O crucial problema das crianças abandonadas continua em busca de possível solução. Mas passa ao largo, ninguém ousa buscar entrar a fundo no cerne da questão. As igrejas incentivam à procriação posicionando-se contrariamente ao efetivo controle da natalidade. Do mesmo modo, os políticos se arrepiam, fogem como se avistassem um tenebroso fantasma. As mães e pais que abandonam seus filhos; jogam em córregos; em latas de lixo ou em matagais, deveriam receber tratamento do Estado como criminosos hediondos, com pena de detenção inafiançável não superior a 30 anos e nunca inferior a 20 anos. Seus filhos poderiam ser encaminhados à adoção e as identidades e endereços dos pais adotivos, mantidos em sigilo absoluto pelo resto da vida. Estas pessoas, os pais que cometem este tipo de crueldade, por mais bárbaro que possa parecer, teriam que passar por cirurgias de esterilização, para não poderem ter mais filhos. Pessoas que agem assim serão um risco eterno e a psiquiatria moderna jamais conseguirá decifrar os códigos e reações que estas mentes podem produzir.
Evidentemente o problema tem raízes profundas. A principiar pela educação. População educada convenientemente, desde a pré-infância, está apta a discernir sobre família, sobre desejo ou não de gerar filhos. Desprovida de conhecimentos, sem nem mesmo atinar para os métodos contraceptivos, as mulheres engravidam. Mas se deparam com a luta pela vida, pela sobrevivência. Nestes casos, o que fazer? O mais fácil é o abandono, deixar a criança ao Deus dará, ou permitir que cresça nas ruas, marginalizando.
Difícil tocar no assunto diante de valores religiosos, familiares. Mas não se pode permitir que a praga se alastre. Por que não uma campanha esclarecedora, promovida em todos os níveis, a partir do municipal? Por que não orientar? Por que não fornecer pílulas e camisinhas? O fácil é deixar que tudo role como se nada acontecesse. Pobre Brasil, pobres crianças abandonadas. E ainda, pra complicar, a burocracia que inibe adoções. Será que um dia alcançaremos a civilização, com a desejada inclusão social e a liberação feminina de preconceitos?
Difícil tocar no assunto diante de valores religiosos, familiares. Mas não se pode permitir que a praga se alastre. Por que não uma campanha esclarecedora, promovida em todos os níveis, a partir do municipal? Por que não orientar? Por que não fornecer pílulas e camisinhas? O fácil é deixar que tudo role como se nada acontecesse. Pobre Brasil, pobres crianças abandonadas. E ainda, pra complicar, a burocracia que inibe adoções. Será que um dia alcançaremos a civilização, com a desejada inclusão social e a liberação feminina de preconceitos?
“Crescei e multiplicai-vos”. Todos os que conhecem a bíblia conhecem essa frase. Mas, isso foi escrito a milhares de anos. A solução está no controle da natalidade que já existe em países de primeiro mundo.
ResponderExcluirA França, entre outros, de vez em quando é obrigada a incentivar a procriação para não correr o risco de ficar sem população. Os Estados Unidos há muitos e muitos anos mantêm uma população de 280 a 300 milhões de habitantes. Como eles conseguem? A resposta é simples: são países mais sérios do que o nosso!
Tudo o que aqui é feito, certamente deverá passar pelas mãos de corruptos que desviam as verbas. E a população que se dane!
O controle é necessário dentro do estado evolutivo em que nos encontramos. As pessoas não se informam e tem raiva de quem o faz.
A ignorância impera ainda em nosso amado País. Incentiva-se o aborto, um homicídio premeditado, e ignora-se o planejamento familiar.
J. Morgado
Mongaguá-SP
Prezado Jornalista Edward de Souza
ResponderExcluirGostaria que todos os frequentadores de seu blog lessem com atenção esse relato verídico ocorrido na Argentina. Leiam:
Uma cadela viralata chamada China, recolheu uma recém-nascida abandonada pela sua mãe, na noite, na periferia urbana de La Plata, capital do Estado argentino de Buenos Aires, e a instalou entre os seis filhotes que amamentava.
No dia seguinte, o dono da cadela ouviu o pranto do bebê e se deparou com a comovedora cena. A criança foi levada ao hospital, é “gorda e bela” e passa bem. Sem o auxilio da cadela, ela teria morrido certamente no frio da noite. O fato abalou a Argentina. A mãe é uma adolescente que, seguindo os maus conselhos da moral libertária espalhada pela mídia e certos confessionários, achou que o filho era “não-desejado” e decidiu “jogá-lo por ai”. Viram só? Até uma cadela tem mais “instinto materno” do que uma mãe influenciada pela “cultura da morte”!
Paulo Roberto - Santo André -SP.
Os casos de abandonos cruéis de crianças vêm se repetindo. Mês passado encontraram em Pernambuco um recém-nascido abandonado em uma mata, com várias picadas de formiga. Em agosto, duas meninas acharam um bebê de dois dias em uma caixa de sapato em Santa Catarina.Os casos dos bebês abandonados mostram bem que o esforço não deve se restringir ao combate ao aborto. A vida está sendo desprezada em larga escala. É preciso avaliar bem as condições que muitas mulheres estão engravidando. Olhar o grave problema da gravidez na adolescência. Olhar a formação, a educação de nossos jovens. Não querer uma criança, não poder criar uma criança é uma coisa. Abandoná-la à morte é outra.
ResponderExcluirLiliana M. Brandão - Santa Catarina
O que leva uma mãe a abandonar o filho recém nascido? Será que é falta de informação? Será que é um ato de desespero? Algum trauma de infância? O que justificaria tal atitude? A história de cada mãe que abandona seu bebê, que o rejeita e o expõe ao risco de morrer, ainda está para ser apresentada. Não há dúvida, que essas renúncias têm uma história,talvez diferentes, mas com pontos em comum: são mães que não querem seus filhos. Mas porque estas mães impõem aos seus bebês o risco de morrer? Eles são apenas seres inocentes e testemunhas de um ato sério como o abandono. Existem tantos casais que desejam ter filhos e por algum motivo não podem ter. Porque não dá-los à adoção? Será que nosso sistema é tão falho? Será que não devemos repensar sobre isso e nos estruturar melhor para que as mães que não desejam seus filhos tenham condições reais de pelo menos deixá-los vivos?
ResponderExcluirAna Paula Rezende - Rio de Janeiro
O problema tem varias causas sociais, sendo que além do fator pobreza e falta de formação e informação , muitas mães são adolescentes, alcóolatras, deficientes mentais e drogadas, o que agrava a situação. Quando sobrevivem, essas crianças são entregues aos cuidados do Estado para fins de adoção.. A burocracia é um entrave, mas o problema maior é que a maioria das familias adotantes, prefere crianças brancas e de pouca idade. Neste caso, as crianças, que já nasceram rejeitadas por suas mães biologicas, continuam vitimas da rejeição social, por não preencherem os requisitos das familias adotantes. Um grande numero de crianças cresce na instituição, até a maioridade mas, graças a Deus, muitas conseguem se reintegrar à sociedade,apesar do traumas sofridos durante a vida, pelo desamor e falta de referencias familiares.
ResponderExcluirCristina-SP
Comentando um comentário
ResponderExcluirTrata-se do leitor Paulo Roberto, que nos brinda com uma história surpreendente e ao mesmo tempo,emocionante.
Achei a história na internet e abaixo, transcrevo parte na notícia.
Já houve muitos casos envolvendo animais que salvam humanos.
"O repórter da BBC em Buenos Aires Daniel Schweimler disse que a criança está sendo chamada de "bebê milagre" pela imprensa local, que compara a história à de Rômulo e Remo, os fundadores de Roma, achados por uma loba no local onde hoje fica a capital italiana".
Pergunto: Será que a história de Rômulo e Remo é mesmo uma lenda?
J. Morgado
Mongaguá - SP
Olá meu amigo...
ResponderExcluirAssunto muito interessante.Olha sempre fui contra o aborto, a não ser em casos de estrupo ou má formação, acho também que as mulheres engravidam por falta de responsabilidade, todas sabem como evitar, e conseguem " se quiser" anticoncepcionais de graça, quanto ao abandono acho a lei patética, pois a "mãe" abandona a criança a própria sorte, depois aparece dizendo estar arrependida e acaba ficando com o filho.Que absurdo.
Mas se analisarmos os Governos em geral abandonaram nossas crianças, pois não dão um bom suporte para que cresçam com mais perspectiva.
Abraçosssssssssss.
Ana Célia de Freitas. Franca/SP.
Prezados Paulo Roberto e J. Morgado!
ResponderExcluirVocês dois mostraram bons exemplos vindos do mundo animal. Isso com relação à crianças abandonadas. Mas, se procurarem na internet, vão encontrar também "mamãe" tigre cuidando de um pobre macaquinho recem-nascido, a mãe, ironicamente abatida por um outro tigre, cachorro amamentando gatinhos sem mãe e vice-versa, enfim um número grande de animais com amor materno de sobra. Entre os seres humanos que, dizem, raciocinam, se vê o contrário, o desamor. Agora para o J. Morgado: essa história do Rômulo e Remo tem tudo para ser verídica, e não lenda. Basta ver o sem número de exemplos de cachorros cuidando e amamentando recém-nascidos.
Muito bom esse blog. Assuntos inteligentes e um nível cultural alto, que propicia bons debates. Essa foi a primeira vez que vim e prometo voltar constantemente.
Luiz Augusto Marques - São Paulo