Epidemia sob censura
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Primeiro semestre de 1974. Após ter trabalhado durante nove meses na redação da Folha de S.Paulo, aceitei o convite de José Louzeiro, chefe de redação do Diário do Grande ABC para retornar, como faz o bom filho, á casa onde dei meus primeiros passos na função de jornalista. Havia pedido demissão, no ano anterior, a contragosto. Porque um desentendimento entre a diretoria do jornal e o Sindicato dos Jornalistas emperrava a obtenção de meu registro profissional. Embora jovem, quase menino, pertencia àquela leva de “velhos jornalistas” que poderiam obter o registro desde que comprovassem exercer a atividade em outubro de 1969 quando a profissão foi regulamentada. Para mim, nada era mais importante do que conquistá-lo. Fiz uma ousada manobra pedindo demissão sem ter outro emprego. Instalei-me na sede do sindicato e na Delegacia Regional do Trabalho, na rua Martins Fontes, ao lado do antigo prédio do “Estadão” em plantão diário, agindo como meu próprio advogado. Consegui o registro nº. 10.045, no dia 23 de março de 1973. No dia seguinte, por indicação do Louzeiro, que deixara a Folha para assumir o comando da redação do Diário, comecei a trabalhar na vaga dele, na FSP. Uma experiência de ouro. Porque me levou, do dia para a noite, ao time de uma “grande redação”, como chamávamos a Folha, o Estadão, o JT, Ultima Hora, NP, enfim aos jornais da Capital. Era como alguém que sai do “interior” – embora o ABC fique colado a São Paulo – para ir trabalhar na matriz.
Observava diariamente, quando chegava à redação, ao passar ao lado da sala de telex – o moderno sistema de transmissão de textos da época - que havia pendurados vários “avisos” em pedaços de papel impressos com as letras maiúsculas dos teletipos assinados pelo comando do II Exército. Informavam que estava terminantemente proibida a divulgação sobre isso ou aquilo. Como a imprensa vivia sob censura, e nem sempre a edição era revisada fisicamente pelos censores, os “avisos” bastavam para quem tivesse juízo. Foi assim que ficamos sabendo sobre a guerrilha no Araguaia; movimentos “subversivos” aqui e ali; fechamento de “células comunistas”; mortes de “terroristas” em acidentes de trânsito e por aí afora. O que mais me intrigava, naqueles meses de Folha de S.Paulo, é que meu querido Diário do Grande ABC jamais recebera um daqueles “avisos”. Quando voltei, alçado ao cargo de chefe de reportagem apenas com 20 anos, nada era mais importante do que o desafio de trabalhar para transformar o jornal num veículo respeitado. Nosso sonho, meu, do Louzeiro, da equipe e principalmente dos diretores: fazer do Diário o mais importante jornal regional do País.
Naqueles primeiros meses de nova função deparamo-nos com a maior epidemia de meningite da história do País. Disso sabemos hoje. À época era impossível saber por que a censura emitia aqueles “avisos” para a grande imprensa. Ocorre que na região do ABC percebemos o aumento do volume de pessoas nos Pronto-Socorros e hospitais com sintomas de uma doença grave que ninguém sabia dizer se era gripe, pneumonia, sarampo. Percebia-se que eram muitos os casos. Quando procurávamos as autoridades de saúde nenhuma delas ousava apresentar um diagnóstico preciso porque implicava em dizer que a população estava à mercê de uma epidemia; tudo aquilo que o regime militar jamais toleraria que fosse informado para não comprometer a “segurança nacional”.
Vi ali a oportunidade para fazer o Diário projetar-se nacionalmente. Conversei longamente com o prefeito de Santo André sobre a importância de realizar uma reunião com os demais prefeitos para tratar do assunto. Antonio Pezzolo, da Arena, concordou em parte com meus argumentos. Disse que, quando muito, abrigaria em seu gabinete uma reunião dos secretários de saúde para que fizessem um balanço regional da situação. Até porque – fiquei sabendo – a Secretaria da Saúde havia internamente passado instruções – sempre escondidas da imprensa – sobre a gravidade do problema. Percorri os sete municípios – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – conversando pessoalmente com cada um dos prefeitos. Cinco eram da Arena, o partido da “revolução”. Apenas dois, Ricardo Putz de Diadema e Amaury Fioravanti, de Mauá eram do MDB. Convenci todos sobre a necessidade de designarem seus respectivos secretários para a reunião no gabinete do prefeito Pezzolo, em Santo André.
Marcada dia e hora da reunião, executei a fase pré-final do meu plano: dirigi-me, também pessoalmente, ao Chefe da Divisão Regional da Saúde, médico José Oscar da Silva Bottas, até então avesso a qualquer contato com a imprensa e comuniquei-lhe sobre a reunião. Ele já sabia por que fora notificado por alguns dos secretários municipais. Voltei ao prefeito Pezzolo e implorei que insistisse na confirmação do dr. Bottas porque, afinal, era ele quem dispunha de informações e do precário aparato para enfrentar o problema.
Até então não se falava, seja na imprensa escrita e, muito menos, na mídia eletrônica – rádios, TVs – sobre a epidemia de meningite. Enquanto isso, a Grande São Paulo – Capital e ABC inclusos – registravam o maior número de óbitos de crianças que se tem notícia na segunda metade do século XX. Atualmente há farta literatura sobre o assunto. Basta pesquisar na internet. À época, a falta de informações evitava o pânico da população, tão temido pelo regime militar, ao preço de ceifar milhares de vidas humanas.
Chegado dia e hora, coloquei em prática a última fase do plano, avalizado e bancado pelos corajosos José Louzeiro, chefe de redação; Edson Danillo Dotto, Maury de Campos Dotto, Fausto Polesi e Ângelo Puga, diretores do Diário do Grande ABC. De surpresa, chegamos com os equipamentos da Radio Diário do Grande ABC e passamos a transmitir ao vivo, mesmo sem permissão, o desenrolar do encontro. Com direito a entrevistas com os secretários municipais de Saúde e também com o dr. Bottas, da Secretaria Estadual.
Não houve tempo para suspensão da transmissão. Vivíamos novos tempos da ditadura, sob a distensão “lenta, segura e gradual” do general Ernesto Geisel que havia assumido o poder algumas semanas antes.
E foi assim que a epidemia de meningite de 1974 rompeu a censura e “vazou” para a grande imprensa. Senti-me recompensado. A história tomou novo rumo, as autoridades providenciaram vacinação em massa para a população e, a partir daquele dia nosso querido Diário do Grande ABC passou a ser visto com outros olhos pelo País. Mas, assim mesmo, jamais recebemos os tais “avisos”.
Observava diariamente, quando chegava à redação, ao passar ao lado da sala de telex – o moderno sistema de transmissão de textos da época - que havia pendurados vários “avisos” em pedaços de papel impressos com as letras maiúsculas dos teletipos assinados pelo comando do II Exército. Informavam que estava terminantemente proibida a divulgação sobre isso ou aquilo. Como a imprensa vivia sob censura, e nem sempre a edição era revisada fisicamente pelos censores, os “avisos” bastavam para quem tivesse juízo. Foi assim que ficamos sabendo sobre a guerrilha no Araguaia; movimentos “subversivos” aqui e ali; fechamento de “células comunistas”; mortes de “terroristas” em acidentes de trânsito e por aí afora. O que mais me intrigava, naqueles meses de Folha de S.Paulo, é que meu querido Diário do Grande ABC jamais recebera um daqueles “avisos”. Quando voltei, alçado ao cargo de chefe de reportagem apenas com 20 anos, nada era mais importante do que o desafio de trabalhar para transformar o jornal num veículo respeitado. Nosso sonho, meu, do Louzeiro, da equipe e principalmente dos diretores: fazer do Diário o mais importante jornal regional do País.
Naqueles primeiros meses de nova função deparamo-nos com a maior epidemia de meningite da história do País. Disso sabemos hoje. À época era impossível saber por que a censura emitia aqueles “avisos” para a grande imprensa. Ocorre que na região do ABC percebemos o aumento do volume de pessoas nos Pronto-Socorros e hospitais com sintomas de uma doença grave que ninguém sabia dizer se era gripe, pneumonia, sarampo. Percebia-se que eram muitos os casos. Quando procurávamos as autoridades de saúde nenhuma delas ousava apresentar um diagnóstico preciso porque implicava em dizer que a população estava à mercê de uma epidemia; tudo aquilo que o regime militar jamais toleraria que fosse informado para não comprometer a “segurança nacional”.
Vi ali a oportunidade para fazer o Diário projetar-se nacionalmente. Conversei longamente com o prefeito de Santo André sobre a importância de realizar uma reunião com os demais prefeitos para tratar do assunto. Antonio Pezzolo, da Arena, concordou em parte com meus argumentos. Disse que, quando muito, abrigaria em seu gabinete uma reunião dos secretários de saúde para que fizessem um balanço regional da situação. Até porque – fiquei sabendo – a Secretaria da Saúde havia internamente passado instruções – sempre escondidas da imprensa – sobre a gravidade do problema. Percorri os sete municípios – Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra – conversando pessoalmente com cada um dos prefeitos. Cinco eram da Arena, o partido da “revolução”. Apenas dois, Ricardo Putz de Diadema e Amaury Fioravanti, de Mauá eram do MDB. Convenci todos sobre a necessidade de designarem seus respectivos secretários para a reunião no gabinete do prefeito Pezzolo, em Santo André.
Marcada dia e hora da reunião, executei a fase pré-final do meu plano: dirigi-me, também pessoalmente, ao Chefe da Divisão Regional da Saúde, médico José Oscar da Silva Bottas, até então avesso a qualquer contato com a imprensa e comuniquei-lhe sobre a reunião. Ele já sabia por que fora notificado por alguns dos secretários municipais. Voltei ao prefeito Pezzolo e implorei que insistisse na confirmação do dr. Bottas porque, afinal, era ele quem dispunha de informações e do precário aparato para enfrentar o problema.
Até então não se falava, seja na imprensa escrita e, muito menos, na mídia eletrônica – rádios, TVs – sobre a epidemia de meningite. Enquanto isso, a Grande São Paulo – Capital e ABC inclusos – registravam o maior número de óbitos de crianças que se tem notícia na segunda metade do século XX. Atualmente há farta literatura sobre o assunto. Basta pesquisar na internet. À época, a falta de informações evitava o pânico da população, tão temido pelo regime militar, ao preço de ceifar milhares de vidas humanas.
Chegado dia e hora, coloquei em prática a última fase do plano, avalizado e bancado pelos corajosos José Louzeiro, chefe de redação; Edson Danillo Dotto, Maury de Campos Dotto, Fausto Polesi e Ângelo Puga, diretores do Diário do Grande ABC. De surpresa, chegamos com os equipamentos da Radio Diário do Grande ABC e passamos a transmitir ao vivo, mesmo sem permissão, o desenrolar do encontro. Com direito a entrevistas com os secretários municipais de Saúde e também com o dr. Bottas, da Secretaria Estadual.
Não houve tempo para suspensão da transmissão. Vivíamos novos tempos da ditadura, sob a distensão “lenta, segura e gradual” do general Ernesto Geisel que havia assumido o poder algumas semanas antes.
E foi assim que a epidemia de meningite de 1974 rompeu a censura e “vazou” para a grande imprensa. Senti-me recompensado. A história tomou novo rumo, as autoridades providenciaram vacinação em massa para a população e, a partir daquele dia nosso querido Diário do Grande ABC passou a ser visto com outros olhos pelo País. Mas, assim mesmo, jamais recebemos os tais “avisos”.
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*Édison Motta, jornalista e publicitário é formado pela primeira turma de comunicação da Universidade Metodista. Foi repórter e redator da Folha de S.Paulo e Jornal do Brasil; editor-assistente do Estadão; repórter, chefe de reportagem, editor de geral (Sete Cidades) e editor-chefe do Diário do Grande ABC. Conquistou, com Ademir Médici o Prêmio Esso Regional de Jornalismo de 1976 com a série “Grande ABC, a metamorfose da industrialização”. Conquistou também o Prêmio Lions Nacional de Jornalismo e dois prêmios São Bernardo de Jornalismo, esses últimos com a parceria de Ademir Médici, Iara Heger e Alzira Rodrigues. Foi também assessor de comunicação social de dois ministérios: Ciência e Tecnologia e da Cultura. Atualmente dirige sua empresa Thomas Édison Comunicação.
*Édison Motta, jornalista e publicitário é formado pela primeira turma de comunicação da Universidade Metodista. Foi repórter e redator da Folha de S.Paulo e Jornal do Brasil; editor-assistente do Estadão; repórter, chefe de reportagem, editor de geral (Sete Cidades) e editor-chefe do Diário do Grande ABC. Conquistou, com Ademir Médici o Prêmio Esso Regional de Jornalismo de 1976 com a série “Grande ABC, a metamorfose da industrialização”. Conquistou também o Prêmio Lions Nacional de Jornalismo e dois prêmios São Bernardo de Jornalismo, esses últimos com a parceria de Ademir Médici, Iara Heger e Alzira Rodrigues. Foi também assessor de comunicação social de dois ministérios: Ciência e Tecnologia e da Cultura. Atualmente dirige sua empresa Thomas Édison Comunicação.
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Olá Édison
ResponderExcluirLembro-me do caso que você narrou com muita propriedade em seu artigo. Já naquela época merecia um prêmio por esse trabalho. Provavelmente o estacionamento, ou acampamento de alguns sensores dormindo lá no diário. Seria a glória!
É verdade que o exagero da censura em certos casos, pode ocasionar prejuízos a população. Mas você a de concordar comigo, que o excesso de divulgação pode ocasionar um “terrorismo”, ocasionando pânico.
Você me conhece e sabe que não sou de elogiar governo nenhum, ao contrário, sou um eterno perdedor de eleições. Não acerto nunca no ganhador.
O Sr. Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acertou quando disse que estavam ou não fizessem terrorismo a respeito da “gripe suína”. Logo no primeiro ou segundo dia, segundo a mídia, já haviam morrido dezenas de pessoas, quando na verdade as vítimas fatais eram apenas uma. Tantos que as máscaras usadas pelas pessoas que desembarcavam no aeroporto eram ou são inócuas, segundo os cientistas.
As notícias de utilidade pública devem ser repassadas ao público, com responsabilidade e muito critério. Você agiu sabiamente, tomando a iniciativa de reunir os governos dos municípios do Grande ABC. A iniciativa por si só mereceria uma medalha. Mas, deve ter rendido dividendos para os políticos.
Parabéns garoto
Muita Paz.
J. Morgado
Bom dia Édison!
ResponderExcluirLendo com atenção seu artigo, fico pensando o que seria pior, esconder ou não uma epidemia? Digo isso porque a Imprensa hoje em dia, em relação a gripe suína, faz um estardalhaço de dar medo, deixa a população confusa e preocupada, muitas vezes sem motivo. Tem gente, Édison, que está com medo até de dar a mão para cumprimentar um amigo, receosa de contrair o vírus. O pecado dos ditadores de 74 era não acudir o povo como deveria, com vacinas e medicamentos adequados para evitar essa triste mortalidade infantil. Quanto a espalhar o medo entre a população, como ocorre hoje, sou contra.
Beijinhos,
Gabriela ( Metodista) SBS
Olá pessoal,
ResponderExcluirMorgado e Gabi demonstram grande acuidade. O propósito de escrever este artigo foi, justamente, provocar essa discussão: como deve a imprensa agir diante de situações como estamos enfrentando agora com a presumível gripe "suina"?
Também acho que, nos dias atuais, há muito sensacionalismo. A população vive amedrontada com tudo, desde a falta de segurança pública até epidemias que, depois, não se confirmam como foi o caso da gripe aviária. Gripes sempre existiram. Por um lado, dizimaram nossos indios, os nativos do País. São campo fértil para os laboratórios que, cá comigo, creio que inclusive as "fabricam". Depois, quando a onda passa,tendo rendido altos lucros às industrias farmaceuticas, o que fica é a corrosão da credibilidade dos meios de comunicação.
Enfim, a discussão está aberta,
abração a todos,
édison motta
Santo André, SP
Já que o assunto do Édison Motta hoje é sobre vírus, leiam essa mensagem que circula na internet:
ResponderExcluir"Sabia que o vírus da gripe das aves foi descoberto há mais de 10 anos, no Vietnã? Sabia que desde então morreram apenas 100 pessoas no mundo, em todos estes anos?
Sabia que os norte-americanos foram os que alertaram sobre a eficácia do TAMIFLU como preventivo? Sabia que o TAMIFLU apenas alivia alguns sintomas da gripe comum?
Sabia que a sua eficácia perante a gripe comum está questionada por grande parte da comunidade científica?
Sabia que perante um SUPOSTO vírus mutante como o H5N1, o TAMIFLU apenas aliviará a doença?
Sabia que quem comercializa o TAMIFLU É O LABORATÓRIO ROCHE (de origem Suíça, mas cuja fábrica nos EUA é uma das maiores do mundo)?
Sabia que quem comprou a patente do TAMIFLU em 1996, foi a GILEAD SCIENCES INC? Sabia que o Presidente da GILEAD SCIENCES INC, hoje o seu principal acionista é DONALD RUMSFELD, ex Secretário da Defesa dos EUA?
Além disso, seu nome já apareceu junto a uma vacinação maciça contra uma suposta gripe durante a administração de Gerald Ford, na década de 70, que teve como resultado mais de 50 mortes por causa dos efeitos colaterais, não é uma simples coincidência? Um pouco antes de Rumsfeld entrar para o governo americano, ele era presidente do laboratório fabricante do “aspartame”.
Também esteve envolvido no negócio das vacinas anti antrax, vacinaram milhares de soldados norte-americanos, e o antrax nunca foi uma ameaça. Ainda esteve envolvido na vacinação de soldados com vistide, fármaco que supostamente evitaria os efeitos secundários da vacina contra a varíola.
Sabia que a base do TAMIFLU é o anis estrelado? Rumsfeld vende a patente do TAMILFLU à ROCHE e esta lhe paga uma fortuna. ROCHE adquire 90% da produção do anis estrelado, base do antivírico.
Sabia que as vendas do TAMIFLU passaram de 254 milhões de dólares em 2004 para 10 bilhões?
Imagina quantos milhões mais pode ganhar a ROCHE nos próximos meses, se continuar a indústria do medo com a tal gripe suína. Esse vírus não afeta o homem em condições normais. Os governos de todo o mundo ameaçam com uma pandemia e compram da ROCHE quantidades absurdas do produto. Durma-se com um barulho desses!
Mario Ítalo Rocco - Marília - SP.
Ôi, Édison Motta!
ResponderExcluirDesconhecia essa epidemia, foi ótimo ler em seu artigo. O que dói no coração é saber que inocentes perderam a vida por causa da omissão dos militares. Certamente na casa deles todos sobreviveram, não? Que absurdo e que página negra da nossa história essa epidemia de meningite. Obrigada pelo artigo, excelente e esclarecedor, Édson!
Bjos,
Karina - Campinas - SP.
Queridas amigas e amigos
ResponderExcluirO inusitado, e fantástico, do episódio narrado pelo Édison Motta é que o jornalista não foi apenas um narrador da notícia, como é o normal, mas seu agente criador. E com uma capacidade de argumentação que deve ter sido incrível, porque sei que não é fácil conseguir montar uma reunião assim. Muito menos na vigência de uma ditadura. Como era uma questão grave de saúde pública, da qual lembro bem (tive até caso na família), a atitude do Édison foi muito além do jornalismo e se transformou num ato de defesa social. Essa história merece, mais do que todas, uma atenção especial. Ele merece alguma forma de reconhecimento por isso, mesmo tantos anos depois, porque o tempo não apaga o altruismo. Pelo contrário, deixa grandes exemplos e este é um deles.
Beijos!
Milton Saldanha
Bom dia amigos e amigas do blog:
ResponderExcluirA Gabriela reclama acima que a Imprensa exagera nos dias de hoje na divulgação da tal gripe palmeirense, desculpem-me, suína. Informações sobre essa, já chamada de pandemia, são necessárias Gabriela, para que não ocorram mais desleixos na prevenção dessa doença, como ocorreu na ditadura, conforme está no relato de Édison Motta. Leia bem e verá que foi preciso o trabalho da Imprensa, botando a boca no mundo, para que soluções aparecessem, mesmo tardiamente, mas a tempo de evitar mais mortes de crianças. Pânico deve ser descartado, mas é dever da Imprensa alertar e cobrar medidas enérgicas de nossas autoridades, cara Gabriela. Meus cumprimentos ao Édison Motta pelo artigo!
Paolo Cabrero - Itú - SP.
Ôi, Édison!!!
ResponderExcluirTambém penso que é o papel da Imprensa noticiar a suspeita de uma epidemia, como agora a gripe suína, mesmo que seja apenas suspeita. Se um jornal não publicar, o concorrente publica e sai ganhando. A única culpa da imprensa é a de não saber dosar a notícia. Nesse seu relato, Édison, é imperdoável os militares censurarem uma epidemia. É a primeira vez que se ouve falar nisso: censurar epidemia, pode?
No caso dessa gripe suína, todos nós, com certeza, estamos torcendo para que a imprensa esteja exagerando de novo. Seria ótimo!
Bjos.......
Simone (Metodista) S. Bernardo
Caríssimo Édison Motta e amigos desse blog!
ResponderExcluirJá houve um tempo em que se dizia que o jornalista é um especialista em idéias gerais. Escrevia sobre qualquer coisa mas ficava na superfície. As coisas mudaram. O jornalismo hoje é um conjunto de especialidades, cada área, cada assunto, exige um mínimo de conhecimentos específicos, sem os quais as informações sairão deformadas por erros que podem produzir graves consequências. A cobertura da área de medicina e saúde que praticamente não existia em nossas redações há 20 anos, hoje tornou-se de importância capital diante das sucessivas ameaças de epidemias e pandemias, como a gripe suína que agora ameaça o Mundo. A ciência avança na mesma velocidade em que as doenças também avançam, mudam e se tornam mais agressivas. Então pergunto: qual deve ser o papel da imprensa diante da ameaça da gripe suína? Deve acionar todos os alarmes ou, ao contrário, fazer o possível para evitar o pânico? Em qualquer circunstância, o jornalista precisa ter uma base de conhecimentos no mínimo razoável para saber perguntar e em seguida saber transmitir o que está apurando, é o que penso. Todas as esferas da vida são igualmente importantes, mas a cobertura de medicina e saúde exige um grau de responsabilidade um pouco maior. Informação e prevenção caminham juntas, desinformação e tragédia são inseparáveis. Parabéns pelo artigo amigo Édison, e pela sua atuação determinante nesse triste episódio da epidemia de meningite em 74, que vitimou centenas de nossas crianças. Não fosse seu trabalho brilhante e corajoso, muitas outras criaturas inocentes seriam vitimadas.
Abraços...
Edward de Souza
Meu caro Édisom Motta. Eu acho que jornalistas deveriam usar uma farda diferenciada, por que são uns verdadeiros soldados do povo. A maior arma que existe e é superior as armas atômicas, é justamente a coragem de um homem.
ResponderExcluirEmbora limitado por um poder abusivo de uma política corrupta, você conseguiu salvar muitas vidas com seu gesto de coragem e eficácia.
Espero que a nova safra de estudantes de jornalismo use vocês jornalistas que escrevem nesse blog, como exemplo de coragem e determinação.
Meus parabéns, e que Deus os abençoe.
Padre Euvidio.
Como mamãe Virgínia Pezzolo tinha acesso aos assustadores dados sobre a epidemia de meningite e não podia publicá-los no jornal, chegou a cogitar isolar as crianças pequenas da família por medo de contágio.
ResponderExcluirLembro-me de uma campanha de vacinação no centro de Santo André, com filas quilométricas de crianças aguardando a terrível picada daquele revólver usado para injetar a vacina. Nós morríamos de medo daquilo. Era uma espécie de bicho-papão para os pequenos como eu.
Mamãe levou algumas crianças do bairro para vacinar. Eu, sapeca como sempre fui, armei um plano: quando chegasse a nossa vez de levar a dolorosa picada, fugiríamos uma para cada lado! Foi um Deus-nos-acuda, pois mamãe era uma só tomando conta de meia-dúzia de meninas...
Resultado: os soldados que participavam da campanha saíram correndo atrás de nós e voltaram com uma em cada braço. Fui vacinada à força no colo de um soldado. Ainda bem, pois com isso fiquei livre dessa terrível doença. Mas mamãe nunca mais se aventurou a levar o "bando" em outras campanhas... rsrsrs...
Abraços! E parabéns pelo post!
Lara Fidelis
Jornalista
Olá amigos
ResponderExcluir“A gripe comum causa cerca de 500 mil mortes anuais no mundo e, até o momento, sabe-se que a nova gripe suína gerou 30 óbitos. No entanto, a Organização Mundial de Saúde resolveu na semana passada mobilizar os produtores de vacina em razão do alto potencial de transmissão do vírus (H1N1) e da possibilidade de ele sofrer novas mutações e voltar mais letal em breve”.
Essa notícia é apenas um pequeno parágrafo de uma matéria extensa publicada no Jornal O Estado de São Paulo, no dia de hoje (6-5-09), na página A16.
O que eu quero dizer com isso? Que o Sr. Rocco, de Marília, com seu comentário acima, acertou em cheio.
Tenho certeza que tanto o Motta como o Edward e os outros companheiros deste blog, poderá discorrer sobre os escândalos da indústria farmacêutica no mundo. Lembram-se do caso “Talidomida”. Esse produto era proibido nos Estados Unidos e países da Europa no entanto era vendido livremente na América do Sul, inclusive no Brasil.
As conseqüências que advieram foram horríveis!
Poderia me estender muito mais. Mas, o que fazer quando aparece um caso aparentemente de uma doença nova e inquietante? É difícil apresentar uma solução, quando “forças ocultas” manejam a situação.
Cabe a imprensa estar vigilante. Neste caso, fizeram um estardalhaço! E agora, em pequenas notas, tentam esclarecer a população.
Por essa razão, que em meu primeiro comentário, corroborado pelo Saldanha, acho que O JORNALISTA MOTTA, merece uma medalha por sua atuação ética e inteligente.
Muita Paz.
J. Morgado
Ôi pessoal...
ResponderExcluirOlha, tenho 22 anos, mas leio muito e mesmo na faculdade de jornalismo onde estudo - Metodista - o assunto ditadura sempre foi tratado como uma época negra em nosso País. Confesso-lhes que desconhecia por inteiro que essa epidemia dos anos 70, Édison Motta citou 74, tenha matado centenas de crianças e isso machuca e sensibiliza a todos nós. Conversando com meus pais na hora do almoço, soube, vocês podem confirmar, que essa epidemia durou um bom tempo, tendo começado no final de 71. Meu avô, já falecido, era médico do Einstein, em São Paulo e contava toda essa dolorosa história pra mamãe. Mamãe disse que só em 74 é que essa epidemia atingiu o pico, culminando com a morte de muitas e muitas crianças. Lamentável que nossa história tenha isso registrado. ´
Bjos a todos,
Maria Fernanda ( Metodista) SBC
Olá Édison, Edward e amigos desse nosso pedaço querido! Mesmo atrasada, estava ansiosa para ler esse artigo hoje. Algumas colegas aqui estiveram e já me telefonaram sobre o assunto do dia. Também eu pouco sei sobre essa epidemia, mas aprendi um pouco. Tanto com o texto como com os comentários. O Edward, em seu comentário aqui deu uma aula de jornalismo pra todos nós e o Édison Motta, com seu artigo, me sensibilizou. Além de jornalista mostrou seu lado humano. Lutou, mesmo com toda a censura da época, até conseguir a vacina para toda uma população, salvando milhares de pessoas atemorizadas pela doença e pela violência que sempre é a tônica de uma ditadura. É sim, exemplo para todos nós futuros jornalistas. Obrigado a todos vocês por mais essa lição.
ResponderExcluirBjos...
Thalita - Santos
Olá Édison,
ResponderExcluirPor isso digo que devemos sempre lutar pela democracia, pelo menos, com exagero ou não nas informações, estamos sabendo o que se passa em nosso País e podemos cobrar providências de nossas autoridades. O que aconteceu nessa época, 74, eu não era nascida, foi uma verdadeira chacina contra nossas crianças. Parabéns pela sua luta e pela coragem demonstrada nesse triste episódio!!!
Fernanda - Rio de Janeiro
Ao ler o artigo do Édison Motta senti muito orgulho da nossa profissão de jornalistas - dedicamos nossa vida a servir a sociedade, não medimos esforços e sacrificamos nosso tempo livre, muitas vezes,para concluir um trabalho ou planejar outro. Falo dos bons profissionais, é claro, daqueles que se doam...
ResponderExcluirÉdison Motta, com sua competência, sensibilidade e espírito público, agiu com um gestor eficiente, pressentiu, naquela época tão difícil, de liberdade cerceada, que a única maneira de reunir as autoridades da saúde e expor o problema,era armar o encontro. A bela atitude, tomada com destemor, ensejou medidas de saúde pública que salvaram muitas vidas, além de produzir qualificado trabalho jornalístico.
Parabéns. Mais um exemplo aos jovens estudantes que vejo, com alegria, frequentarem cada vez mais este espaço. Podem ter certeza de que as experiências aqui narradas valem por muitas aulas na faculdade.
Um abraço,
Nivia
Boa tarde Édison Motta.
ResponderExcluirConcordo com a Nivia. Sem a Imprensa tudo continuaria às escondidas. Graças ao trabalho da Imprensa, podres foram sendo descobertos e os políticos desonestos são conhecidos. O que me indigna, lendo o seu relato Édison, é que todos esses fardados dessas época, que praticaram esse genocídio continuam soltos.Deveriam, à exemplo do que ocorreu com os "capangas" de Hitler, serem caçados e condenados à pena de morte. Triste ler um artigo como esse e ver quanta crueldade foram praticadas nesse País pelos militares, muito triste. A recompensa foi saber que anjos jornalistas como você impediram que essa matança cruel tivesse continuidade!
Abçs
Angelina C. Prado - Curitiba/PR
Boa tarde, Édison Motta!
ResponderExcluirCaso como esse que você relatou hoje realmente causa revolta. Enquanto esses milicos dormiam em berço explêndido nossas crianças estava sendo dizimadas pela epidemia, que barbaridade, amigo.
Até o Padre Euvídio se comportou diante do que leu e oediu ao Bispo para escrever um texto pra ele. O Padre Euvídio jamais conseguiria se expressar daquela forma. Ou o Bispo ou o coroinha, o autor daquele texto assinado pelo Padre, isso eu aposto. Quando ele se manifestar pra valer, saia de baixo.
Bom seu artigo Édison, para lembrarmos sempre a frase: "Ditadura Nunca Mais".
Laércio H. Pinto - São Paulo - SP.
Boa tarde Sr.Édison Motta.
ResponderExcluirSerá que eu poderia fazer um pergunta ao padre no blog do senhor? Obrigado;
Sr. Padre, me diga uma coisa. Se eu contrair o vírus da gripe suína e morrer, posso virar espírito de porco, ou essa possibilidade não existe?
Muito obrigado senhor!
Agostinho Freitas (Moleque sací)
Pindamonhangaba -SP.
Boa tarde a todos. Demorei um pouco por que fui dar uma extrema unção para a gata de vizinha que acabou de falecer.
ResponderExcluirRespondendo primeiramente ao Sr. Laércio H. Pinto, eu diria que você acertou. Realmente não fui eu quem escreveu aquele comentário de hoje. Eu apenas fui instrumento físico de um espírito que usou a minha mão para escrever. Portanto foi uma psicografia atribuída ao bispo Maksuel Von Hasmalen .
Agora vou responder a pergunta feita pelo “moleque sacy”. Filho não precisa preocupar o Jerônimo herói do Sertão me disse que você é um verdadeiro espírito de porco. Essa gripe só mata gente. Portanto pode ficar sossegado.
A benção a todos.
Padre Euvidio.
Hoje o que vale é os lucros de um comércio corrosivo mesmo que ceifam vidas humanas.
ResponderExcluirAcredito que os prejuízos que o México teve foram enormes.
Na época dessa epidemia (relatada pelo nobre jornalista Édsom Motta), talvez os governantes achassem que algumas milhares de vidas eram menos prejudicial do que o prejuízo, ou os gastos que a nação teria.
Valentim Miron – franca – sp.
Senhor Valentim, pode até ser que o senhor tenha razão, mas não se pode pensar em prejuízos da Nação quando se trata de vidas humanas. E o militares estavam lá preocupados com os prejuízos da Nação? Eles, comandados por aquele porco safado do Delfim Netto, garfaram os brasileiros até não mais poder. Nessa última eleição fiquei revoltado ao ver que o brasileiro sem memória ainda teve coragem de votar nesse tal de Delfim Netto. Esse homem, braço direito dos militares, deveria ser condenado à forca, em praça pública.
ResponderExcluirDesculpem meu desabafo, mas me irrita quando leio um artigo assim, como o do jornalista Édison e vejo os horrores que esses fardados aprontaram com a gente brasileira. Nem crianças tiveram pena!!!
Boa-noite a todos,
Afonso M. Alencar - Andradina -SP.
Boa noite a todos...
ResponderExcluirRelato perfeito, que causa grande revolta,trazendo para os dias atuais,penso que o ministro da Saúde está muito tranquila com a epidemia de gripe suína, no Brasil como sempre, só vão agir de verdade quando o problema se alastrar,espero que não aconteça.
È que eles não gostam de prevenir, preferem remediar.
Beijosssssssssss.
Ana Célia de Freitas.Franca/SP.
Caríssimos
ResponderExcluirFernanda (Rio) e Afonso Alencar: É isso mesmo, a pior democracia será sempre preferível à "melhor" ditadura, seja de direita, esquerda, centro... Ditadura é horror em qualquer país do mundo, hoje tenho certeza. Quanto ao Delfim, que o Lula vive bajulando, e a imprensa também, deveria estar esquecido. O cara quando foi ministro forjou dados, índices. Isso saiu em todos os jornais. E hoje canta de galo, como se fosse uma autoridade séria em economia. Tenham dó!
Beijos,
Milton Saldanha
Sr Edison, seu artigo, mais que um registro jornalistico, é uma pagina da historia que tentaram arrancar de nós e a revelação de um quase genocidio que o governo militar tentou cometer, com a população brasileria, não fosse sua atitude corajosa como profissional e ser humano, naquele momento.
ResponderExcluirSeu relato deve servir de exemplo para os jovens jornalitas que estão se formando.e para todos que manipulam as informações neste pais.
um respeitoso abraço.
Isildinha- Osasco
Amigo Motta e companheiros desde blog...
ResponderExcluirLembro muito bem do surto de meningite que matou muita gente e assustou muito mais. A censura às rádios, veículo de comunicação mais utilizado à época, impedia que a informação chegasse até a população não muito afeita à leitura de jornais que, também estavam impedidos de noticiar mais que algumas poucas linhas.
Na Rádio Diário, a equipe de esportes estava debruçada na promoção da 1ª Copa Infantil de Futebol do Grande ABC, que envolveria meninos na faixa dos 14 anos. Rolando Marques, chefe da equipe, montou uma comissão para tratar dos detalhes da organização da Copinha (como ficou sendo conhecida).
Essa comisão foi formada por Rolando, Nelson Perdição, Luís Carlos Maia, Jurandir Martins, Oswaldo Lavrado e Paulo Cesar (todos integrantes da equipe esportiva da rádio).
Por se tratar do envolvimento de crianças nós tinhamos que tomar todos os cuidados na realização do evento. Estavam inscritos cerca de 700 garotos, quando recebemos um ofício das autoridades que a Copinha não poderia ser realizada em virtude do surto de meningite. E assim foi. O evento ficou para 1975, quando participaram cerca de1,2 mil meninos.
Apesar do momento aflitivo que o país vivia em função da meningite, um detalhe cômigo ficou registrado ainda na cancelada Copinha de 74. Convidamos um diretor de árbitros de São Caetano, que você e o Edward devem lembrar - Alberto Filemon (Santista) - que seria o responsável para recrutar os "juízes" para a Copinha.
Não muito letrado, Santista digitou um ofício na redação da rádio que, por fax, foi enviado aos árbitros por ele convocados. O ofício, que não passou pelo crivo da comissão, dizia:
"A Copa Infantil da Rádio Diário foi cancelada em virtude do "SUSTO DE MINIGITE".
Parabéns Motta pelo artigo e abraços.
Oswaldo Lavrado )SBCampo
Sr. Afonso perdoe-me, acho que eu não soube explicar bem o meu comentário anterior. O que eu quis dizer é que na visão dos governantes e do capitalismo selvagem, o que interessa são somente os lucros. A saúde sempre esteve em segundo plano.
ResponderExcluirEu também concordo com o Senhor.
Valentim Miron.
Oi Edison, este é mais um motivo para que vcs publiquem o livro, contando suas historias e fatos jornalisticos, para que a memória não se apague.
ResponderExcluirVc merece todos os prêmios como jornalista e cidadão brasileiro.
Numa época em que a censura calava bocas , vc deu um golpe de mestre, fazendo-os abrir a deles e mais que isso, evitou que uma epidemia matasse mais pessoas.
Bravos!!
Cristina- SP
Queridos amigos e amigas,
ResponderExcluirEsta feliz oportunidade que o Edward Souza abre, através de seu já renomado blog, é um ponto de encontro de reconstrução da cidadania.
Agradeço, de coração, a todos os generosos comentários que foram aqui postados. Eles alimentam a chama da vida que me faz encontrar algum tempo, nesta vida corrida, para deixar registrado na história relatos que podem servir, de uma forma ou de outra, como referência para a vida das pessoas, no presente e no futuro.
Velho-me da frase do mestre Milton Saldanha, uma das vítimas dos anos de chumbo, para dizer que a pior democracia será sempre melhor do que qualquer ditadura, seja ela de esquerda ou de direita.
Espero que os jovens, nem sempre atentos a esse patrimônio de nossa civilização, nesses primórdios do século XXI, jamais permitam que se lhes roubem o direito de escolher seus governantes. Para acertar ou para errar, nada melhor do que a alternância do poder.
Grande abraço a todos,
édison motta
Santo André, SP
Olá meu amigo Motta
ResponderExcluirTendo em vista o que está acontecendo na Bahia (principalmente), e em outros locais, parece que a chamada “Ditadura Militar”, não teve o privilégio de esconder ou aplicar adequadamente a política sanitária. Isso acontece todos os dias, em qualquer governo de terceiro mundo.
O homem, seja qual for sua tendência política, só almeja uma coisa, O PODER, pelo PODER, o resto que se dane.
Hoje pela manhã fui tomar minha vacina contra a gripe. Como informei ontem, segundo o Estadão, mais de 500 mil pessoas morrem por ano em conseqüência desse vírus comum.
Ano passado, em dia com minha vacina, peguei duas pneumonias. Será que a vacina era eficiente? Não sei! São tantos os casos relatados por ai que “até Deus duvida”, diz o adágio popular.
J. Morgado
Olá amigos!
ResponderExcluirNessa época eu havia dados meus primeiros passos de mãe. Recém casada e com um lindo bebe nos braços, fui surpreendida pela meningite que arrancou meus filhos dos meus braços para sempre, me deixando um sentimento de orfã. Quem me consolava era um filho adotivo de 3 anos. Sem comentários o tamanho da dor. E após voltar do enterro, ainda parecendo que estava dormindo, ouvi uma notícia no jornal Nacional alertando para a população que não havia nenhuma epidemia, que estava tudo sob controle et mais conversa fiada que já me acostumei a ouvir.
A partir dai passei a prestar atenção a esse meio de comunicação.
Obrigada pela oportunidade
Analigia