contato com a natureza. Uma delícia. E ainda tem belos dourados no Rio Grande, Senhor J. Morgado. Papai e meu tio Fernando pegaram um de 20 quilos da última vez que lá estivemos.

    Quero também responder a pergunta que o Edward fez em seu comentário, se alguém sabe o que é cambuquira. Edward, e qual o mineiro ou mineira que não sabe? Cambuquira é o broto da abóbora, correto? Seu caldinho é delicioso. Aqui em Juiz de Fora tem inúmeros bares e lanchonetes especializados em caldos também, como você disse ter em São Paulo. Cambuquira e o de feijão com torresminhos são meus preferidos.
    Obrigada por permitirem minha participação, tá bom? Vou mostrar mais tarde o blog para o papai, ele adora tudo sobre pescaria.
    Bjos a todos vcs!

    Bruna - Juiz de Fora/MG

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  11. Bruna, você tem mesmo estilo de pescadora. Esse dourado que seu pai e tio pegaram, de 20 quilos, foi o menor, não foi? O maior deixaram escapar... (rsssssss....).
    Com essa frase você sem dúvida entraria para o clube dos pescadores aqui no blog. Tudo bem com vc? Anda sumida, menina!
    Eu não lhe disse, quando lhe apresentei esse blog, que vc iria ficar viciada nele? É dificil a gente ficar um só dia sem vir e participar. Os comentários nos incentivam a responde-los.
    J. Morgado, eu nada entendo de pescaria, mas adoro ver peixes e fotos. Deve ser pela beleza da natureza, não sei. Se um dia alguém me convidar para pescar, passo o dia sentada na beira do rio admirando a natureza. Acho fantástico isso.
    beijos pra todos vocês!

    Daniela - Universidade Federal de Juiz de Fora/MG

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  12. Boa tarde J. Morgado!
    Pelo visto na foto a ferroada da arraia no velho Justino deu sorte. Belos exemplares de pintados, ou seriam jaús? Nessa pescaria ou vocês usavam redes ou era tudo no anzol mesmo?
    Outra curiosidade. Nessa época relatada por você a fiscalização era rígida como hoje? Pergunto porque um amigo voltou do Mato Grosso dia desses e me disse que não se pode trazer mais de 13 quilos de peixes, do contrário é barrado. Pouco, não? Só um jaú, ou pintado, pode atingir até 100 quilos, ou mais. Tem que ser consumido na beira do rio, ou devolvido às águas.
    Tenha uma boa tarde, J. Morgado e parabéns por esses relatos de pescaria, aprecio muito.

    Tanaka - Osasco - SP.

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  13. Olá Tanaka


    As pescarias reportadas por aqui neste blog aconteceram a partir da década de 40 (quando ainda criança) e continuaram até 1983 quando deixei de pescar.
    Uma época que não havia turistas percorrendo nossos rios. Nunca usei uma rede ou tarrafa para pescar. Não havia necessidade.
    As iscas eram apanhadas no anzol e conservadas vivas no compartimento especial do barco ou em caixas de isopor e latas vazias. Usava também iscas artificiais.
    Na época, trazia-se até 50 quilos de peixe. O que era permitido pela empresa de aviação.
    Se a viagem fosse por trem, salgava-se o peixe e o embalávamos em sacos, despachando e retirando-o em São Paulo.
    Na verdade, trazíamos apenas o suficiente para nosso consumo e presentear os amigos. O excesso era doado a instituições de caridade.
    A maior parte dos peixes fisgados eram soltos depois de proporcionar as emoções que o pescador tanto busca.
    Houve época que nem peixes eu trazia. Valia pela estadia junto à natureza e os peixes fisgados.

    Boas pescarias Tanaka

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  14. Ôi J. Morgado!
    Em sua outra matéria sobre pescaria participei e deixei até uma receita de como se fazer um gostoso salmão. Como não gostaram, prometi não repetir a dose hoje. Naquele dia até o Senhor trocou meu salmão pelo dourado, mas não fiquei chateada não, tá? Cada um tem um gosto. Papai, por exemplo, adora traíra (isso?) frita. E pede para que passem as postas do peixe no fubá, depois de temperadas, e fritem. Ninguém pode saber, só nós e o pessoal do blog (rsssssssss...) Ele vive cortando frituras de seus pacientes por causa do colesterol, chamei a atenção dele sobre isso, sabe o que me disse: "faça o que mando, mas não faça o que eu faço". Li sobre a pescaria e os comentários e fiquei com dó do Justino, tadinho. Pena que a cura para a ferroada não estava na pescaria e precisaram levá-lo. E o Edward encontrando um novo Viagra no óleo de arraia... Cada uma! Vou pedir para umas amigas minhas da Unicamp analisarem o óleo de arraia e suas propriedades, quem sabe o Edward está certo (rssssssssss...)
    Beijinhos e boas chuvas!

    Liliana - Santo André - SP.

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  15. Edward e amigos do Blog de ouro, bôa tarde.
    Mais um exelênte artigo do Méstre e amigo J.Morgado.
    Se todos já não tivéssem ouvido falar dos perigos que rondam as pescarias, poderia citar também, um fato recente em que uma arraia matou um famoso apresentador de TV com uma ferroada bem no coração,e que foi filmado no ato.
    É de fato muito perigosa a ferroada desse peixe.
    Costumo pescar aqui na praia e as vezes fisgamos arraia que chegam até a rebentação, e é um peixe dificil de tirar da agua, dá uma canseira enórme na gênte, e ainda temos que devolve-la ao mar, pois desse peixe quase nada se aproveita..
    Mas infelizmente ainda não fui ferroado por nenhuma délas, pois aqui bem em frente de casa , existe TANTO REMÉDIO que gostaria de ser ferroado todos os dias, inclusive e de preferência nos finais de semana que é quando o santo remédio fica mais ABUNDANTE. rsrsss.
    Bélo o gésto do J.Morgado, perder um dia de pescaria e socorrer um sêr humano, que deveria estar sofrendo horrores. Parabéns.

    Amigo Juliano, a fóto sua com os peixes, déve ser um pouquinho antiga né ?.
    Outro fato curioso,não seria por acaso aquele vélho matuto, um que ficou famoso na novéla Pantanal(que eu assisiti só porque tinha a Juma pelada) o tal de "VÉIO DO RIO " em pessôa ??
    Mais um pequeno adendo,o amigo não tinha um barco com outro nóme para pescar ?? PITY, é meio suspeito !
    paréce nóme de barco de Sampaulino.
    (brincadeira deste amigo rsrs )

    Abraços a todos

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  16. Olá senhorinha Liliana

    O salmão é da mesma família do dourado. É um peixe importado, portanto caro. O dourado, de qualidade inferior, é mais barato e muito gostoso.
    Nas estradas mineiras, encontram-se muitos restaurantes que servem traíras feitas de diversas maneiras. Uma delicia.
    A traíra é encontrada em todos os rios e lagoas do Brasil, desde que suas águas não sejam poluídas, é claro.
    Gostaria de ter levado o Edward e seu violão em minhas pescarias. Já imaginou serenatas ao luar do sertão?
    As uiaras certamente nos enfeitiçariam e nos levariam para as profundezas dos rios e lagos. Nosso folclore é lindo!

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  17. Olá Ademir

    O dono do” pity”, companheiro de pescarias, era ou é são-paulino. Há muitos anos não o vejo e nem sei de seu destino.
    Bota novo nisso meu! Meus bons tempos... 30 anos atrás!
    Um abraço
    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  18. Olá, bando de blogueiros felizes, beleza...
    Caro Euripedes Sampaio: Na minha idade, se levar uma ferroada (ou ferrada) de arraia não tem remédio que me salve. Nem teia de aranha, nem suco de perereca. Então, melhor ficar por aqui. Valeu.
    Mestre Morgado: um dia, no Mirante de Piracicaba, eu disse ao Edward que havia pedido um pintado pra gente desgustar. O cara (Edward) ficou brabo, queria brigar comigo e disparou: "Estamos atrasados e até pintarem o peixe o jogo acabou". Nada mais foi dito, nem perguntado. Mais adiante, em Franca, ele deu o troco:' Vamos até ali na praça (do Relógio de Sol) que vou te mostrar um dourado". Retruquei: " na praça tem açougue ou mercado de peixes ?". Ele se referia ao ouro que, à época, era comercializado na praça de Franca como CD e DVD pirata aqui na Lauro Gomes, em São Bernardo
    As meninas da Metodista, São Bernardo, devem estar utilizando outra entrada da faculdade. Meu binóculo não está captando mais as garotas, pra minha frustração.

    Abraços
    Oswaldo Lavrado - SBCampo

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  19. Ana Célia de Freitas.quarta-feira, 09 setembro, 2009

    Boa noite a todos.
    Parabéns J.Morgado,crônica pertinente,me deu uma fome ao ler os relatos,mas confesso,amo peixe,mas pescar nem pensar,não é meu forte,dia desses fui a um pesque pague,e quase desisti de comer peixe,ainda bem que vendem prontinhos e apetitosos.
    Alguns anos assisti um noticiário que os Brasileiros AINDA não consumiam a carne de peixe,que além de petitosa faz muito bem a saúde,mas a preferência na época era pela carne vermelha,houve mudanças no cardápio do Brasileiro ou não?
    Ana Célia de Freitas.

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  20. Olá. amigos e amigas!

    J. Morgado, mais uma deliciosa aventura, contada com a sua peculiar criatividade!Quantas mais haverá guardadas, para encantar pescadores e não pescadores. Assim, vamos vivendo e aprendendo, cada vez mais, sobre as maravilhas deste nosso Brasil.

    Um abraço.

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  21. Olá amigos e amigas do Blog:

    O mestre Morgado animou a galera com a história da pescaria.
    Como é mesmo a cura para ferroada de arraia?

    Nunca fui pescador mas achei o processo de cura interessante.

    Lavrado: embaçou o binoculo ou as meninas arranjaram outro caminho?
    Talvez seja receio de algum ferroado por arraia...

    Admir Morgado: quer dizer que no final de semana a cura para ferroada é abundante aí em Praia Grande?

    E o Paolo Cabrero: frequentador do Ipiranga heim? Essa churrascaria deve mesmo dar muito trabalho.

    A melhor de todas foi o esculacho do Morgado no Edward: "pescador" de peixes alheios, preferencialmente bem fritadinhos, com muita cerveja, para inspirar o violeiro.

    Abração a todos,

    édison motta
    Santo André, SP

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  22. Olá Ana Célia


    Não sei se o consumo de peixe per capita aumentou. Eu como peixe duas vezes por semana. Compro-os aqui na minha praia. O pescador chega, coloca o peixe na bancada, e vai vendendo. Desaparece em poucos instantes. Depende do movimento. Se houver turistas...
    Nossa frota pesqueira é muita atrasada. O governo está anunciando melhorias para melhor se aproveitar nossa imensa costa.

    Boa Noite

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  23. Edison Motta, meu amigo.
    Aqui bem em frente de casa, tem sempre MUITA cura para ferroada de
    arraia.independente da época de pésca. rsrsss.
    Eu não sabia ! mas agóra vou ficar de olho em meus amigos pescadores e quando algum deles (ou EU ) pescar uma arraia, vou correndo vêr se lévo uma ferroada déla para depois escolher a melhór CURA bondósa para me auxiliar rsrsr,
    Vc está convidado para assistir o processo de cura ok ??

    Méstre Juliano Morgado, só esqueceu de me dizer se não éra o "VEIO DO RIO",o caboclo que móra náquelas barrancas de rio.

    Abraços a todos.

    Admir Morgado
    Praia Grande SP

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  24. Pois é Ademir, esse caso aconteceu antes da primeira apresentação da novela “Pantanal”. Se fosse depois, teria levado um susto!

    Um abraço

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  25. Olá senhor J. Morgado!
    Li o seu artigo sobre pesca duas vezes. No título o senhor colocou dourado frito e cerveja, mas não contou nada da pescaria. Onde ficou o dourado? A cerveja deixa pra lá, aqui tem muitas. Gosto de relatos sobre a pesca. O senhor só falou da arraia e se esqueceu de nos contar como foi a pescaria no Rio Paraguai. Quando for escrever a segunda parte me avise, gosto muito de ler e saber sobre pesca.
    Boa noite.

    Julio Moscardini - Barretos - SP.

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  26. Ao meu novo confrade Julio Moscardini lá de Barretos um abraço.


    Em breve, o senhor poderá ler neste blog novas pescarias. Não faltarão os dourados, os pacus, os pintados...
    Inclusive os pescados ai perto de Barretos quando o Rio Grande ainda era piscoso. Que saudade sô!

    Boa Noite

    Paz. Muita Paz.

    J. Morgado

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  27. Ôi J. Morgado, tudo bem?
    Um dia atribulado em São Paulo, tudo muito dificil e trânsito moroso, complicado. Vim, como faço todos os dias, ler o artigo do dia e os comentários, adoro.

    Que horror essa tal de arraia, morro de medo. Eu não serviria nunca para ser uma pescadora (tem isso?). Morro de medo de cobras, tenho alergia a pernilongos e moscas, enfim, uma tragédia para quem tem que aguentar esse ritmo de dias e dias na beira de um rio. Mas, acho a pescaria um esporte lindo e vejo sempre que posso pela TV, aquelas pescas esportivas, sabe?

    Um recadinho para a Bruna. Adoro os caldinhos feitos nas Minas Gerais. Quando vou a Belo Horizonte é a primeira coisa que peço nas lanchonetes onde costumo ir com minhas primas que moram lá.
    Beijos a todos vocês...

    Gabriela - Cásper Líbero - SP.

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  28. Boa noite Juliano!

    Somente agora a noitinha é que pude ler e efetuar este comentário...
    Quando eu tinha aproximadamente 15 anos (na fase mais dificil desta minha existência) o trabalho que garantiu boa parte de minha subsistência foi a pescaria artesanal, essa mesma ai da beira da sua praia, saia de madrugada com a canoa de madeira, motor a diesel, e voltava perto da hora do almoço, puxava uns bons kilometros de rede na mão nua, peguei muito peixe, comi-os também e o sol castigou-me mais ainda, mas fiz muitos bons amigos, nas escamas e nas peixeiras.
    O Pai foi providencial comigo, quando me disse que eu era um diamante e que iria me lapidar, só não avisou que seria na talhadeira, rsrsrsrsrsr

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  29. Bom dia J. Morgado, olá pessoal...
    Ontem não tive um minuto para acessar o blog. Agora pela manhã foi a primeira coisa que fiz. Histórias deliciosas de J. Morgado sobre pescarias. Hoje com a ferroada da arraia (Deus que me conserve bem longe delas) e a promessa de contar aqui a história do Boto. Vou ficar na expectativa, J. Morgado!
    Um lindo dia pra vocês, com muita paz e otimismo.
    Beijos a todos!

    Andressa - Cásper Líbero - SP.

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  30. Meus queridos amigos, não devemos fazer condenações prévias sem antes ouvir a defesa do condenado.
    Já faz algum tempo que eu abandonei os blogs.
    O motivo foi que alguém entrou no meu blog apagou tudo, e mudou a minha senha.
    Eu não tenho mais controle do meu blog, e nem das postagens com o meu nome.
    Só hoje tive o conhecimento da avalanche que envolveu o Padre Euvideo.
    Senhor Edward de Souza, por misericórdia mande por email as postagens que o senhor atribuiu a mim, como sendo o desequilibrado que desarrumou o seu blog, tenho interesse em velas.
    Esses dias eu recebi um email, com o nome do professor João Paulo, me enviando algumas fotos, a hora que eu fiz o downloads, não apareceu nada.
    Só ai tive consciência que o meu computador fora invadido por um vírus.
    Professor fique calmo, o senhor é inocente, o racker, apenas usou de ma fé o seu nome, para invadir o meu computador.
    Fazendo um arrastão no diretório “c” da minha maquina, descobri que esse vírus espião, era um programa para revelar senhas.
    O bandido insatisfeito, por que eu não uso computador para fazer transações bancárias,
    (talvez fosse esse o alvo do larápio), começou a postar nos blogs, usando a minha senha, e o meu nome.
    Não sou responsável mais pelo Padre Euvidio.
    Assim que eu reativá-lo novamente, eu quero ter a satisfação de continuar a comunicar com cada um de vocês, que tantas lembranças calorosas de amor e de tolerância trazem sempre à tona da minha pobre existência.
    Um forte abraço do amigo de sempre.

    Padre Euvideo.

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  31. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 10 setembro, 2009

    Boa noite Padre Euvídio.
    Eu assim como o meu querido amigo Professor João Paulo ficamos perplexos com tal situação,tendo em vista que o nosso amigo Edward é uma pessoa muito honesta e educada,e também temos grande afeição pela sua pessoa,mas entenda o Edward, ele não fez por mal.Espero que em breve possamos rir novamente de suas opiniões.
    Ana Célia de Freitas.

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  32. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 10 setembro, 2009

    Boa noite Professor João Paulo.
    Grande parte desses sindicatos,não servem para nada,a não ser para pegar a uma parte do salário do trabalhador.
    E na hora que os trabalhadores mais precisam eles viram as costas.
    Com esse salário de Professor e o quanto ele deve se reciclar,só é Professor por amor,porque pelo salário e outras atribuições não há quem resista.
    Está passando uma propaganda na televisão,onde o Governo tenta estimular as pessoas a se tornarem um Professor,será que a profissão está em extinção?
    Torço para que no final você consiga reverter a favor dessa classe tão importante,e tão esquecida pelos Governantes.
    Abraçossssssssssssssssss.

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  33. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 10 setembro, 2009

    Olá Professor João Paulo.
    Que tal,você também fazer parte deste blog,mas não apenas contribuindo com suas inteligentes opiniões,e sim escrevendo artigos sobre EDUCAÇÃO ou algo tão importante quanto os assuntos abordados no blog.
    Você é muito inteligente, e competência você tem de sobra.
    Abraçossssssss.

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  34. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 10 setembro, 2009

    Olá Professor João Paulo.
    Li o texto escrito pelo nosso amigo,e também fiz comentário,como sempre ele sempre aborda assuntos interessantes.
    Abraçosssssssssssss.
    Boa noite...
    Ana Célia de Freitas.

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  35. Ana Célia de Freitas.quinta-feira, 10 setembro, 2009

    Desculpem,repeti sempre,sem querer...
    Ana Célia de Freitas.

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