Como uma rainha louca, um príncipe medroso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a História de Portugal e do Brasil.
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Nivia Andres
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"1808", do jornalista e escritor paranaense Laurentino Gomes, editado pela Planeta, é um grande sucesso – já vendeu quase 500 mil exemplares, ocupa a sexta posição no ranking dos mais vendidos da revista Veja, onde aparece há 83 semanas e ganhou o Prêmio Jabuti de Livro do Ano de 2008, na categoria não-ficção. O troféu representa a premiação máxima concedida anualmente pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Esse é o segundo prêmio Jabuti conferido ao autor de "1808" desde o lançamento da obra na Bienal do Rio de Janeiro de 2007. A obra já havia sido apontada pela CBL como o melhor livro-reportagem de 2008. Além disso, o livro foi eleito o Melhor Ensaio de 2008 pela Academia Brasileira de Letras. “1808” é o resultado de dez anos de pesquisas do autor, que consultou mais de 150 livros e fontes impressas e eletrônicas sobre a vinda da família real para o Brasil.
O Brasil foi descoberto em 1500, mas só reconheceu-se como país em 1808, quando a família real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte. Até então, o Brasil ainda não existia - pelo menos, não como é hoje: um país integrado, de dimensões continentais, fronteiras bem definidas e habitantes que se identificam como brasileiros. Até 1807, era apenas um grande fornecedor de riquezas de onde Portugal tirava sustento e mantinha a opulência.
A vinda da corte transformou radicalmente o cenário. Em apenas treze anos, entre a chegada e a partida, o Brasil deixou de ser uma colônia atrasada, proibida e ignorante para se tornar uma nação independente. Nenhum outro período da história brasileira testemunhou mudanças tão profundas, tão decisivas e em tão pouco tempo. Foi também um evento sem precedentes na história da humanidade. Nunca antes uma corte européia havia cruzado um oceano para viver e governar do outro lado do mundo. D. João foi o único soberano europeu a colocar os pés em terras americanas em mais de quatro séculos de dominação.
“1808” é um livro interessante, um relato sério, porém bem-humorado, rico em detalhes. Seu propósito é resgatar e contar de forma acessível a saga da corte portuguesa no Brasil e devolver seus protagonistas à dimensão de sua real importância histórica. Até então, D. João VI era conhecido como uma figura caricata - lembram do gorducho preguiçoso que só se interessava por comida e a escondia nos bolsos da casaca, do filme Carlota Joaquina, de Carla Camuratti? - um homem medroso, indeciso, sem idéias próprias, solitário e mal-casado... Um tanto diferente da figura que, acossada por Napoleão, tomou a decisão de fugir e instalar o reino do outro lado do Atlântico, numa colônia continental, sem identidade territorial, mas foi o principal responsável pela independência do Brasil. É interessante a comparação que se instala quando fazemos um paralelo entre as comodidades e a tecnologia que temos atualmente e as agruras que a corte enfrentou na travessia do Atlântico – navios velhos, sujos, pequenos demais para comportar os milhares de passageiros, que se entupiam em todos os compartimentos, sem infraestrutura; comida e água racionadas e de má qualidade; suprimentos médicos inexistentes; vestuário incompatível com o gélido Atlântico setentrional e o calor dos trópicos. O exercício se torna mais real se visualizarmos as naus e nos colocarmos na pele de nossos pregressos colonizadores. O livro também privilegia a gradativa urbanização do Rio de Janeiro Em 1808, havia tudo por fazer no Brasil. A colônia precisava de estradas, escolas, tribunais, fábricas, bancos, moeda, comércio, imprensa, biblioteca, hospitais, comunicações eficientes. Necessitava de um governo organizado.
Além de abrir os portos ao comércio com outras nações, pondo fim do monopólio português, D. João autorizou a construção de fábricas, a abertura de estradas e a inauguração de escolas de ensino superior. Também criou o Banco do Brasil, a Imprensa Régia e o Jardim Botânico e elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, promovendo o Rio de Janeiro à sede oficial da coroa. Dom João também se dedicou a promover as artes e a cultura. Além disso, mudou os hábitos da colônia, dando-lhes mais refinamento e bom-gosto. A gênese dessa transformação você vai conhecer lendo “1808”.
Se depois de ler este breve comentário você ainda não encontrou motivos para ler “1808” e conhecer um pouco mais a história do Brasil e de Portugal, faça um favor a si mesmo – adquira o livro e presenteie seus filhos (há uma edição especial, mais compacta e ilustrada, dirigida aos jovens). Garanto que logo, logo, o livro estará em suas mãos, por exigência e sugestão dos guris e gurias...
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*1808 pode ser encontrado em qualquer livraria ou supermercado que se preze. Os preços variam de R$ 24,90 a 35,90 e a edição juvenil, de R$ 22,10 a 29,90. Boa leitura! Depois me contem se valeu a pena a sugestão.
O Brasil foi descoberto em 1500, mas só reconheceu-se como país em 1808, quando a família real portuguesa chegou ao Rio de Janeiro fugindo das tropas de Napoleão Bonaparte. Até então, o Brasil ainda não existia - pelo menos, não como é hoje: um país integrado, de dimensões continentais, fronteiras bem definidas e habitantes que se identificam como brasileiros. Até 1807, era apenas um grande fornecedor de riquezas de onde Portugal tirava sustento e mantinha a opulência.
A vinda da corte transformou radicalmente o cenário. Em apenas treze anos, entre a chegada e a partida, o Brasil deixou de ser uma colônia atrasada, proibida e ignorante para se tornar uma nação independente. Nenhum outro período da história brasileira testemunhou mudanças tão profundas, tão decisivas e em tão pouco tempo. Foi também um evento sem precedentes na história da humanidade. Nunca antes uma corte européia havia cruzado um oceano para viver e governar do outro lado do mundo. D. João foi o único soberano europeu a colocar os pés em terras americanas em mais de quatro séculos de dominação.
“1808” é um livro interessante, um relato sério, porém bem-humorado, rico em detalhes. Seu propósito é resgatar e contar de forma acessível a saga da corte portuguesa no Brasil e devolver seus protagonistas à dimensão de sua real importância histórica. Até então, D. João VI era conhecido como uma figura caricata - lembram do gorducho preguiçoso que só se interessava por comida e a escondia nos bolsos da casaca, do filme Carlota Joaquina, de Carla Camuratti? - um homem medroso, indeciso, sem idéias próprias, solitário e mal-casado... Um tanto diferente da figura que, acossada por Napoleão, tomou a decisão de fugir e instalar o reino do outro lado do Atlântico, numa colônia continental, sem identidade territorial, mas foi o principal responsável pela independência do Brasil. É interessante a comparação que se instala quando fazemos um paralelo entre as comodidades e a tecnologia que temos atualmente e as agruras que a corte enfrentou na travessia do Atlântico – navios velhos, sujos, pequenos demais para comportar os milhares de passageiros, que se entupiam em todos os compartimentos, sem infraestrutura; comida e água racionadas e de má qualidade; suprimentos médicos inexistentes; vestuário incompatível com o gélido Atlântico setentrional e o calor dos trópicos. O exercício se torna mais real se visualizarmos as naus e nos colocarmos na pele de nossos pregressos colonizadores. O livro também privilegia a gradativa urbanização do Rio de Janeiro Em 1808, havia tudo por fazer no Brasil. A colônia precisava de estradas, escolas, tribunais, fábricas, bancos, moeda, comércio, imprensa, biblioteca, hospitais, comunicações eficientes. Necessitava de um governo organizado.
Além de abrir os portos ao comércio com outras nações, pondo fim do monopólio português, D. João autorizou a construção de fábricas, a abertura de estradas e a inauguração de escolas de ensino superior. Também criou o Banco do Brasil, a Imprensa Régia e o Jardim Botânico e elevou o Brasil à condição de Reino Unido a Portugal e Algarves, promovendo o Rio de Janeiro à sede oficial da coroa. Dom João também se dedicou a promover as artes e a cultura. Além disso, mudou os hábitos da colônia, dando-lhes mais refinamento e bom-gosto. A gênese dessa transformação você vai conhecer lendo “1808”.
Se depois de ler este breve comentário você ainda não encontrou motivos para ler “1808” e conhecer um pouco mais a história do Brasil e de Portugal, faça um favor a si mesmo – adquira o livro e presenteie seus filhos (há uma edição especial, mais compacta e ilustrada, dirigida aos jovens). Garanto que logo, logo, o livro estará em suas mãos, por exigência e sugestão dos guris e gurias...
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*1808 pode ser encontrado em qualquer livraria ou supermercado que se preze. Os preços variam de R$ 24,90 a 35,90 e a edição juvenil, de R$ 22,10 a 29,90. Boa leitura! Depois me contem se valeu a pena a sugestão.
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008. Blog da jornalista: http://niviaandres.blogspot.com/
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Nivia Andres, jornalista, graduada em Comunicação Social e Letras pela UFSM, especialista em Educação Política. Atuou, por muitos anos, na gestão de empresa familiar, na área de comércio. De 1993 a 1996 foi chefe de gabinete do Prefeito de Santiago, Rio Grande do Sul. Especificamente, na área de comunicação, como Assessora de Comunicação na Prefeitura Municipal, na Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACIS), no Centro Empresarial de Santiago (CES) e na Felice Automóveis. Na área de jornalismo impresso atuou no jornal Folha Regional (2001-06) e, mais recentemente, na Folha de Santiago, até março de 2008. Blog da jornalista: http://niviaandres.blogspot.com/
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Olá gauchinha.
ResponderExcluirUma senhora resenha! Adoro história. Às vezes fico pensando e me pergunto, por que cargas d’água, nossa juventude faz questão de ignorar nosso passado se é com o passado que aprendemos a construir o presente para termos um futuro melhor?
Por exemplo, considero Napoleão um conquistador sanguinário. Entretanto, sem se aprofundar na filosofia, o corso mudou radicalmente toda uma estrutura social na época. E foi graças a ele, que a Independência do Brasil (1822) chegou mais cedo.
Fugindo da sanha napoleônica, a família real portuguesa aqui se instalou, como você descreveu e o progresso...
Nossa história é rica. Pena que o cinema brasileiro, a exemplo dos americanos e europeus não a explorem.
Você já imaginou um filme sobre a Guerra do Paraguai, por exemplo!
Graças à massificação das produções americanas, conhece-se mais sobre a história dos nossos vizinhos do norte, do que a nossa. As exceções confirmam a regra. A Guerra da Secessão, por exemplo, já foi levada a tela mais de mil vezes, acho eu.
Ainda não li “1808”, mas, hoje mesmo vou comprá-lo. Obrigado Nívea pela indicação.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Olá Nivia!
ResponderExcluirComprei esse livro faz uns 10 dias, numa livraria de um shopping aqui de campinas. Estou feliz com a leitura da obra “1808”. Essa rica compilação apresenta texto agradável, com citações de muitos historiadores do passado como o Oliveira Lima – os quais estou estudando superficialmente a fim de conhecer um pouco mais sobre essa época. Dentre centenas de fatos, aprendi sobre a rua do Valongo, no Rio, onde eram comercializado os cativos trazidos da África. Esse mercados negreiros foi o maior das Américas, passaram por ali milhões de africanos – informação que me fez refletir sobre essa mancha na nossa história do Brasil que imagino ter sido um dos maiores holocaustos da humanidade.
O autor apresenta estatísticas e valores que vão aos poucos moldando uma esboço repleto de detalhes e variedades sobre o Brasil do século XIX. Incluídas nas citações encontram-se relatos da passagem de importantes naturalistas da época como Darwin, Saint Hilaire e Langsdorff, mestres das ciêncisa que deixaram um legado incomparável sobre nossa natureza e sobre o modo peculiar dos brasileiros.
E claro, que as fofocas da Francesa Rose Marie sobre a indumentária da corte e demais frivolidades devem ser deglutidas com as restrições e o devido bom senso.
Recomendo a leitura de “1808”.
Bjos e parabéns pela resenha do livro, Nivia, muito bom seu texto.
Karina - Campinas
Bom dia, Nivia....
ResponderExcluirEm já tinha lido a respeito desse livro. Alguns comentários não muito favoráveis, outros positivos. Essa sua resenha de hoje me convenceu a ler essa obra do jornalista Laurentino Gomes. Por isso acho importante esse espaço criado aqui no blog do Edward. As indicações sobre essa ou aquela leitura nos ajudam a escolher um bom livro pra ler. Parabéns pelo texto, Nivia!!!
Beijinhos,
Martinha (Metodista) SBC
Nívea,
ResponderExcluirEu já li o livro, um empréstimo do caro Edward ..rsrs...
Li a publicação bem devagar. Creio que demorei uns 30 dias para finalizá-la. Uma leitura agradável e suficiente para desmistificar as baboseiras aprendidas durante o colégio. Para dizer a verdade, o livro me fez conhecer episódios da história que não foram contados na escola.
O livro não agrada alguns historiadores. Um deles, renomado, disse em entrevista realziada na universidade onde trabalho, que a publicação não tem fundo cientifico (pesquisa). Se me lembro bem, Laurentino pesquisou artigos atualizados em Paris.
Bom, mas essa “marra” entre historiadores e jornalistas é tão medíocre quanto a “rixa” entre Rio de Janeiro e São Paulo.
Abraçosssss
Só pela resenha foram mudados os meus conceitos que a coroa Portuguesa endividou o Brasil, e depois aceitou a independência deixando o Brasil com uma enorme divida externa. A modernização teve um custo alto, pagamos até hoje, ou será que o lula pagou a divida? Mistérios...
ResponderExcluirEu não gosto muito do passado, mais vou ler esse livro.
Quando é a Nívea que indica, eu compro até capim pegando fogo!
Padre Euvidio
Queridas amigas e amigos
ResponderExcluirEstimada Nivia Andres
Conheço pessoalmente o Laurentino Gomes, fomos da mesma época no Estadão, só que ele na sucursal de Curitiba e eu na do ABC. Cheguei a convidá-lo na época para integrar minha equipe, por sugestão do próprio chefe de Curitiba, meu grande amigo Dirceu Pio. Mas Laurentino não quis trocar o Paraná por SP, só fez isso vários anos depois, indo para a Abril, onde chegou a altos cargos. Trata-se de um jornalista e escritor extremamente sério e criterioso, ético. 1808, que li assim que foi lançado, não foi feito de qualquer jeito, para decepção dos seus críticos, em geral historiadores ruins de texto, que só sabem fazer aquelas teses acadêmicas impossíveis de se ler, de tão chatas. E quando fazem. Laurentino levou anos pesquisando, no Brasil e na Europa, principalmente em Portugal. Foi buscar documentos e livros raros, não reeditados. Mesmo volumoso, é um livro fácil de ler, com sua linguagem simples e direta. Ele não quis fazer uma obra épica, nem dava, porque os personagens não permitiam isso. A familia real, como está lá, era caipira, folclórica, não levada a sério em outras cortes européias cheias de frescuras. Considerei a parte mais importante do livro, do ponto de vista histórico, aquela em que Laurentino explica que a corte portuguesa se tornou refém do império britânico. Não tiveram escolha, vieram na marra, inclusive em navios da armada inglesa. Para quem vai ler, e recomendo que todos leiam, deixo a sugestão de especial atenção nessa parte. O Valongo, citado por nossa atenta e inteligente Karina, é algo também a prestar muita atenção. Um quadro de horror. Varrido para debaixo do tapete na história oficial, pródiga em omitir fatos reais e enaltecer fantasias. Parabéns Nivea Andres pela resenha. Vale realmente a pena ler 1808.
Beijos!
Milton Saldanha
Olá Nivea,
ResponderExcluirJá disse várias vezes ao Edward, em nossas correspondências internas, que o melhor presente deste ano de 2009 foi ele ter descoberto e atraido você para o blog. Sua resenha de hoje é a melhor explicação para esta minha comemoração.
Li 1808 assim que saiu. Também sou um rastreador da história. Desde o curso primário (hoje fundamental) eu literalmente "viajava" nas aulas de história. Não me perdoava quando não conseguia tirar nota dez nas provas da matéria. Por vezes, ainda menino, "segurava" o professor após as aulas querendo saber mais. Hoje em dia, quando aparece algum livro de história sou um dos primeiros a compra-lo e devorá-lo.
Você tem razão: 1808 é imperdível.
Esclarece, também, o preconceito que muitos brasileiros têm em relação aos nossos ancestrais portugueses. A manobra política de D.João VI com os ingleses foi um verdadeiro "passeio" na estratégia de Napoleão. Quando suas tropas chegaram a Portugal encontraram a corte deserta. O interessante é que o rei de Portugal negociava a rendição a Napoleão ao mesmo tempo em que traçava, com os ingleses, o plano de fuga para o Brasil.
Evidentemente, houve um preço a pagar e o País arca, até os dias atuais, com os compromissos assumidos enquanto foi colônia.
De certa forma, no século XX continuamos sendo colonizados pelas potências econômicas do hemnisfério Norte. Quem sabe, depois da crise atual, começemos a caminhar com as próprias pernas.
Parabéns, Nivia. Você dá um toque especial ao blog.
Abração,
édison motta
Santo André, SP
"Choramos ao nascer porque chegamos a este imenso cenário de dementes".
ResponderExcluirWilliam Shakespeare
Atenção senhores blogados, agora que eu sei que o Edward tem o livro, eu sou o primeiro da fila.
ResponderExcluirEdward, pelo amor de deus, me empresta o livro? Sabe como é que e´né, eu estou meio quebrado!
Valentim Miron.
Bom dia Nivia, Édison Motta, J. Morgado, Lavrado, Milton Saldanha, amigas e amigos desse blog. Um abraço, caríssimo Valentim Miron. Bem, meu caro, a Nivia já me intimou, você tem que ler o livro. Eu ganhei esse livro no ano passado da minha irmã Lusineti, exatamente no dia 17 de maio quando completei 19 anos (sic). Deixei-o para ler assim que tivesse tempo. Então encontrei-me com o amigo jornalista Marcos Masini, assessor de imprensa da Unifran e que toca com maestria seu blog "Divã do Masini", onde sempre escrevo aos sábados. Comentei sobre o livro e ele o levou emprestado, conforme confessou acima. Só que disse que demorou um mês pra ler, quando na verdade, deve ter ficado com o livro uns cinco meses, mais ou menos. Mas o devolveu e, com essa resenha da Nivia, já abri o dito cujo e comecei a ler. Como senti que a leitura me prendeu, não devo demorar para terminar de ler, então você vai ter a sua vez. Vou lhe emprestar com prazer. Tem uma coisa. Esse papo de que você está mais quebrado que arroz de terceira não gruda. Com duas lanchas ancoradas no Rio Grande, três motos potentes e dois carros de luxo, além de rancho no Rio Grande onde 30 pessoas se acomodam com tranquilidade, além de uma mansão em Franca e apartamentos na praia, até eu queria estar assim, quebrado.
ResponderExcluirNivia, gostei muito do que escreveu sobre esse livro do Laurentino Gomes, "1808". Você o "resenhou" de forma brilhante. Foi o maior incentivo para que eu o abrisse e começasse a leitura, porisso, meus comentários sobre ele deixo pra depois.
Abraços a todos!
Edward de Souza
Ôi, Nivia...
ResponderExcluirAdorei o livro "1808"! Principalmente por chegar a conclusão de que o Brasil tem apenas 200 anos e não 500!
Mas confesso que fiquei pensando, por muito tempo, se de fato foi a melhor opção para o Brasil.
Fiquei pensando na possibilidade abordada pelo autor, de um Brasil dividido em 3 grandes países… Não dá para precisar como seria exatamente. O que temos agora são somente fatos do que aconteceu e hipóteses do que poderia ter acontecido. Interessante…
Beijos,
Tâmara - Curitiba /PR
Nivia,
ResponderExcluireu adoro literatura histórica, aliás o meu gênero preferido é romance histórico. Acho que esse seria (1808) do meu agrado; embora nunca tenha lido nada, confesso, sobre a família real portuguesa no Brasil. Pretendo comprar esse livro que vc indicou. Já li alguns sobre a rainha francesa, Maria Antonieta, e a vida na corte surpreendeu-me bastante; coisas chocantes e surpreendentes aconteciam como cenas absolutamente normais. Parece-me que esse livro do Laurentino Gomes também reserva boas surpresas, não?
Obrigada pela dica!
Bjos,
Thalita ( Santos)
Eu sabia da existência do livro, mas não tinha parado para ler nada a respeito. Sua resenha foi muito inspiradora e me deixou morrendo de vontade de lê-lo. Vou procurar já no Buscapé!
ResponderExcluirBoa tarde Nivia! Espero que compreendam meu ponto de vista. Nada a ver com sua resenha nem com o seu modo de entender a leitura desse livro, mas a primeira vista, me pareceu que o autor Laurentino Gomes quer esnobar os historiadores. Como aluno do curso de graduação em História pela universidade Federal de Juiz de Fora eu percebi isto, lendo esse livro. Ele procura menosprezar sempre que pode o trabalho metódico dos historiadores e por diversas vezes (é só ler o livro) para percebermos que há vários erros de interpretação dos fatos históricos, bem como de obviedades corriqueiras. Por exemplo, em nenhum momento o autor menciona o Congresso de Viena de 1815, que foi um fator importantíssimo para que houvesse a pressão pelo retorno de D João VI a Portugal. Ele se resume em atacar um monarca que já foi por demais rebaixado pela mídia, principalmente pelo filme de Carla Camuratti - “Carlota Joaquina- Princesa do Brasil”. há detalhes sórdidos e sem importância e o que é pior: sem nenhuma comprovação como a de que determinada pessoa masturbava o rei. Isso é de uma baixeza sem limites. Se eu fosse membro da família real exigiria que fosse cortada essa infeliz narrativa do livro. mas enfim, o mundo é dos espertos e prevalece a lei de Gerson. Comprei o livro para criticar realmente, porque desde o princípio vi que não se trata de um livro sério. Gastou o último capítulo com uma bobagem, uma inutilidade que me deixou boquiaberto. Será que o autor pensa que somos crianças? Pois ele dedicou o último capítulo “O Segredo” a narrar e descrever como o Marrocos, um personagem eleito por Laurentino, como Marrocos teve uma filha ilegítima. Ora bolas! O que interessa saber se o raio do homem teve uma filha fora do casamento? Aí ele veio citando um site da Igreja dos Mórmons para identificar de onde tinha se originado a menina… Trabalho de amador coberto de muita malandragem, desculpem-me pela sinceridade!
ResponderExcluirJúlio Bastos Gouvêa - Juiz de Fora/MG
Sabe Nivia, estou lendo a bronca do Sr. Gouvêa acima.
ResponderExcluirÉ preciso que ele saiba que só pelo fato de um livro que conta uma parte da história brasileira estar entre os mais vendidos, já tem seus méritos!!!
Melhor 1808 do que as bruxarias de Paulo Coelho, O Segredo ou qualquer biografia de cachorinhos.
Muitas vezes alguns críticos adoram destruir os trabalhos de autores, principalmente autores brasileiros, em contrapartida elogiam grandes engôdos produzidos por autores estrangeiros.
Acredito que a proposta do autor que é um JORNALISTA (assume isso claramente), não seja um compêndio historiográfico sobre o tema (ele mesmo menciona isso) e sim narrar esse momento da história brasileira na linguagem que qualquer leigo possa entender! E na minha opinião consegue! O que importa é que muitas pessoas estão lendo e gostando, entre eles vc, Nivia, que também é uma brilhante jornalista. Penso que Laurentino, nesse livro, consegue jogar um pouco de conhecimento sobre a população!!!
Bjos,
Andressa ( Cásper Líbero) São Paulo
Oi, Nivia Andres.
ResponderExcluirEstava procurando comentários sobre o livro 1808 e por acaso achei este blog com várias opiniões e criticas construtivas e também interpretações diferentes sobre essa obra do Laurentino Gomes. Após a leitura do seu comentário, despertou-me ainda mais o desejo de ler o livro.
Sou recém-formada em Pedagogia e há algum tempo comento com minha filha que gostaria de ler este livro. Acho muito interessante a história do Brasil e de tudo que se fala ou comenta sobre a Família Real.
Existem muitos estudantes que não têm interesse algum sobre isso e não se importam nem com leitura!!! Com este livro, pelo menos, acredito que de certa forma (por ter uma linguagem simples) poderia estimular esses estudantes a ter o hábito inicial de leitura. Seria muito bom que jovens começassem a ler sobre a nossa história e não somente ficção ou livro de auto-ajuda e até mesmo o famoso Harry Porter…rs...
Sabe Nivia, Mesmo que o livro tenha alguns erros, já seria um bom começo por ser uma leitura. Vou comprar o livro sim, obrigada pelas dicas e sei que não me arrependerei. Acredito que farei uma boa interpretação da versão que ora o livro tenta repassar aos leitores.
Abraços, querida!
Adriana Spessoto Mello - Franca - SP.
Olá Nivia. Eu acabei de ler esse livro do Laurentino Gomes ontem e hoje leio seu texto. Uma tremeda coincidência. Olha, este livro não é academico. É leitura direcionada a leitores comuns. Não tiro as criticas dos historiadores. Mas é um livro que, por mais que não traga nenhuma novidade bombástica e não diferente de assuntos dos livros de história do ensino fundamental ou médio, é prático para ler. Sem falar que os livros didaticos estudados já estão a muito tempo guardado nas caixas.
ResponderExcluirNa verdade é um compilação feita a partir de estudos de obras mais profundas, traduzidas em uma linguagem simples, direta, envolvente e muito instigante e que serve como estímulo para a leitura de outros trabalhos relativos ao tema. Agora, críticos severos como o Sr. Gouvêa vai existir sempre. Gostei do seu relato Nivia, perfeito!
Bjos,
Ana Flávia - Londrina/PR
Oi Nivia.
ResponderExcluirQuero te agradecer pela dica do livro. Vou comprá-lo pra presentear meu pai, que sendo português, mas morando no Brasil há mais de meio século, vai gostar muito de ler esse livro. Depois, vou pegá-lo emprestado pra ler, pois tb gosto de saber coisas de nossa história, pelos laços familiares que me unem aos dois paises.
bjins.
Cristina SP
Olá Nivia,
ResponderExcluiro Brasil necessita desses escritores e livros como 1808 do Laurentino Gomes para introduzir a leitura na vivência da sociedade, pois é um absurdo cobrarem de um aluno que sempre trabalhou com leituras de alfabetização que passe a ler Machado de Assis, entre outros. Não dá, fica um vácuo entre essas escritas, as fáceis e as complexas. É onde entra 1808, mesmo acreditando que se deve ter, como já foi salientado, mais cuidado com as informações divulgadas.
Bjos,
Claudete Bastos - Araçatuba - SP.
Ôi, Nivia Andres...
ResponderExcluirPenso ir amanhã a uma livraria para adquirir este livro indicado por vc. Até porque o tema me interessa muito, por diversos motivos, quanto mais não seja por ter vivido no Brasil e pela minha formação em História.
Obrigada,
Nilza Junqueira - Petrópolis - RJ
Prezados amigos!
ResponderExcluirQue bom que a sugestão agradou! Recebi, com especial atenção, o comentário do Júlio, de Juiz de Fora que, como estudante de História, tem competência para avaliar a obra do ponto de vista científico, sob a luz do rigor dos registros históricos. Acho que ele tem toda a razão em suas observações. Nada melhor do que o exercício do contraditório para entendermos melhor os fatos. Foi uma grande contribuição. Muito obrigada, Júlio! Continue participando. Vamos gostar.
As observações do Júlio e de todos os amigos do blog são sempre bem-vindas. Acredito que as críticas são sempre salutares; neste caso específico da obra 1808, acho que não lhes tiram o mérito de ter tornado acessível ao grande público uma parte da história do Brasil e de Portugal e as suas implicações na nossa vida, por que não? Leiam e tirem suas próprias conclusões. Este foi o meu objetivo. Quem já leu pode comentar hoje mesmo, só vai ajudar aos que ainda não tiveram a oportunidade.
Aproveito para sugerir, aqui, outra obra relativa à história do Brasil, esta de autoria de uma escritora e historiadora - Mary Del Priori - chamada O Princípe Maldito, que conta a trajetória de D. Pedro de Saxe e Corburgo, neto de D. Pedro II, que poderia ter sido D. Pedro III, se não tivesse a república sido proclamada. Inteligente, culto, belo e...esquizofrênico. Um grande livro. Foi publicado pela Ed. Objetiva.
Olá, Nivia...
ResponderExcluirExcelente seu artigo sobre o livro 1808, de Laurentino Gomes. Clareia um pouco mais a nublada história brasileira (descobrimento, escravatura, independência. tiradentes etc,etc). Beleza.
Por falar em história, informo que a entrega do título de Cidadão Diademense ao nosso considerado Ademir Medici, segunda (18), na Câmara de Diadema, foi absoluto sucesso. Hoje o Diário do Grande ABC dedicou uma página (social) ao evento. Maior e mais importante preservador da Memória da região, o jornalista, escritor e historiador Ademir Medici é merecedor de todas as homenagens oferecidas.
Portanto, hoje, parabéns a dois brilhantes companheiros: Nivia Andres e Ademir Médici.
Queridas amigas e amigos
ResponderExcluirAinda que pareça contraditório, pelo que comentei pouco antes, gostei muito da crítica do Julio Bastos Gouvêa. Lança luzes sobre aspectos sobre os quais eu não tinha refletido. É uma valiosa provocação cultural. Deixou-me especialmente curioso a respeito do Congresso de Viena, evento que minha vasta ignorância não me permite conhecer, mas sobre o qual vou buscar informações detalhadas. Só esse detalhe já valeu, caro Julio. Sua contribuição aqui no blog é bem-vinda, volte sempre com seus comentários, vou apreciar.
Abraços,
Milton Saldanha
Faço coro às palavras do Milton Saldanha para dar, também, as boas vindas às observações do estudante de história Julio Bastos Gouvêa. A diversidade de pontos de vista só faz enriquecer o blog e o conhecimento de seus visitantes.
ResponderExcluirPermita-me, Julio, sem procuração do autor que não conheço pessoalmente - ao contrário do Milton - fazer sua defesa. Nas primeiras páginas do livro, antes mesmo da introdução, está grafado que ele, Laurentino Gomes consumiu dez anos de investigação jornalística antes de publicar o livro. E que foi orientado pela professora Maria Odila Leite da Silva Dias, doutora pela USP e professora de Pós-graduação na PUC.
Alguém que já orientou mais de oitenta dissertações de mestrado e teses de doutorado. Não parece crível que a ilustre professora abonaria uma obra inconsequente.
Faço a voce, Julio, desde já um convite: escreva para o blog contando a história do Congresso de Viena de 1815. Apreciaremos muito saber o que lá aconteceu.
A história, caro Julio, não é feita apenas de documentos reconhecidos como válidos pelos historiadores. Qualquer dia desses conto como uma garrafa de cachaça e um quilo de linguiça mudaram a história do Brasil. Algo que jamais será encontrado em qualquer documento histórico.
Grande abraço,
édison motta
Santo André, SP
Chorar sobre as desgraças passadas é a maneira mais segura de atrair outras.
ResponderExcluirWilliam Shakespeare
Edward! Você esqueceu falar do meu avião.
ResponderExcluirSe eu for seqüestrado é você quem vai pagar o resgate.
Valentim Miron
Édison Motta
ResponderExcluirPerfeitas e irretocáveis suas observações. Gostei, como disse, da crítica do Júlio, muito bem colocada, mas como convite à reflexão. Não implica no compromisso de concordar. Só acho que ele peca, no final, quando deixa de ficar só na obra e tenta desclassificar o autor. O Laurentino jamais foi e não é um picareta, posso assegurar isso porque foi meu colega de jornal.
Abraços,
Milton Saldanha
Olá Nivia!
ResponderExcluirSabe, diante de toda essa polêmica, me convenci que tenho mesmo que comprar esse livro. Só assim posso saber quem tem ou não razão. Lendo seu texto me deu vontade de ler esse livro. Com os comentários, a vontade transformou-se em certeza. Hoje à noite vou ao shopping em busca do livro, se bem que uma amiga me disse que no Carrefour tem e está em promoção.
Obrigada e parabéns pela bela dissertação sobre essa obra de Laurentino Gomes.
Beijinhos...
Gabriela (Metodista) SBC
Este é o blog do Edward: sincero autêntico, direto, independente e imparcial. O artigo da Nivia chacoalhou opiniões.
ResponderExcluirO senhor Júlio Bastos, historiador, deu pau no autor do livro 1808 (Laurentino Gomes). Foi incisivo e autêntico, sem criticar a autora do artigo (Nívia). Abaixo outros bloquistas opinaram sobre a pendenga, como a Andressa (SP), que desdenha Paulo Coelho e defende (no caso) Laurentino Gomes.
Isso é democracia pura. Gente abalizada comentando a história.
Então, proponho que um de nossos brilhantes bloguistas se disponha a contar a história (verdadeira) de Adão e Eva, inclusive com a sequência (filhos, netos, etc). Como sugestão lanço os nomes do Edward, do Morgado e do Motta para redigir o artigo. O padre não está incluso, pois, por sua irreverência, não está inserido nesse contexto.
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Lavrado, não há necessidade de se escrever nenhum artigo para provar que a história não é uma ciência exata. Aliás, você já “esnucou” alguns comentários ao sugerir Adão e Eva e seus descendentes como pauta para provar isso. Parabéns pelo tirocínio. Só bons jornalistas têm visão para um comentário inteligente como esse.
ResponderExcluirEstive o dia todo fora. Na cidade de Peruíbe, procurei o livro sugerido pela Nívea. Não o achei. Entretanto, encontrei outro que vou começar a ler. Trata-se de “Anita Garibaldi, Guerreira da Liberdade”. O autor é um catarinense, chamado Adilcio Cadorin. A edição é de 2003. Quando terminar de lê-lo, farei a resenha, se for ocaso.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Prezado amigo-irmão Oswaldo Lavrado!
ResponderExcluirMui amigo, você escolher logo o tema "A história de Adão e Eva". Você bem sabe o que eu penso sobre a maça e a tentação, mas jamais teria coragem de expor aqui, aqueles pensamentos que outrora lhe matava de rir. Estudei a História Universal e ela desmistifica todas essas "cascatas de carrochinha" que a igreja ainda insiste em enfiar na cabeça dos seus seguidores. Vou pensar, quem sabe eu resolva falar sobre a "História de Adão e Eva". Tema mais dificil seria você sugerir a pombinha que pousou na casa de Maria e lhe engravidou. Só um pedacinho, baseado na História Universal. José, o carpinteiro, marido de Maria, quando soube que a esposa estava grávida do Espírito Santo, depois de meses de sua ausência, abandonou o lar e só voltou depois de muito tempo, convencido que deveria apoiar a esposa e filho, uma vez que o Império Romano havia decretado a morte de todas as crianças de nacionalidade judaíca na época, temendo a vinda de um grande líder da raça que dominaria o império. Essa era a voz corrente na Roma antiga. Um bom teste esse, do nascimento de Cristo e da virgindade de Maria, mas o relato sobre "Adão e Eva", deixo a incumbência para o Édison Motta ou o Morgado, o Milton Saldanha, certamente iria tirar o corpo fora. Édison já foi denominado "pastor" e poderia escrever o que pensa sobre isso, com muita capacidade e, Morgado, o grande J. Morgado, com uma visão totalmente espiritualista, certamente iria tirar de letra esse seu pedido.
Abraços, Lavrado e estamos esperando mais histórias suas, mas sem tequila, nem cerveja.
Mais uma vez meus cumprimentos à Nivia que provocou outra correria ao blog com sua resenha sobre o livro do jornalista Laurentino Gomes!
Edward de Souza
Boa noite a todos.
ResponderExcluirOlá Nívia você descreveu de uma forma brilhante, mesmo não trabalhando na área jornalística, adoro saber de tudo um pouco, fiquei com um doce sabor de quero mais.
Os Brasileiros, bem que poderiam se inteirar mais desses fatos, mas preferem assistir novelas, fazer o que...
Parabénssssssssssssss.
Ana Célia de Freitas. Franca/SP.
Adão e Eva? Paraíso? Serpente que fala? Alguém ainda acredita nisso?
ResponderExcluirAntenor Machado