J. MORGADO
“E Jesus Dizia: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem.” – Lucas – 23 – v.34. Essa frase proferida por Jesus e que consta apenas no Evangelho de Lucas, reflete bem e incontestavelmente os ensinamentos do enviado de Deus. Depois de passar todo o Código Divino aos encarregados de divulgá-lo e sofrendo com isso os martírios aplicados pelos algozes da época, que não aceitavam em dar a outra face e amar ao próximo como a si mesmo, desencarnou pregado no madeiro perdoando aqueles que julgavam ser seu inimigo e pedindo ao Pai que os perdoasse!
Deus nos criou espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento (LE, II – Capítulo 1, item 115), mas nos dotou de livre-arbítrio para que pudéssemos avançar em nossa evolução com nossos próprios méritos. Daí a justiça através das reencarnações, para que conseguíssemos aplainar do caminho percorrido os empecilhos que nós mesmos colocamos ao escolhermos a Porta Larga (Capítulo XVIII – Muitos os Chamados e Poucos os Escolhidos – A Porta Estreita, item 3 – Evangelho Segundo o Espiritismo).
Assistimos pela Televisão e lemos nos jornais e revistas fatos que estarrecem a maioria da população por não conseguirem entender como seres humanos podem chegar a cometer atos de natureza bárbara. Se nos dermos ao trabalho de pesquisarmos a história universal em todos os tempos, vamos verificar que isso acontece desde épocas imemoriais. Já tive a oportunidade de descrever através de meus artigos que o homem não consegue, ainda, se livrar do orgulho, do ciúme e todos os seus filhos diletos. Crimes mais bárbaros foram cometidos no passado, mas, vamos nos ater ao tempo em que Jesus aqui esteve nos transmitindo o Código Divino.
Quando do nascimento do Messias, Herodes, então rei da Judéia, entendeu mal os boatos de que nascera uma criança que assumiria seu reino. Não pensou duas vezes, mandou matar todos os meninos nascidos em Belém com até dois anos, daí a fuga de José e Maria para o Egito. Muitos outros fatos aconteceram em todos os tempos parecidos com esse. Nos dias de hoje as crianças são as piores vítimas das guerras. A fome, a miséria, as doenças ocasionadas pela incúria, egoísmo e indiferença dos homens são as principais causas do desencarne desses pequeninos todos os dias em nosso Planeta de Expiação e Provas. Os mais esclarecidos, no caso, supõe-se os Espíritas, entre outras doutrinas reencarnacionistas, entendem cada situação e vê em cada caso mostrado pela mídia um fato de ação e reação e lamentam que o perdão esteja totalmente ausente. Se nos dias de hoje ainda não aprendemos perdoar, imagine o leitor ao tempo de Jesus. O Código de Moisés – Olho por Olho, Dente por Dente. As Guerras de Conquista do Império Romano entre outros mais longínquos.
Cada vez que eu vejo o povo enfurecido em uma porta de delegacia com a polícia protegendo um criminoso da sanha ensandecida de uma população que se esquece que vivemos em um país cristão, lembro-me da passagem do Evangelho onde Jesus diz: “Não julgueis a fim de que não sejais julgados; porque vós sereis julgados segundo tiverdes julgado os outros; e se servirá para convosco da mesma medida da qual vos servistes para com eles” (Mateus, capítulo VII, v. 1, 21) – Veja o Capítulo X, item 11 – 12 e 13, do Evangelho Segundo o Espiritismo, edição IDE/1984.
Deus nosso Pai, enviou seu filho Jesus com a finalidade de nos mostrar um caminho seguro para que, sem tropeços, pudéssemos evoluir rumo a esferas superiores e com isso nos tornarmos úteis na construção infinita do Universo.
O amor é um sentimento que nem mesmo os dicionaristas conseguem definir com precisão. No caso, em que abordamos o Criador e Jesus, seu Enviado, o amor é algo que transcende qualquer especulação. Deus tolera nossos erros e imperfeições cometidos a todo o instante; inspira-nos ao bem 24 horas por dia. Se houver alguma pessoa que duvide disso, faça um teste. Depois de cometer um deslize qualquer, uma injustiça com uma criança, com um idoso, com o esposo (a), uma ofensa, etc., consulte sua consciência e verá que o Grande Pai lá está não lhe acusando, mas aconselhando-o!
No Capítulo XI, item 12 do Evangelho Segundo o Espiritismo, há o pronunciamento do Espírito Pascal (Sens, 1862) assim escrito: “Se os homens se amassem mutuamente, a caridade seria melhor praticada; mas seria preciso, para isso, que vos esforçásseis em vos desembaraçar dessa couraça que cobre vossos corações a fim de serdes mais sensíveis para aqueles que sofrem. A dureza mata os bons sentimentos; o Cristo não se recusava; aquele que se dirigisse a ele, quem quer que fosse, não era repelido: a mulher adúltera, o criminoso, eram socorridos por ele; não temia jamais que a sua própria consideração viesse a sofrer com isso”.
As leis dos homens ai estão para serem observadas, pois enquanto encarnados devemos criar princípios que nos mantenham civilizados. Cada ser humano deve contribuir no aprimoramento para que isso aconteça. Ao desencarnarmos, responderemos perante nossa própria consciência os erros ou falhas cometidas. Nossa vida é preciosa para Deus e Ele não nos pune porque seu amor não tem limites. Ele nos dá oportunidade de voltarmos com nossos próprios pés e limpar o caminho percorrido sem que para isso precisemos regredir em nossa evolução espiritual. Sim, evolução espiritual, pois quanto mais sábios mais fáceis de entendermos o que fizemos ao nosso próximo. Isso se chama AMOR...
O item 9 do Capítulo XI do Evangelho Segundo o Espiritismo começa assim: “O amor é de essência divina, e, desde o primeiro até o último, possuís no fundo do coração a chama desse fogo sagrado. É um fato que haveis podido constatar muitas vezes; o homem mais abjeto, o mais vil, o mais criminoso, tem por um ser, ou por um objeto qualquer, uma afeição viva e ardente, à prova de tudo que tendesse a diminuí-la, e atingindo, frequentemente, proporções sublimes”. A súplica de Jesus ao desencarnar, ainda ecoa neste mundo de expiação e provas. Nós é que ainda nos deixamos levar pelos nossos desejos primitivos e não a ouvimos. Quem sabe um dia, não muito distante, cada um de nós ouvirá aquele apelo de AMOR e dirá também: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”.
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*J. Morgado é jornalista, pintor de quadros e pescador de verdade. Atualmente esconde-se nas belas praias de Mongaguá, onde curte o pôr-do-sol e a brisa marítima. Morgado escreve quinzenalmente neste blog, sempre às sextas-feiras. E-mails sobre esse artigo podem ser postados no blog ou enviados para o autor, nesse endereço eletrônico:
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Queridas amigas e amigos, dileto J. Morgado. Creio que o perdão seja um dos temas mais controversos. Nossa "Justiça", por exemplo, vive perdoando os piores assassinos, com indultos e outras regalias, tipo regime semi-aberto. Além da redução de pena por bom comportamento, como se isso não fosse obrigação do preso. Os políticos nos roubam todos os dias descaradamente e perdoam-se mutuamente no Senado, Câmara, assembléias legislativas e câmaras municipais. Esse perdão ganhou o nome suave de pizza, acordos espúrios onde cada um leva sua fatia. É fácil ser canalha, ou mesmo facínora, e depois contar com o perdão das vítimas diretas ou indiretas. Poderia listar aqui, ainda, muitos outros casos em que o perdão é questionável. Pergunto: que tipo de perdão, afinal, é justo conceder a alguém? Como estabelecer um limite entre aquilo que é perdoável ou imperdoável? E quem pode ser o árbitro disso?
ResponderExcluirEspero que essas perguntas estimulem nosso autor do dia e também provoquem questionamentos entre os leitores do blog.
Beijos!
Milton Saldanha
Adão e Eva, por um pecado tão banal, não tiveram perdão. Foram expulsos do paraíso. Jesus concedeu perdão aos ladrões crucificados ao seu lado. O crime então compensa? E pediu perdão aos seus próprios torturadores "... eles não sabem o que fazem" (Lucas). Como pode tanta disparidade de tratamento pela mesma Santíssima Trindade? Existe alguma lógica nisso?
ResponderExcluirPor favor, ofereça uma resposta quem se achar capaz.
Beijos!
Milton Saldanha
Caro leitor: você perdoa um estuprador? Um assassino de criança? Um bandido que mata friamente uma pessoa decente? Um político ladrão, que enche os bolsos enquanto faltam merenda escolar e até gaze nos hospitais públicos? Amigo J. Morgado, com todo respeito, a que tipo de perdão, afinal, vocês espiritas se referem?
ResponderExcluirUm abraço, pedindo perdão pelas perguntas impertinentes,
Milton Saldanha
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ResponderExcluirBom dia
ResponderExcluirRespondendo aos meus diletos amigos Saldanha e Professor João que por sinal são ateus confessos, situação que o espiritismo não critica e nem condena, pois o que importa é o comportamento perante a sociedade e a si mesmo, sito o pensamento de um crítico francês chamado François Poitou, Duque de La Rochefould: “Existem três tipos de ignorância. Ignorar o que se deve saber; saber mal o que se sabe e saber o que não se sabe”.
Devo esclarecer que o espiritismo se baseia no amor pregado por Jesus Cristo, inserido no Novo Testamento e que portando não é uma invenção de Allan Kardec.
O artigo de hoje é uma mensagem de amor. O ódio, a vingança, o rancor, só nos trás mais violência. “Ação e Reação” uma lei universal.
Por ora é só.
A todos Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Livre arbítrio, o que vem a ser isso? Deus, um ser perfeito, criou obras imperfeitas. O homem é super-imperfeito, claro, mas também contraditório: é capaz de ser altruísta, generoso, nas mais diversas circunstâncias. A natureza não é perfeita como se costuma dizer. Seria se uma espécie não tivesse que devorar outra para se manter viva. Ou se energias incontroláveis, como tsunamis e vulcões,entre outros fenômenos, não alterassem a paz do cenário estabelecido. Sem respostas para essa ambiguidade -- a perfeição divina e suas obras imperfeitas -- inventou-se essa balela do "livre arbítrio". Até hoje, por mais infantil que seja, tem gente que acredita na existência do diabo. Crença, convenhamos, do período mais atrasado da humanidade, que foi a Idade Média. Pois bem, então pergunto: quem é mais forte, Deus ou o diabo? É claro que todos vão apontar Deus. Aí pergunto novamente: Deus não é a suprema bondade? Todos vão concordar. Fica a questão: por que não extermina de vez com o diabo? Ao deixar o diabo "viver" Deus não estaria exercendo equivocadamente seu próprio "livre arbítrio"?
ResponderExcluirBeijos!
Milton Saldanha
Meu estimado J. Morgado: "ateus confessos?" Por que o "confessos", palavra que pressupõe delito? Por que não apens ateus? Então de agora em diante você vai ter que usar "espírita confesso". Concorda?
ResponderExcluirAbraço grande,
Milton Saldanha
Bom dia J. Morgado, Milton Saldanha, Professor João Paulo, Edward e demais amigos e amigas. Faz algum tempo eu recebi esse e-mail de uma amiga, sem autoria, infelizmente. Como o assunto hoje gira em torno do perdão, gostaria de postá-lo. É lindo e mostra que podemos sim, perdoar. Com amor, como o de uma mãe, isso é possivel.
ResponderExcluirLeiam, por favor:
"Conta-se que, numa cidadezinha do interior, uma pobre mãe viúva encontrou sobre a mesa um bilhete do seu filho que dizia: "Mãe, não aguento mais viver com você, vou tentar a minha vida em Londres". Moravam num barraco perto da estação de trem e o jovem fugiu. Sendo filho único, o choque causado pela decepção e a certeza de uma grande solidão e saudade destruíram aquela família.
Os anos passaram e para tristeza de todos que conheciam o rapaz, as manchetes de jornais que chegavam da capital, traziam notícias de assaltos e até crimes de morte que ele cometera. Aquela mãe não sabia de nada, porque seus amigos escondiam as notícias. Um dia, chegou uma carta do filho com o seguinte conteúdo: "Mamãe, cansei de tanto sofrer pela saudade e pelos erros que fui acumulando. Estou arrependido. Se a senhora me perdoar, coloque uma bandeira branca na sua janela. Passarei de trem por aí, na madrugada. Se a bandeira estiver lá, descerei".
Aquela mãe saiu batendo, de porta em porta, nas casas vizinhas e pediu às pessoas para colocarem uma bandeira branca, nas suas janelas. Mesmo todos sabendo da fama do rapaz, sentindo que aquela mãe queria seu filho de volta, resolveram ajudá-la.
Quando o rapaz passou por lá e viu tantas bandeiras, desceu chorando. Muitas vezes, os erros são cometidos por falta de orientação e por inexperiência. A compreensão e o apoio nas fraquezas podem levar o indivíduo à recuperação.
Um dia, os discípulos de Jesus perguntaram-lhe, quantas vezes uma pessoa deve perdoar a outra quando falhasse. E a resposta sugeriu uma aula sobre o perdão:
- Deveis perdoar uns aos outros não sete vezes, mas setenta vezes sete".
Isso, amigos, talvez, porque muitos educadores retiraram as lições do perdão da cartilha da convivência, a humanidade se embrutece nas relações.
Beijos, bom final de semana!
Liliana - Santo André - SP.
Liliana
ResponderExcluirLinda Senhorinha
Linda história. Um fato, que apesar das aparências, vem se repetindo amiúde.
O amor constrói. Refaz vidas. Consola.
A humanidade melhora lentamente... Mas, o que é o tempo para a eternidade?
Você tem um coração aberto e pronto para dar e receber o amor.
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Querida Liliana: o ódio é tão inerente ao ser humano quanto o amor. O ódio só se aplaca na punição, e as vezes nem assim. Se alguém matar um filho seu, que ama profundamente, não será humano nem admirável você perdoar. Porque você estaria abdicando dos seus sentimentos mais preciosos. A verdadeira moral não é aceitar um mal irreparável como este do exemplo acima, substituindo-o pelo cinismo do perdão. A verdadeira moral é ser contra a impunidade, para que o homem tente controlar seus piores instintos, se não movido por alguma ética, pelo menos pelo medo. E isso derruba esse duvidoso perdão cristão, na prática jamais praticado por ninguém.
ResponderExcluirBeijo!
Milton Saldanha
Bom dia Sr. J. Morgado
ResponderExcluirTranscrevo abaixo um texto de Chico Xavier.
E que Deus o abençõe.
Maria Monge
Marinque - SP
CONVERSA EM FAMÍLIA
Emmanuel
Quando observares a dificuldade moral de alguém, não te detenhas na superfície das coisas. Aprofunda-te no exame das causas, para que a injustiça não te enodoe o coração.
Recordemos que o médico nem sempre identifica a enfermidade pelo que vê, mas sobretudo por aquilo que não vê, apoiado na cooperação do laboratório.
Raramente todo o mal é aquele mal que se enxerga no lado visível das circunstâncias.
A Humanidade é constituída de povos; cada povo se baseia em comunidades; cada comunidade é uma coletânea de grupos; cada grupo é uma constelação de almas.
Não opines sobre qualquer acontecimento infeliz, sem apreciar todas as peças que o suscitaram.
Como definir a posição da esposa, imaginada em desvalimento, sem considerar a conduta do esposo, chamado pelos princípios de causa e efeito a prestar-lhe assistência? E como examinar o homem tombado em criminalidade passional, sem analisar a mulher que o levou ao desvario? De que modo interpretar os jovens transviados sem tocar nos adultos que os largaram à matroca, e de que maneira observar a penúria dos mais velhos, sem anotar o abandono a que foram votados pelos mais moços?
Como acusar unicamente os maus, sem perguntar aos bons o que fizeram por eles, na esfera da convivência? E como condenar exclusivamente os pecadores, sem saber que orientações recolheram dos virtuosos que lhes comungam a vida cotidiana?
Serão justos ou insensíveis os Espíritos nomeados por justos quando relega seus irmãos aos enganos da injustiça, sem a mínima frase que lhes clareie o raciocínio? E serão corretos ou ingratos os Espíritos supostos corretos quando deixam seus irmãos afundados no erro, sem o menor amparo que lhes refaça o equilíbrio?
Irmãos uns dos outros pelos laços da família maior - a humanidade -, à frente de nossos companheiros caídos antes de censurá-los, será preciso interrogar-nos a nós próprios que espécie de benefício já lhes teremos feito, a fim de que não resvalassem no lodo que lhes desfigura a face divina de filhos de deus, tão carecedores das bênçãos de deus quanto nós próprios.
Reflitamos nisso, porque, atendendo a isso, sempre que impelidos a observar o comportamento de alguém, teremos misericórdia por inspiração e apoio, a fim de que não falhemos ao imperativo do amo para a glória do bem.
Do livro “Alma e Coração”. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Para algumas pessoas, como o Milton Saldanha, pelo visto, perdoar é um sacrifício. Não vejo dessa forma. Não será porque vive ressentido com sua própria realidade? Perdoar, prezado Milton, é um sentimento humano, é quase sempre um privilégio, é uma satisfação do ego. Quanto a esquecer o dano, só não esquece aquele que não está preocupado em construir um presente melhor. Aquele que não esquece está cheio de amarguras dentro de si, e quase sempre vive apontando falhas nos outros que, na verdade, oculta em si mesmo. E quem aponta muito os outros é porque tem sempre muito a esconder e consertar em si mesmo. Por isso se diz incapaz de perdoar.
ResponderExcluirAbçs,
Gabriel Messias Cardoso - Uberlândia/MG
Olá meu amigo tanguista
ResponderExcluirPrefiro dizer “me confesso espírita”, graças a Deus. E você, “se confessa ateu”, graças a Deus?
Um forte e carinhoso abraço.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Bom dia amigos (as) do blog...
ResponderExcluirPerdão - palavra fácil de ser pronunciada, mas tão difícil de ser praticada. Infelizmente, nós ainda não aprendemos a perdoar. As pessoas se tapeiam dizendo que perdoam, mas, “não quero mais vê-lo durante toda a minha vida” ou então “eu o perdoo, mas você primeiro vai ter que escutar tudo que eu tenho para falar”. Isso não é perdão.
Chegou a hora de sermos honestos com nós mesmos. Vamos nos olhar no espelho (ou seja, de frente com nossa consciência mais profunda) e procurar nos analisar honestamente, reconhecendo nossas qualidades, mas também nossos defeitos.
Reconhecer nossos defeitos, não significa ficar triste, cabisbaixo, sem ânimo, diante das dificuldades que devemos enfrentar para melhorarmos a nós mesmos. Nossos defeitos não podem ser ignorados, mas devem ser encarados, analisados com honestidade, para que possamos corrigi-los o mais rápido possível; mascará-los não vai adiantar nada.
Um forte abraço a todos...
Edward de Souza
Prezados irmãos João Paulo de Oliveira e Milton Saldanha, ateus confessos deste blog...
ResponderExcluirPerdão não é sentimento, é ato de vontade. Queiram perdoar, realizem o ato de vontade de perdoar. Agarrem essa graça do perdão. E digam, do fundo dos seus corações: “Eu perdôo”. O perdão é uma das maiores manifestações de Deus. Ele é capaz de transformar tudo por onde passa.
Fiquem e paz!
Padre Euvidio
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ResponderExcluirO ódio e seus derivados são como o efeito dominó. Enfileirados, derruba-se a primeira pedra e ele segue derrubando as outras. São as pedras negras. As brancas representam o amor.
ResponderExcluirQuem conhece a história do mundo sabe muito bem a que me refiro.
Vocês meus amigos, preferem as brancas ou as pretas?
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
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ResponderExcluirEdward e demais amigos do Blog de ouro, bom dia !!
ResponderExcluirEm quase todos os artigos publicados pelo Méstre amigo J.Morgado, sempre acontecem discussões sadias a respeito, e este artigo de hoje, não poderia ser diferente.
Cada um tem um pensamento a respeito de religião e doutrina,e outros alegam ser ateus,o que não os diminue perante seus amigos.
Eu admiro quando as pessôas usam de sinceridade, e é isto o que estamos vendo hoje nos argumentos do Mestre J.Morgado, do amigão Milton Saldanha, do estimado Prof
João Paulo de Oliveira, e do sempre enigmatico Padre Euvidio.
São opiniões como essas que fazem de nósso Blog,um ponto que precisa ser assinado TODOS OS DIAS.
A respeito do artigo do Méstre J.Morgado, devo confessar que eu sou do lema "quem com férro fére, com férro será ferido" sem perdão.
Abraços a todos.
Tenham um ótimo final de semana
Admir Morgado
Praia Grande SP
Edward e demais amigos do Blog de ouro, bom dia !!
ResponderExcluirEm quase todos os artigos publicados pelo Méstre amigo J.Morgado, sempre acontecem discussões sadias a respeito, e este artigo de hoje, não poderia ser diferente.
Cada um tem um pensamento a respeito de religião e doutrina,e outros alegam ser ateus,o que não os diminue perante seus amigos.
Eu admiro quando as pessôas usam de sinceridade, e é isto o que estamos vendo hoje nos argumentos do Mestre J.Morgado, do amigão Milton Saldanha, do estimado Prof
João Paulo de Oliveira, e do sempre enigmatico Padre Euvidio.
São opiniões como essas que fazem de nósso Blog,um ponto que precisa ser assinado TODOS OS DIAS.
A respeito do artigo do Méstre J.Morgado, devo confessar que eu sou do lema "quem com férro fére, com férro será ferido" sem perdão.
Abraços a todos.
Tenham um ótimo final de semana
Admir Morgado
Praia Grande SP
Olá Ademir
ResponderExcluirVelho Amigo
“Quem com ferro fere com ferro será ferido”. Uma frase atribuída a Jesus quando de sua prisão.
A amplidão filosófica dessa frase vai muito além do que a espada de Pedro ocasionou naquela época.
Ferimos e somos feridos durante nossa existência. Ferimos com palavras e ações. Com olhares e arrogância. Ferimos quando nos omitimos ou quando nos excedemos...
Os ferimentos são os nossos sofrimentos para os quais fingimos ignorar o remédio. E continuamos a sofrer...
Um abraço
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Boa tarde Juliano!
ResponderExcluirMuito bom o artigo, apesar de que alguns estão bastante confusos (o que denota ter o texto revolvido conceitos cristalizados de muito tempo)
Gostaria de lembrar a todos que o perdão de maneira alguma elimina o dever de reparar!
Outra coisa que gostaria de lembrar que a vidraça tem dois lados e de qualquer lado que se observar o sujeito irá achar que a referência é seu ponto, com isto, digo claramente que aquela figura sempre mencionada nas rodas de conversa, seja onde form é sempre a mesma, a do abominável estuprador! Mas pergunto também (mesmo sabendo que responder uma pergunta com outra é um tanto quando falta de educação, mas ajuda a raciocinar)E se o estuprador fosse meu filho? E acaso fosse o ladrão minha tão estimada filhinha? E se o parlamentar corrupto fosse minha maezinha????
Será que eu sabendo do dever que eles obliteram, iria-os lançar nas trevas eternas, ou continuaria amando-os, mas em momento algum ser compadecente com a conduta deles????
Verdadeiramente, o que antevejo, não somente aqui, como em muitos lugares é que o homem nem sequer sabe a profundidade dos conceitos que quer discutir...., mas quer fazer de seu ponto de vista a verdade absoluta, negar a existência de uma inteligência suprema, de Deus, é facultado a qualquer criatura...
Cada um dá o que tem, quem não tem amor para dar, não consegue dar amor, quem tem ódio no coração não consegue amar e o que é pior não se deixa ser amado, mas nem por isso, as maezinhas de todo genero deixam de amar seus filhinhos embrutecidos e cristalizados no mal...
Poderia, meu caro Juliano, ficar aqui a tarde toda, humildemente tecendo considerações, pois aqui está um que já violentou e já foi violentado, que roubou e já foi roubado, já fui vítima mas primeiramente fui agressor, a diferença é que hoje tenho a humildade de reconhecer que mais errei que acertei, mas que agora mesmo errando sempre quero acertar...
Quantos aos companheiros, respeito-os em todas as suas opiniões e fico grato por voziferarem com tamanham intensidade, pois é conversando que se entendo e se cresce, mas deixo o pensamento de joana de angelis, quando foi questionada sobre o ateísmo "o ateu é alguém que acredita em Deus, só que a sua maneira, pois ninguém jamais se esforça em negar aquilo que não acredita, pois se não acreditasse, para ele não haveria importancia!"
Um grande abraço a todos
Sinceramente, J. Morgado e amigos que participam democraticamente, como sempre, desse debate. Eu não acredito que um ser humano consiga perdoar uma grave ofensa, ou um ato que tenha sido de natureza grave. Por exemplo: o pai teve uma filha de dez anos estuprada. O estuprador foi preso e o pai levado até a delegacia junto com a filha para reconhecimento. Ele iria perdoá-lo? Se o fizesse, estaria sendo sincero? Mais... Nós somos humanos, não Cristo. Citam exemplos e mais exemplos do perdão de Cristo. Tudo bem, até aí. E nós, seres cheios de pecados e impuros? É demagogia pura, alguém aqui dizer que é capaz de perdoar qualquer tipo de ofensa. Eu não acredito nisso....
ResponderExcluirBom fim de semana pra vcs...
Andressa - Cásper Líbero - SP.
Meu caro Gabriel Messias Cardoso: você confunde uma discussão de conceitos e princípios com problemas pessoais. Meu caro, você não me conhece. Leia minha crônica de ontem, sobre dança, (é só rolar o blog) e entenderá que sou um cara de bem com a vida. Como poderia ser ressentido? Como poderia ser amargurado? O que sou, meu caro, é indignado. Com todas aquelas safadezas aqui citadas por mim, pelo professor João Paulo e por todos os demais participantes deste blog, não só hoje, mas há longo tempo. Vai uma diferença abissal entre ser amargurado e ser indignado. Aposto que sua inteligência lhe permite perceber isso. O que contesto aqui não é a capacidade de ser generoso. Sou radicalmente a favor dos direitos humanos, que tanta gente condena. Sou radicalmente contra a tortura de presos, inclusive poque eu próprio já fui preso político e vi isso de perto. Sou radicalmente contra a injustiça. Por lógica, não poderia ser a favor do perdão puro e simples a quem merece punição. Só que até a punição tem limites e tem que estar acompanhada de humanismo, senão você se iguala ao criminoso. Além, sempre, do direito de defesa do acusado, para que jamais se puna por engano algum inocente.
ResponderExcluirAbraço!
Milton Saldanha
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirJ. Morgado foi feliz com o título: "Ainda não aprendemos a perdoar." E duvido que venhamos a aprender.
ResponderExcluirAbraços a todos...
Miguel Falamansa - Botucatú - SP.
Ei amigos (as) deste vitorioso blog...
ResponderExcluirO mestre Morgado arrumou uma bela pinimba com seu artigo de hoje. Deixo uma pequena questão para resposta, se tiver: "dizem que o sujeito só morre quando chega a hora". Hoje nem peru é assado na véspera, porém quando chega a hora do piloto de um avião, todos os passageiros têm que ir junto ?
Cristo perdoou os panacas que estavam ao seu lado na cruz, mas antes havia chutado o pau da barraca dos vendilhões do templo. Nem ele tinha sangue de barata.
Abraços
Oswaldo Lavrado - SBCampo
Amigo professor João Paulo, permita-me corrigir-lhe: o senhor não é um professorzinho primário. O senhor é um mestre, a quem dedicamos respeito e carinho, e faz um trabalho belíssimo e extremamente complexo, que é educar crianças. E com grande competência, pelo que já pude perceber. A gente, na verdade, não tem que dar satisfações a ninguém por não acreditar em Deus. É um direito nosso, o de pensar. Fico muito irritado com a intolerância de certos crentes, que acham que é obrigação de todo mundo acreditar. Não é! Tenho um cérebro, e o que se passa dentro dele é problema meu. Fui de família espírita, gente correta e solidária; estudei com padres um período em colégio católico, e como escoteiro, quando vi muita safadeza dos padres, incluindo assédio sexual para cima dos garotos; tive passagens rápidas (queria conhecer) pela umbanda, e igrejas Metodista e Batista. E acabei me tornando ateu. Não por drama pessoal ou familiar, mas por convicção mesmo, depois de muito estudar História Sagrada, e de refletir a partir de muitas perguntas para as quais nunca encontrei respostas. Ou, quando encontrava, eram respostas frágeis, sofismas, dogmas, sem lógica. Crer por crer, e pronto, sem ir fundo nas questões. No momento estou lendo "Deus, um delírio", do norte-americano Richard Dawkins. Um livro que está ganhando repercussão mundial. Já sugeri ao Edward de Souza, e estou aguardando sua aprovação, uma resenha sobre o livro aqui no blog. Não é para convencer ninguém. Nem ofender ninguém. Mas para estimular a reflexão, sempre saudável.
ResponderExcluirAbraço!
Milton Saldanha
Boa noite a todos...
ResponderExcluirBelíssimo artigo,que faz com que refletimos muito sobre nossas ações.
O ato de perdoar é maravilhoso,mas deve partir do fundo do coração,conheço pessoas que nunca se perdoaram e quando o seu desafeto se foi ficou aquele arrependimento de não ter sido a pessoa a ter tomado a atitude e fazer as pazes.
Não gosto de guardar mágoas de ninguém,e procuro tentar entender as pessoas da melhor forma possível,mas concordo com o Professor João Paulo,perdoar esses fascínoras,sabendo que já ceifou inúmeras vidas,ou mesmo esses políticos safados (me desculpem) que a meu ver também são assassinos,tendo em vista que todos os bilhões que desviam poderiam salvar muitas vidas,lembram entre outras da fraude das ambulâncias?
Acho que só Deus perdoa nesse caso.
Ana Célia de Freitas.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir“Jesus-Homem é a lição de vida que haurimos no Evangelho como convite ao homem que se deve deificar. Não havendo criado qualquer doutrina ou sistema, Jesus tornou a Sua vida o modelo para que o homem se pudesse humanizar, adquirindo a expressão superior (...)”. – Divaldo Pereira Franco.
ResponderExcluirMeus amigos, o pequeno trecho acima faz parte de uma palestra proferida por Divaldo Pereira Franco, intitulada “Jesus e a Humanidade”.
Não foi minha intenção gerar qualquer polêmica a respeito do assunto “Ainda não aprendemos a Perdoar”, mesmo porque, a mensagem nela encerrada, foi mais uma contribuição para a paz entre nós.
Antes, durante e depois de Jesus, muitos seres foram sacrificados por pregarem o amor. Um amor desprendido e racional.
Não crer na Divindade não é nenhum defeito como tive a oportunidade de dizer em comentário anterior.
Não é meu feitio impor qualquer crença a ninguém. Menciono a Doutrina Espírita e a Moral pregada por Jesus por crer nelas.
Foram muitos anos de estudos e experiências. Convenci-me. Essa experiência me trouxe tranqüilidade e paz de espírito além de forças para enfrentar os problemas vivenciais que nós mesmos criamos.
Também gosto de me divertir e aprendi que um pouquinho de nosso tempo dedicado a uma visita aos enfermos, asilos, abrigos, etc., fazem bem. Isso independe de qualquer religião ou doutrina que o indivíduo possa professar.
Deus está em nossa consciência e é a ela que devemos satisfações.
Se algumas pessoas entenderam o assunto de outra forma, perdoe-me por não me fazer compreender.
Pregar o Amor foi minha única intenção. Perdoar é um ato de amor. E confesso que ainda não estou preparado para perdoar tudo. Por essa razão, continuarei a sofrer até arrancar de dentro de mim o terrível mal chamado ódio.
Paz. Muita Paz.
J. Morgado
Amigo Juliano Morgado, bela matéria. Polêmica em! Caro Milton Saldanha, se é que posso chamar o Sr desta forma? Digo caro, por suas idéias políticas, que estou quase sempre do seu lado. Mas o perdão que o Morgado se refere não exime ninguém de sua punição. O indivíduo que comete um delito seja ele qual for, deve sim pagar pelo ato cometido e também ser perdoado. O perdão a que se refere o Morgado é aquele que inicia a ação de lamentar o ato cometido e não se revoltando ou tão pouco se indignando contra a pessoa que o cometeu. Todo aquele que comete um crime ou faz sofrer de qualquer maneira um indivíduo ou uma sociedade, também o comete contra si próprio. Pois, existem conseqüências dos atos cometidos. Quanta violência já foi cometida neste planeta em nome da revolta ou da indignação. Não digo que devemos tolerar a violência de qualquer forma. Se não apreendemos a perdoar, o nosso mundo ainda vai ficar muito pior. Devemos lutar para acabar com a violência com a patifaria que existe nessa nação. Mas com paz no coração exigir nas urnas ações efetivas de nossos governantes que cumpram as leis que já temos. Defender os direitos humanos significa ser um humano que tem consciência de sua imperfeição e sabe que aqueles cometem atos criminosos, poderiam ser pessoas queridas de nossos corações. Por tanto pensar em perdoar já é um passo importante em nossas vidas. E o livre-arbítrio o senhor já o tem: cometer todo bem que se é capaz ou todo mal. Um grande abraço.
ResponderExcluirUm brasileiro – Chapada dos Veadeiros – Alto Paraíso GO
Um cristão espírita confesso.
Caros Amigos,
ResponderExcluirQuando estava magoado com algumas pessoas e consegui perdoar, me senti muito bem. Foi como uma libertação para mim. Uma paz tomou conta de mim. Tenho consciência de que não possuo o verdadeiro perdão. Ainda sou muito egoísta e orgulhoso para perdoar em plenitude. Como nas experiências de perdão que pude vivenciar me proporcionaram paz, penso que, mesmo com ocorrências de grande impacto, como um estupro, assassinato e outras do gênero traria muito mais paz ainda, se de fato conseguisse perdoar. Eu percebo que pessoas rígidas, que não acreditam na possibilidade ver no perdão uma forma de libertação, tornam-se pessoas amarguradas e donas da verdade. Aqui neste planeta, ninguém é dono da verdade. Cuidado com as certezas. Eu não quero ter certeza de nada. Eu quero é acreditar. E Eu acredito em Deus, no Espírito como o ser pensante e na matéria apenas como um amontoado de átomos. Acredito que o ser pensante precisa evoluir e para isso passa por experiências boas ou más. Que Deus apenas criou leis universais e não interfere nas nossas decisões. Acredito na lei de ação e reação. Que todo efeito tem uma causa. Acredito no amor e no perdão. Peço perdão a todos.
Abraço fraterno
Luiz Antônio de Queiroz - Franca - SP
bom dia, amigos e amigas!
ResponderExcluirCaríssimo J. Morgado!
Solicito escusas a todos por não ter participado, ontem, dessa discussão importante acerca do perdão. Mas penitencio-me agora.
Creio que essa crônica de J. Morgado, além de brilhante (como sempre), provocou reações várias em nossos amigos e amigas que fazem a história desse não tão caro espaço de comunicação.
Perdoar completamente, esquecer ofensas, mágoas, dores profundas, perdas que nos foram impostas por outrem, é um processo que muito poucos conseguem realizar, porque somos o eco de uma sociedade que sobrevive da competição desenfreada, da ambição desmedida, da arrogância, da inveja, do ciúme, da violência, do ódio. As pessoas só querem avançar, prosperar, vencer, não interessando o que isso custe e a quem atropelam para atingirem os seus objetivos. Nessa jornada insana, vão deixando para trás, abatidos, amigos, colegas, companheiros, familiares. Tornam-se autômatos, desprovidos de sentimentos. Não interessa se alguém está sofrendo, desde que não sejamos nós a padecer da dor. e se formos os atingidos, não experimentamos compaixão...Tratamos de abater o "infrator". Sem perdão.
A respeito do assunto "perdão", certa vez, publiquei uma crônica, aproveitando uma historinha que achei numa revista. Muitos hão de conhecê-la:
Um pai, muito preocupado com as atitudes de seu filho, arrogante, impiedoso, totalmente insensível aos seus semelhantes, certo dia chamou-o e disse: "-Meu filho, suas atitudes me entristecem, você precisa mudar o seu comportamento com os semelhantes. Vou propor-lhe um desafio." E deu ao filho um pedaço de madeira, em forma de um retângulo, algumas dezenas de pregos e um martelo, e recomendou que o rapaz pregasse um prego na tábua cada vez que ofendesse ou magoasse alguém. Explicou, também, que o exercício proposto tinha a finalidade de que o moço se concientizasse de suas ações malignas e tentasse mudar o comportamento que o pai considerava odioso.
O desafio era que o rapaz, aos poucos, diminuísse o número de pregos pregados na tábua, por boas ações praticadas, melhorando o seu relacionamento com as pessoas que o rodeavam.
A cada fim do dia, o rapaz precisava mostrar a tábua ao pai. Nos primeiro dias, o resultado foi um desastre. O rapaz apresentava a tábua cheia de pregos. Aos poucos, os pregos começaram a diminuir e, ao fim de certo tempo, o moço pode apresentar ao pai a tábua sem prego algum.
Satisfeito com o resultado do exercício, o pai dirigiu-se ao filho e lhe disse: "Filho, estou feliz de que tenhas conseguido crescer e deixar de magoar tua família, amigos e colegas, mas vê só, embora não tenha mais nenhum prego na tábua, ela está cheia de furos, de cicatrizes, que são as marcas que deixaste neles, ao ferí-los, tão profundamente e por tantas vezes. Eles poderão perdoá-lo, mas as marcas continuarão. Esforça-te para nunca mais magoar essas pessoas."
Depois que publiquei essa história, certo dia, encontrei um médico aqui de Santiago, pessoa muito bondosa e de profunda sensibilidade, e ele me disse: Nivia, quem sabe perdoar verdadeiramente, não fica com cicatriz alguma, por mais profundos que tenham sido a dor e o ferimento."
Pensei muito a esse respeito. Precisamos aprender a perdoar...
J. Morgado, por mais essa bela página com que nos brindaste. A paz que tanto desejamos também chega com o perdão.
Grata,
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ResponderExcluirJ.Morgado
ResponderExcluirArtigo bem polemico esse,as pessoas tem idéias bem diferentes sobre o assunto.
Sou uma espírita, não sei se posso me chamar assim, pois quanto mais acho que sei vejo que nada sei.
"Perdoa, o teu inimigo enquanto estais em caminho com ele, para que ele não te leve a juiz e não te condene, pois se isso vir acontecer, ficará preso até que pagues o último cetil".(O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO).
Nesta parábola ele nos dá o antídoto.O amor é o caminho.O perdão,a paciência,tolerância,tudo o que leva as pessoas a um bom relacionamento.Não criando por isso motivos de represálias de ninguém.
Quando criarmos barreiras em nós mesmos,tirando do nosso coração o orgulho,a vaidade,o egoísmo, e vivenciarmos bem com todos em acordo com o evangelho, não existirão mais esses relacionamentos negativos e sim somente os positivos, onde todos serão amigos e ajudarão uns aos outros no caminho evolutivo.
Parabéns por mais um belo artigo.
Jacira - SBC